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Peugeot: 30 anos no Dakar | Motores


DAKAR | Completam-se trinta anos de história da marca do leão no rali Dakar. A Peugeot participou oficialmente em seis edições da prova, contando com um espetacular saldo de cinco vitórias absolutas e 56 triunfos em etapas. Peterhansel foi o vencedor de serviço em 2016.

No total, a marca francesa esteve envolvida em mais de 48.125 km de ação competitiva no noroeste da África - no período triunfal compreendido entre os anos de 1987 e 1990 - a que somou 18.994 km das edições de 2015 e 2016, de uma prova que entretanto se passou a disputar na América do Sul.

Suportando este palmarés, a Peugeot é protagonista desta mítica prova desde a sua primeira participação, em 1987, colecionando grandes momentos históricos que permanecem na memória dos fãs, recorrendo ao Peugeot 205 Turbo 16, ao 405 Turbo 16 e, mais recentemente, ao 2008 DKR.


Graças às suas proezas nos terrenos mais difíceis do planeta, estes três carros tornaram-se ícones do automobilismo de competição, nomeadamente ao nível da robustez mecânica.

E o que dizer dos nomes lendários que fizeram parte do Team Peugeot no Dakar? De Jean Todt a Carlos Sainz, passando por Ari Vatanen, Jacky Ickx, Juha Kankkunen e Stéphane Peterhansel, entre outros, todos ajudaram a forjar a lenda da Peugeot no Dakar, com performances que muitas vezes superaram os limites humanos.


2015: O regresso na Argentina

Em 2014 surgiiu a confirmação da notícia mais esperada. A Peugeot anunciava o seu regresso ao Dakar, 25 anos após sua última participação. Apresentava-se com um carro novo, o espetacular e minimalista DKR 2008, com uma tripla de pilotos estrela: Carlos Sainz, Stéphane Peterhansel e Cyril Despres.

A Peugeot projetou um carro muito inovador, de duas rodas motrizes - com Grip Control - mecânica turbodiesel V6 de 3.0 litros, 340 CV e 800 Nm. De acordo com Carlos Sainz, "a filosofia do DKR 2008 marca uma rutura radical, num resultado final diferente de qualquer outro carro". Para Bruno Famin, Diretor Técnico da Peugeot Sport, "num determinado dia, para as 24 Horas de Le Mans, decidimos adotar um conceito diferente do dos rivais, correr com um carro fechado.


Para o Dakar também quisemos algo de inovador." Jean-Christophe Pailler, Chefe do Projeto, detalha que "nas provas tipo raid as duas rodas motrizes têm um peso mínimo autorizado menor do que o dos 4x4. Além disso, podem montar-se rodas de maior diâmetro e os guarda-lamas são menores, especialmente na frente, permitindo-lhe 'escalar' paredes verticais. Também têm um curso de suspensão autorizado de 460 mm, em vez dos 250 mm, e até se pode integrar sistemas automáticos de enchimento e esvaziamento de rodas. Todos estes detalhes são cruciais num Dakar".

A equipa oficial Peugeot participou no Dakar 2015 "Argentina/Bolívia/Chile" e embora os resultados não fossem os esperados, a prova serviu de aprendizagem, tendo dois dos três carros atingido o seu final. Carlos Sainz e Lucas Cruz abandonaram na 5ª Etapa depois de um capotamento, mas a dupla Stephane Peterhansel/Jean-PaulCottret terminou na 11ª posição, enquanto Cyril Despres e Gilles Picard chegavam ao final no 34º lugar.


Bruno Famin fez assim o balanço da prova: "As conclusões que tiramos do nosso primeiro Dakar são mistas. Falando como concorrentes, não devemos estar satisfeitos com o resultado, mas também estamos conscientes de que o principal alvo da nossa primeira participação foi ganhar experiência. Dois dos nossos três Peugeot 2008 DKR atingiram Buenos Aires sem grandes problemas técnicos e aprendemos em todas as áreas: técnica, desportiva e logística".



2016: Pentacampeões com Peterhansel

Em 2016 o Team Peugeot entrou com tudo o que tinha na 37ª edição do Dakar, chamado de "Argentina/Bolívia". Juntou dois pilotos à formação, Sébastien Loeb e Romain Dumas; apresentou um 2008 DKR mais evoluído, uma viatura praticamente nova, com tudo o que se aprendeu em 2015. Mais longo, largo, potente, robusto e aerodinâmico, o novo DKR 2008 mostrou ser a arma definitiva para o Dakar.


O triunfo de Peterhansel no Dakar 2016, numa prova marcada pelo capotanço de Sebastien Loeb e abandono de Carlos Sainz, traído pela mecânica do DKR


O Team Peugeot Sport no Dakar 2017: Loeb, Peterhansel, Sainz e Cyril Despres

Após o cancelamento da 1ª etapa, Sébastien Loeb ganhou a 2ª e a 3ª, assumindo a liderança da prova. Na duríssima 4ª Etapa, do tipo maratona, em que os concorrentes não podem ser assistidos pelas suas equipas técnicas, foi Stephane Peterhansel o mais rápido, piloto que começou a recuperar terreno. No dia seguinte atingiu-se a altitude máxima num Dakar (4.580 metros) e a Peugeot voltou a dominar, com uma tripla composta por Loeb, Peterhansel e Sainz, que também assumiam, por essa mesma ordem, o pódio provisório à Geral.


O novo DKR 3008 no terreno

A luta pela vitória final parecia resumida a estes três pilotos, mas o Dakar é sempre uma fonte de surpresas... Loeb capotou na 8ª Etapa e hipotecou todas as suas chances. Na 9ª Etapa, Sainz deu um recital de condução e assumiu a liderança, mas a sua alegria durou pouco, já que no dia seguinte abandonou devido a um problema mecânico.

A partir desse momento, Peterhansel liderou até atingir a vitória final, a 5ª da Peugeot no Dakar. Os carros da marca do Leão foram os mais rápidos em 9 das 12 Etapas e foram os absolutos protagonistas da corrida.



O Dakar 2017 que atravessa três países: Paraguai, Bolívia e Argentina




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