Certamente já ouviu falar do automatismo do sistema pára-arranca denominado Start/Stop, que faz com que o carro hiberne momentaneamente quando está parado. Por João Centeio
Empregue em muitos automóveis e também nalguns motociclos, trata-se de um sistema que foi criado a pensar na condução urbana e na carteira de quem lida diariamente com filas de trânsito.
O sistema ajuda a poupar no combustível, mas também pode vir a ser uma dor de cabeça. Vejamos então os prós e contras que esta inovação trouxe. Trata-se de um sistema que funciona através de sensores que o carro tem, que permitem ligar e desligar o motor sob determinadas condições quando o carro para, sendo que este se liga automaticamente quando for prosseguir viagem, sem ser necessária intervenção do condutor. A integração do sistema faz do veículo um pouco mais inteligente e ajuda a poupar, mas tem consequências.
VANTAGENS E DESVANTAGENS
Teoricamente, o sistema Start/Stop quase era digno de uma revolução no setor. Permite poupar bastante combustível quando a condução é feita no interior de uma cidade onde se tem de lidar com o pára-arranca, e ajuda ainda a reduzir emissões. Esta é a sua grande vantagem, usada para popularizar o sistema, sendo que em medições feitas no âmbito do Novo Ciclo Europeu de Condução (NEDC), a poupança e a redução de emissões chegou a ser de cerca de 8% - apesar da estimativas iniciais apontarem para quase o dobro desse valor.
Quando se falamos nas desvantagens do sistema Start/Stop, muitos alegam como primeiro argumento, o desgaste na bateria e motor de arranque, sobretudo pela quantidade de vezes que o motor liga e desliga. Nada mais errado, este estes componentes, em modelos com o sistema, são feitos para lidar com o desgaste. Utilizo diariamente um carro com este sistema há mais de 6 anos, e nunca nenhum destes componentes teve qualquer problema, no entanto, aconteceu-me já algumas vezes de esquecer de o ligar.
O preço sim, é uma grande desvantagem. O Start/Stop e as componentes necessárias para lidar com ele implicam sempre um pequeno extra no preço, algo que para condutores que não conduzem muito em zonas urbanas pode não valer a pena.
Por fim, temos o funcionamento do sistema em si.
Para alguns é uma questão de hábito, mas alguns automobilistas não suportam o barulho, ou a ideia do motor se estar sempre a desligar.