O russo Alexey Lukyanuk (Ford Fiesta) venceu ontem o Rali dos Açores, primeira prova do Europeu de ralis (ERC), com uma vantagem de 16,4 segundos sobre o português Ricardo Moura (Skoda Fabia), segundo classificado.
Lukyanuk, que liderou o rali açoriano desde o primeiro dia, concluiu os 15 troços cronometrados em 2h33m51,7s, segundo a classificação oficiosa, impondo-se ao anfitrião Moura. Bruno Magalhães, vencedor da prova em 2017, terminou no terceiro posto, a 25,7 segundos do vencedor.
O piloto russo assumiu ter ficado "muito feliz" por vencer o Rali dos Açores,
antes de subir ao pódio da prova inaugural do Europeu de ralis (ERC), nas Portas do Mar, em Ponta Delgada.
"Estou muito feliz, estava à espera deste momento há quase um ano, a ultima vez que ganhei foi nas Canárias no ano passado, estava a suprimir os meus sentimentos há muito tempo para não puxar muito duro, para ser calmo e chegar ao fim. Estou muito feliz e é um grande momento para mim", confessou Lukyanuk, aos jornalistas. O russo admitiu ainda ser "um ótimo sentimento" começar o ERC com uma vitória e apontou como objetivo vencer os outros sete ralis do ano. "Foi extremamente difícil, as condições (do tempo) estavam a sempre a mudar, nevoeiro, pedras na estrada e com tantos competidores à nossa volta com 35 carros (R5) que podiam chegar lá então é maravilhoso", admitiu Lukyanuk.
O piloto russo destacou ainda "a luta" com dois ex-vencedores do Azores Airlines Rallye, os portugueses Ricardo Moura e Bruno Magalhães que ficaram em segundo e terceiro lugares, respetivamente. "Foi uma grande batalha entre nós, mas a nossa equipa conseguiu fazer as coisas bem e acabar em primeiro, então estou muito contente", frisou.
Ricardo Moura foi o melhor português
O ex-campeão nacional Ricardo Moura (Skoda Fabia) destacou o segundo lugar do pódio como "um excelente resultado", sendo a primeira vez que o piloto açoriano consegue a segunda posição depois de ter vencido o rali em 2016.
"É uma ótima prestação da nossa equipa, estamos a estrear um carro, foi excelente. A vitória é mais do que merecida para o Alexey Lukyanuk tal como o nosso segundo lugar também é merecido fruto do nosso trabalho, da nossa gestão e da forma como encarámos a prova.", disse.
Moura fez um balanço "positivo" desta prova depois de ter tido um furo na sexta-feira e de ter conseguido "manter o bom andamento" que lhe valeu a segunda vitória pontuável para o Nacional de ralis, que lidera "destacado".
"Fomos competitivos, frente a adversários muito bons, o Alexey Lukyanuk é o piloto mais rápido deste campeonato, o Bruno Magalhães é um excelente piloto, vice-campeão em titulo, e portanto debatemo-nos com os melhores e estamos satisfeitos com um bom segundo lugar", realçou.
Bruno Magalhães, vencedor da edição de 2017 do rali e vice-campeão europeu, conseguiu um terceiro lugar e manifestou-se "satisfeito" lembrando que há um ano a "prova foi imaculada".
"Um pódio no campeonato da Europa é sempre bom, agora fica aqui um sabor agridoce, no fim de semana houve aqui algumas coisas que não nos correram bem e isso acabou por nos prejudicar e tirar um bocadinho da luta pela vitória. No entanto, quando as coisas funcionaram toda a gente viu que a nossa velocidade está lá, ganhámos muitos troços, alguns até fizemos uma diferença grande em relação aos restantes. O resultado é bom e é sempre bom começar o campeonato a somar pontos", disse.
Apesar de ter terminado no terceiro lugar, Magalhães disse que "ficou provado na estrada" o facto de, juntamente com Moura e Lukyanuk, ter sido apontado como favorito ao triunfo final nos Açores.
Classificação final
