O Dakar 2018 vai contar na sua 40.ª edição com um alargamento da representatividade lusa às categorias de automóveis e SSV, sendo Hélder Rodrigues, candidato à vitória nas motos.
Foi na vila da Sertã, em Castelo Branco, apresentada a 40.ª edição do Dakar, prova que decorre na América do Sul de 6 a 20 de janeiro de 2018, e que deverá contar com o mesmo número de representantes lusos relativamente à edição anterior.
“Há pilotos que vão procurar acabar e há pilotos que vão procurar vencer”, disse aos jornalistas José Carmona, representante dos pilotos portugueses no Dakar2018, tendo destacado o “alargamento da participação de portugueses a novas categorias” e Hélder Rodrigues como um dos candidatos à vitória. “As inscrições ainda estão a decorrer, mas contamos ter o mesmo número de pilotos que o ano passado”, disse Carmona, relativamente à edição do ano passado e que contou com 15 portugueses.
António Maio, bicampeão nacional de motos, 30 anos, militar da GNR, tem a inscrição ainda “dependente de alguns patrocínios” para chegar aos 90 mil euros necessários, tendo afirmado à Lusa querer “chegar ao final da prova” e “aprender e aproveitar uma experiência única”, nesta que será a primeira participação na mítica prova.
Ricardo Leal dos Santos, por sua vez, piloto com 10 participações no Dakar, disse que as provas em África e na América do Sul são “realidades completamente diferentes”, tendo lembrado os “terrenos com muitos espaços abertos e perigosos próprios da mística do Dakar mas com muitos problemas de segurança”, em África, e o Dakar argentino, “muito mais em pista e estradas com caminhos e curvas muito ao jeito do que vemos em Portugal”.
O experiente piloto, que não vai participar, mas que marcou presença a disponibilizar a sua equipa e viatura, disse que o Dakar é a “prova de uma vida”, para os adeptos do desporto motorizado e da aventura, lembrando que nas dez edições em que participou “apenas por uma vez” não chegou ao final.
“Apenas por uma vez não conclui o Dakar e foi logo na primeira edição. A primeira vez é sempre para conhecer, perceber e experienciar, depois voltar com mais experiência não cometendo as falhas de um prova tão exigente e que dura 15 dias em condições tão exigentes”, relatou, tendo o piloto, de 44 anos, assegurado querer “voltar a fazer um novo Dakar”.
A apresentação inseriu-se no programa da Baja TT do Pinhal, jornada do Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno (CNTT) organizada pela Escuderia Castelo Branco e na qual estão presentes cerca de 150 pilotos a competir em quatro das cinco áreas abrangidas pela mítica maratona de todo-o-terreno.
O Dakar 2018 arranca no dia 06 de janeiro de 2018 em Lima, capital do Peru, cidade onde regressa após cinco anos de ausência. Mantendo a sua filosofia de sempre, a prova será composta por 15 dias de competição, contando com um dia de descanso no dia 12 de janeiro em La Paz, Bolívia.
Este ano, e pela primeira vez, a cidade argentina de Córdoba recebe a final do Dakar 2018 no dia 20 de janeiro.