O Acciona 100% EcoPowered já não é uma novidade no rali Dakar, mas continua a ser o único carro totalmente elétrico envolvido naquela que é considerada como a mais difícil corrida do mundo. Com a sua participação em 2017, vai realizar a terceira tentativa de completar a grande maratona.
Para a 39ª edição do Dakar, o carro Acciona 'emissões zero' apresenta-se com algumas melhorias, mas é praticamente a mesma unidade que terminou e pontuou no Rally de Marrocos de 2015, e que também conseguiu cruzar a linha de chegada este ano, o que tornou esta equipa pioneira num campeonato da FIA, face às características do carro que utilizaram.
Se em 2015 o piloto da Acciona 100% EcoPowered foi o espanhol Albert Bosch, nesta edição o lugar do condutor será ocupado pelo argentino Ariel Jaton, sendo o assento do co-piloto ocupado pelo seu compatriota Tito Rolon, substituindo Gaston Scazzuso.
Na mais recente atualização do Acciona para o Dakar 2017, o carro apresenta um motor eléctrico do tipo de dupla sincronização que desenvolve 250 kWh , o equivalente a 340 cv numa unidade de combustão mecânica, com um torque de 81,63 mkg. Um aumento de 40 cv em comparação com o motor utilizado nas duas edições anteriores do rali.
Para alimentar o motor elétrico, são utilizados seis módulos de baterias, que são recarregadas num muito curto espaço de tempo (cerca de 60 minutos). O carro volta a dispor de tracção 4x4 (como no carro do Dakar 2016) e no seu tejadilho encontramos um painel solar com 250 cm2 de superfície com uma potencia nominal de 100 Wh, o qual é responsável pela alimentação do painel de instrumentos e outros dispositivos electrónicos do carro, destinando-se as baterias principais unicamente para dar movimento ao motor.
Em resumo, o carro com que a Acciona corre no Dakar de 2017 conta com melhorias no desenho do chassis, no menor peso dos módulos de baterias, no seu sistema de tração total e na incorporação de uma caixa manual de atuação sequencial com seis velocidades.
Os seus pneus com dimensões 245/85, montam jantes de 16 polegada rodas, ajudando a uma maior eficiência energética pelo seu atrito inferior, muito importante num carro alimentado com energia elétrica, com o qual se evita nos consumos um gasto médio de 25 l / 100 km, que é o valor estimado para os restantes carros com motores de combustão interna, reduzindo também drasticamente as emissões de CO2 derivadas da combustão produzida no interior destes motores.