Ao vencer de forma inequívoca a segunda ronda do campeonato nacional de velocidade, Ivo Lopes e o Team Eni / Motor 7 / Pequeno Motos assumiram no Algarve o comando da categoria Superbike...
Depois de um longo interregno o campeonato nacional de velocidade regressou ás pistas no passado fim‑de‑semana para uma ronda marcada pelo calor e pelo sempre entusiasmante e exigente desenho da pista do Autódromo Internacional do Algarve (AIA), circuito que comemora em 2018 uma década de existência. Na pista algarvia, mudou o comandante da Superbike, mas decerto muita tinta voltará a correr no final de junho, no regresso ao Estoril.
Ronda quente na 'montanha-russa'
Sheridan Morais (SS 600)
Com 83 pilotos divididos pelas diversas categorias que integram as classes de campeonato nacional e respectivos troféus e em fim‑de‑semana de intenso calor não faltou animação ao longo dos mais de 4.592 metros da pista que alberga igualmente desde a sua inauguração uma ronda do campeonato do mundo de Superbike. Com a classe maior, que coloca lado a lado as Superbike e Superstock 600, a presença de Sheridan Morais e o regresso de Tiago Magalhães foi nota de destaque num pelotão com mais de dezena e meia de pilotos e onde Ivo Lopes levou a melhor desde os treinos até ao final das quinze voltas realizadas no final da quente tarde de Domingo. Uma vitória na frente de Sheridan Morais, o melhor nas 600, cabendo a Tiago Magalhães o fecho do pódio colectivo, ele que regressou ás pistas depois da lesão sofrida aquando da queda na primeira ronda do campeonato realizada no Estoril
Assim foi a corrida de Superbike
Ivo Lopes (Superbike)
Depois de ter sido o mais rápido nas duas sessões de treinos cronometrados Ivo Lopes atacou decidido a vitória aos comandos de uma mais evoluída - face ao arranque de época - Yamaha R1 e no final das 15 voltas de corrida cruzou a linha de meta com mais de 18 segundos e meio sobre Sheridan Morais, o segundo mas aos comandos de uma Superstock 600, com a segunda moto da sua classe a cruzar a linha de meta a mais de 40 segundos. Depois de uma primeira fase ao ataque e com a elevada temperatura que se fez sentir a poder condicionar a aderência no final da corrida, Ivo Lopes geriu da melhor forma a fase final da prova algarvia para 'assinar' a sua primeira vitória nas Superbike e assumir o comando do campeonato. "Foi um fim de semana muito positivo pois cada vez mais estou a entender me com a minha yamaha YZF R1. Nos treinos consegui fazer a pole com um tempo de 1m46.709 o mais rápido de sempre no campeonato nacional Superbike.
Na corrida o foco era tentar descolar e assim conseguimos, pois bati o record (1.46.717) e consegui terminar com 40 segundos de diferença para o segundo classificado da minha classe. Foi um bom fim‑de‑semana e na próxima prova no final do mês queremos repetir esta vitória."
André Pires cai na luta pelo comando
André Pires (Superbike)
Depois de qualificar bem par a acorrida de Superbike, a cerca de 0,8 do tempo da pole, André Pires arrancou da quarta posição da grelha decidido a lutar por um lugar no pódio, apesar da presença do piloto do Mundial de Supersport Sheridan Morais, um sul-africano luso-descendente e dum Tiago Magalhães regressado em forma.
Logo à segunda volta, quando Ivo Lopes comandava, e André lutava com Sheridan pelo segundo lugar, o piloto da Fast Bike sofreu um deslize na curva VIP do circuito que acabou com uma queda aparatosa.
Embora a Yamaha R1 com as cores da Fast Bike e Beauty Machine só sofresse estragos mínimos, a um poisa-pés e manete, a corrida acabaria ali para Pires, vindo Tiago Magalhães a herdar o terceiro lugar que este detinha até à queda, e Ivo Lopes a ganhar à geral.
“Estava com mais confiança na moto, mas no calor da luta, era fácil cometer um deslize… agora, resta esperar pela próxima!” – disse André Pires filosoficamente.
83 pilotos e muitas corridas
num circuito internacional
Com duas corridas na agenda, uma no Sábado outra no Domingo, e com 17 pilotos em pista, o pelotão das PreMoto3, SS300 e 85GP viu Kiko Maria, Tomás Alonso e Rafael Saraiva os vencedores das categorias. No Domingo foi Angel Dominguez quem venceu pela primeira vez este ano, cabendo a Tomás Alonso a vitória em SS300 e Marco Mateiro nas 85GP no final de uma corrida debaixo de temperaturas bastante elevadas e onde o líder do campeonato, Kiko Maria, foi forçado a abandonar.
Tomás Alonso (SS 300)
A Copa Dunlop Motoval esteve igualmente em Portimão e na classe 1 quem venceu foi Dani Trelles e na 2 foi Filipe Lourenço, o mais rápido igualmente na classificação geral. No Domingo o sucesso sorriu novamente aos mesmos protagonistas no final de 9 voltas onde o melhor voltou a ser Filipe Lourenço aos comandos da sua Aprilia. Em provas estiveram igualmente os pilotos das sempre animadas corridas do Troféu ENI - Taça Luis Carreira e o cada vez mais concorrido ZCup. Num pelotão com 27 pilotos no total a primeira corrida viu Rui Felisberto a vencer na TLC Open, Frédèric Bottoglieri na ZCup, João Vieira na TLC SS e Ricardo Almeida na TLC SBK. Na segunda corrida foi Frédèric Bottoglieri o melhor na classificação geral e ZCup, com Rui Felisberto a ser novamente o melhor na sua classe à semelhança de João Vieira e e Ricardo Almeida, que voltaram a repetir as primeiras posições do dia anterior.
Filipe Lourenço (Copa Dunlop Motoval)
Angel Dominguez (85 GP) Céu e Inferno no calor do sul
Apostado em repetir a vitória da primeira ronda do CNV realizada no Estoril, Francisco 'Kiko' Maria esteve este fim‑de‑semana no Autódromo Internacional do Algarve para cumprir jornada dupla do campeonato interno aos comandos da sua BeOn. Familiarizado com as rondas duplas por força da sua participação no campeonato espanhol (CEV) e European Talent Cup (ETC) o lisboeta qualificou na quarta posição para ambas as corridas realizadas, a primeira no Sábado e a derradeira já no Domingo, ambas com 12 voltas de duração aos 4.592 metros do circuito algarvio que cumpre uma década de existência neste ano de 2018.
Kiko Maria (PréMoto3)
Duas corridas com resultados opostos pois no Sábado foi no degrau mais alto do pódio que Kiko Maria fechou a contenda face aos restantes 16 adversários de pista, divididos pelas PreMoto3, SS300 e 85GP, terminando com pouco mais de 1 segundo de vantagem sobre o segundo classificado. Na segunda corrida, debaixo de elevadas temperaturas, o líder do campeonato nacional foi forçado a abandonar ainda na fase inicial da corrida, somando o primeiro abandono do ano. "Mesmo com o abandono da segunda corrida deixo Portimão muito satisfeito. O abandono não estava previsto mas são situações que fazem parte das corridas. Senti-me bem ao longo de todo o fim‑de‑semana e voltei a mostrar que estou na luta pelo título. Esse é um dos meus objectivos e na próxima prova no Estoril quero regressar ao degrau mais alto do pódio." O abandono prematuro no AIA ditou o final de uma série de três vitórias consecutivas no CNV pois desde a derradeira corrida de 2017 Kiko Maria tinha sido sempre vencedor no campeonato interno. No final do mês está de volta ao CNV e ao Circuito do Estoril para defender a liderança do campeonato e lutar por mais uma vitória neste época 2018.