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RICARDO FERREIRA

O segundo triunfo de ‘El Matador’ no Dakar


Carlos Sainz venceu o Dakar pela segunda vez, repetindo o feito de 2010. O experiente piloto espanhol venceu uma das mais duras edições de sempre do rali… 14 etapas de dificuldade extrema, prova que ele, Lucas Cruz e o Peugeot 3008 DKR Maxi superaram da melhor forma.

No dia seguinte à sua primeira vitória de etapa, décima da sua carreira no rali, Sébastien Loeb teve que sair da corrida, batido pelas dunas do deserto de Tanaka! Contudo, não foi a primeira, nem a última surpresa deste Dakar demolidor: Nani Roma capotava com o Mini a poucos quilómetros do final da etapa em torno de Pisco, enquanto Stéphane Peterhansel perdia o comando do rali num acidente na etapa-maratona de Uyuni. Nem sequer Nasser Al Attiyah, um genial mestre das dunas, conseguia evitar ficar preso nas areias de San Juan de Marcona… perdendo uma hora depois de 4 dias de corrida!

No meio desta hecatombe, Carlos Sainz surpreendia, isento de falhas ou problemas, subindo naturalmente na classificação. "El Matador" atacava com precisão, conduzindo como um ‘pai de família’ ao volante do 3008 Maxi… Sainz chegou a Córdoba, no topo de um pódio estranhamente semelhante ao de 2010, onde o espanhol já tinha batido Nasser Al Attiyah (com apenas 2 minutos de diferença nesse ano).

Quanto a Giniel de Villiers, o belga termina pela oitava vez nos três primeiros em 15 participações, enquanto o mestre "Peterhansel" ficou excluído do pódio após uma violenta batida na véspera do último dia de prova.

Carlos Sainz e Lucas Cruz (Team Peugeot Total) subiram ao lugar mais alto do pódio em Córdoba, sendo os outros degraus do pódio ocupados por Nasser Al-Attiyah e Giniel De Villiers, ambos com as potentes pick-up Toyota do Team Gazoo Racing. Menos sorte para a equipa MINI X-Raid que teve como melhor resultado o quinto lugar do polaco Jakub Przygonski; tanto Mikko Hirvonen como Orlando Terranova concluíram o rali em posições secundárias, 19º e 20º lugar.


E foi nesta mesma equipa que chegou ao final o único português presente no Dakar de 2018: Filipe Palmeiro que ‘navegou’ Boris Garafulic no MINI vermelho nº 317 da equipa X-Raid, concluíndo a prova muito próximo do Top Ten.

 

O que eles disseram:


CARLOS SAINZ. Oito anos após a sua primeira vitória no Dakar, "El Matador" ganhou novamente e conclui uma série de três vitórias consecutivas para a Peugeot.

"Estou muito feliz. É uma recompensa magnífica. A alegria que sinto é imensa, lembra-me da minha última temporada do WRC em 2004. Na altura venci o rali de Córdoba, exatamente nos mesmos trilhos em que terminámos este Dakar. Experimentei o abandono nos últimos anos, mas sempre fiz o meu melhor. E desta vez foi um Dakar muito difícil. Agora, vou aproveitar esta vitória e ver o que vou fazer no futuro. A Peugeot vai retirar-se e, por agora, vou passar uns bons dias de descanso junto com a minha família.”


NASSER AL-ATTIYAH. Duas vezes vencedor do Dakar, Al Attiyah somou pela terceira vez na sua carreira um segundo lugar ao seu currículo.

"Foi um Dakar louco, mas é o que gostamos, como os resultados a mudarem todos os dias. Estou muito feliz em terminar. Pensámos durante muito tempo que não estaríamos no pódio em Córdoba. Terminar em segundo lugar não é assim tão ruim com todos os problemas que tivemos na primeira semana. Farei o meu melhor no próximo ano, até porque podemos ganhar."


STÉPHANE PETERHANSEL. Após 13 sucessos no Dakar em 30 anos, Stéphane Peterhansel termina a edição de 2018 na 4ª posição. Talvez o seu último ranking...

"Muito aconteceu neste Dakar e nós não fomos poupados. No início, houve um problema antes do dia de descanso no palco Uyuni, e depois ontem, perdemos muito tempo novamente...

É um Dakar para esquecer rapidamente. Teria sido um pouco melhor ser 2º, mas também é uma enorme frustração terminar nesse lugar. Não sei se vou voltar no ano que vem: tivemos momentos de dificuldade, onde nos perguntamos o que fazíamos aqui, mas também ótimas etapas onde nos sentimos muito bem neste Peugeot, que foi ótimo para conduzir. Tenho que pensar novamente."


 

Classificação final (Automóveis)

 

Os 'peso-pesados' do Dakar 2018

Terceiro triunfo de Nikolaev

Eduard Nikolaev (Kamaz) realizou o seu oitavo Dakar em 2019. Imperial nas dunas peruanas, o campeão de 2017 foi rápido a estabelecer grandes diferenças para todos os seus oponentes... com exceção do tenaz Federico Villagra (Iveco)!


Villagra, que começou no motocross, correu em automóveis e depois se dedicou ao Dakar, foi o único com os pequenos e ágeis Iveco a tentar frazer frente ao líder do clã Kamaz. O argentino fez a corrida discretamente na primeira semana, antes de pressionar o russo a assumir a liderança da classificação geral. No entanto, um problema com a caixa de velocidades levou-o ao abandono na penúltima etapa do rali. Nikolaev conseguiu assim triunfar pela terceira vez no Dakar, deixando o seu seguidor Siarhei Viazovich, a quase 4 horas...


 

Classificação final (Camiões)


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