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Portugueses no Dakar | Motores


De regresso a Portugal, os vários portugueses presentes no Dakar 2017, deram a sua opinião sobre o seu desempenho, sobre a prova em si mesma, e até que pontos cumpriram as expetativas iniciais.

Paulo Gonçalves (6º classificado)

“Este resultado soube a pouco”

Depois de ter terminado em 6.º lugar no Dakar'2017, Paulo Gonçalves não escondeu alguma frustração com a posição final, apesar de ter sido o melhor português e ter registado o seu segundo melhor resultado de sempre, depois do 2.º posto alcançado em 2015.


"Este resultado sabe a pouco. Vim de edições anteriores com um resultado menos bom mas mais feliz. Aquilo que fizemos em pista permitia-nos ter um resultado bastante melhor. Mas tenho de aceitar o resultado. Obviamente que a nossa equipa fez um recurso da decisão do comissário do grupo de júris. Vamos aguardar a decisão. Acho que foi o único ponto negativo", adiantou Paulo Gonçalves.


Segundo o piloto português da Honda, o "objetivo era discutir o pódio" e conseguir a 'dobradinha'. "Perceber que podíamos ter feito uma dobradinha mas, devido a uma decisão de secretaria, não conseguirmos é frustrante. Não tivemos qualquer tipo de benefício com o abastecimento naquela zona. Tínhamos abastecido cinco litros 50 quilómetros antes e não tinha acontecido nada. Houve um erro de interpretação e o regulamento não está claro nesse aspeto. E, por isso, fomos penalizados e não festejámos. Vamos aguardar o resultado do recurso", frisou.

Hélder Rodrigues (9º classificado)

“Não me adaptei bem à Bolívia”

Hélder Rodrigues partiu para o Dakar'2017 com estatuto de favorito a vencer a competição. Contudo, a edição 2017 não correu de feição para o piloto Yamaha. Da mira no pódio, o piloto passou a focar o seu objetivo em concluir a prova em segurança. Ainda assim, terminou com um honroso 9.º lugar na classificação. "Não estive ao nível que queria estar. Não consegui lutar pelos primeiros lugares e cedo perdi confiança", confessou. "Não me adaptei bem à Bolívia e acabei por ter algum azar devido às condições meteorológicas".


A verdade é que a Bolívia sempre foi vista como um obstáculo para a maioria dos participantes que temiam as etapas realizadas em altitude. Quis a natureza complicar ainda mais a vida aos pilotos ao descarregar fortes quantidades de chuva que obrigaram ao cancelamento de várias etapas. Um cenário irónico pois o país estava precisamente a passar por um período de seca muito grave. A pior dos últimos 25 anos.


"Apesar de se saber que a Bolívia é particularmente afetada por condições climatéricas instáveis, a culpa não é da organização da prova. Houve muito azar pois não chovia no país há vários meses. Nada previa este cenário", esclareceu o piloto de 37 anos que não deixou de salientar o bom desempenho dos pilotos portugueses na edição 2017 da mítica prova todo-o-terreno.

Joaquim Rodrigues (10º classificado)

“Nunca pensei ficar entre os dez primeiros”

De regresso a Portugal após ter terminado o Dakar'2017 no 10.º lugar, Joaquim Rodrigues (Hero) não podia estar mais satisfeito e, ao mesmo tempo, surpreso, por ter alcançado uma posição no 'top-10', quando ambicionava apenas terminar nesta estreia na prova mais importante do todo-o-terreno internacional.

"Nunca pensei que ia conseguir ficar entre os 10 primeiros. O objetivo era terminar a corrida. Claro que ao fim da primeira semana, quando nos encontramos no 10.º lugar, começamos a pensar. Na segunda semana, tentámos manter", começou por referir o piloto português de 35 anos.

"Houve um dia que correu muito mal, perdi muitas posições. Mas, felizmente, consegui recuperar nos últimos dias e voltei ao 10.º lugar. E foi um alívio quando cruzei a meta, parece que saiu um prédio de cima de mim. Fiquei muito feliz", acrescentou Joaquim Rodrigues, atestando, após a sua estreia, que o Dakar é a prova "mais dura do mundo".

Portugueses cumpriram

Da restante 'caravana' apenas os estreantes David Megre (KTM) e Luís Portela de Morais (KTM) tiveram azar ao sofrer lesões que os atiraram para fora da competição. Tiveram uma boa estreia numa prova que é bastante dura e que teve uma edição muito difícil.


Não conseguiram realizar o sonho este ano, mas quem sabe, vão concretizá-lo certamente em próximas edições. Fausto Mota (Yamaha), Bianchi Prata (Honda) e Fernando Sousa Jr.(KTM) atingiram o final da prova e já sonham com a próxima edição.


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