29 de set. de 20202 min para ler

Tom Sykes em toada máxima | Motores

SUPERBIKE | Quando se tem na frente alguém como Jonathan Rea, capaz de obter duas Superpoles Tissot-Superpole e vencer quatro corridas em apenas duas rondas, é difícil fazer uma análise correta do desempenho dos adversários que, inevitavelmente, perdem no confronto.

Os resultados conseguidos pelo atual Campeão do Mundo têm desviados atenções. Porém, desde o início do Campeonato que Tom Sykes segue na performance máxima: com três pódios em quatro corridas, este é de facto o seu melhor início de sempre numa temporada do mundial de Superbike.

Os dois últimos anos não foram fáceis para o baixo piloto nascido em Huddersfield, Inglaterra (31 anos), que na segunda Kawasaki oficial #66 teve de enfrentar o ‘rolo compressor’ Rea, e trabalhar muito, para voltar ao seu melhor. Mas na semana passada ficou às claras que pode voltar a ser muito forte em 2017.

Viu-se um Sykes combativo como há muito não se via, que conseguiu agarrar a terceira posição na 1ª Corrida e chegou ao segundo degrau do pódio na 2ª Corrida, na tentativa de não voltar novo a ser subjugado, apesar de consciente das suas possibilidades.

Tom Sykes no circuito de Burinam, Tailândia

"Tive que mudar

o meu estilo de pilotagem"

"Fiquei com a certeza de que o Marco (Melandri) não me iria oferecer qualquer café esta semana" - brincou o inglês. "Provavelmente teria sido capaz de o superar na primeira corrida, mas ele foi muito rápido e não me deu a oportunidade de responder, então esperei por melhor oportunidade. Ele esteve mais lento nas duas provas anteriores, provavelmente por alguns problemas e eu tinha uma boa velocidade de ponta.”

Analisando a prova da Tailândia no “Chang International Circuit”, segunda etapa de 2017 do Mundial de Superbike, Sykes confessa que trabalhou duro no inverno para tentar superar algumas limitações. “Tive que mudar o meu estilo de pilotagem e esse fim-de-semana demostrou-me que estou no caminho certo. Fiz a minha volta mais rápida na última volta, apesar das condições de calor que normalmente complicam as coisas. Acho que estamos a melhorar, mantivemos a velocidade até a última volta e eu consegui obter a segunda posição, e de modo geral não foi um fim de semana ruim."

2016, Donington: Chaz Davies (Ducati) na frente das Kawasaki de Rea e de Tom Sykes

Os resultados obtidos por Tom Sykes e os engenheiros na Tailândia, fez com que não perdesse o contacto com os seus rivais no campeonato, colocando-o na terceira posição do mundial, a apenas 9 pontos do rival da Ducati, Chaz Davies. Além disso, Phillip Island (primeira ronda de 2017), apesar de ser um dos circuitos que menos aprecia, também lhe assegurou uma boa coleta pontual (3º / 6º) que lhe vai permitir estar bem posicionado na próxima ronda.

O Mundial de Superbike segue agora em Aragão,Espanha, dentro de duas semanas, de 31 de Março a 2 de Abril.