Os dois Yaris WRC estão prontos para a estreia no rali de Monte Carlo. Vão ter como pilotos Jari-Matti Latvala e Juho Hanninen e as expetactivas estão altas nas hostes da equipa. “Nós odiamos perder”, referiu Akio Toyoda aos jornalistas na cerimónia de apresentação do Team Gazoo Racing.
Dezassete anos depois de dizer adeus ao campeonato do mundo, a Toyota regressa à ação com o Yaris. Em 1999, o colosso japonês abandonava o cenários dos ralis, conquistando o título de Construtores com o Corolla WRC, ao mesmo tempo que estava prestes a ser lançado no mercado o pequeno Yaris.
Mas hoje, a oferta de novos modelos multiplicou-se no Velho Continente e, muito mais que nesse tempo, uma presença com bem sucedida da Toyota no Mundial de Ralis, pode impulsionar a curto prazo o aumento das vendas do fabricante nipónico na Europa.
A Toyota precisa desse crescimento e o Yaris WRC começa agora a sua aventura mundial. “Fizemos testes intensivos e longos com o carro”, disse um convicto Tommi Makinen, já perfeitamente à vontade no papel de chefe de equipe. E Akio Toyoda, acrescenta: “Odiamos perder”, numa frase que mais parece uma declaração de guerra vinda da terra dos Samurais.
O NOVO YARIS WRC
O motor do Yaris WRC é uma unidade de 1,6 litros turbo que debita cerca de 380 cv de potência. Um dos pilotos será a antiga estrela da VW, Jari-Matti Latvala, que entrou no mercado de transferências quando a marca alemã anunciou a sua retirada dos ralis. Latvala juntar-se-á na formação a mais dois pilotos finlandeses, Juho Hanninen que vai cumprir quase todo o calendário de 2017, e a jovem promessa Esapekka Lappi que, pontualmente, participa num ou noutro rali.
"O nosso objetivo é conseguir um bom desenvolvimento no carro que nos permita lutar pelo campeonato do mundo em 2018." Tommi Makkinen
"Foi um grande desafio conseguir que a equipa chegasse a este ponto”, começou por dizer Tommi Makkinen. “Só começamos a testar o carro em abril e fizemos uma grande quantidade de quilómetros desde então. Mas só agora, com os testes do Jari-Matti, podemos obter algum feedback dos nossos resultados, comparando-os com outra equipa”, a VW, obviamente.
“Espero que este ano possamos ser competitivos e obter bons resultados. Podemos ganhar ralis? Porque não. Mas o nosso objetivo é conseguir um bom desenvolvimento no carro que nos permita lutar pelo campeonato do mundo em 2018."
Com Latvala na Toyota, o campeão Sebastien Ogier no Ford da M-Sport, o único ex-piloto de fábrica da VW que ainda está sem um assento é Andreas Mikkelsen, a não ser que volte a pilotar um VW Polo privado – eventualmente a evolução que os técnicos da VW Motorsport deixaram pronta para 2017… o Polo WRC que ainda ninguém viu. É uma possibilidade!
