A EDIÇÃO COMEMORATIVA DOS 25 ANOS DA CONCENTRAÇÃO INTERNACIONAL DE MOTOS DE GÓIS FOI UM ESTRONDOSO SUCESSO, JUNTANDO MILHARES DE MOTOCICLISTAS NAS MARGENS DO RIO CEIRA.
O encontro entre motores e natureza estava marcado… até domingo, com música, animação, campismo e os tradicionais ‘banhos’ (de sol e água) na praia fluvial de Góis. Estava-se a meio da semana e num misto de fuel, máquinas e pessoas a magia da 25ª concentração ia tomando forma.
Esperava os visitantes a feira motociclística com mais de 150 expositores, o espaço reservado a crianças, o Sunset diário na praia fluvial do recinto, as demonstrações de Trial, o 20º Bike Show no Parque do Cerejal, assim como os já tradicionais encontros Vespa e Mini-Hondas, para além da Missa Campal com bênção de capacetes.
Outro ponto forte, o cartaz dos concertos, com a presença dos Alphaville (4ª feira), Lost in Pain e Quim Barreiros (5ª feira), DJ Vassalo, David Antunes, Berg e dos convidados especiais Simone de Oliveira, do Quim Roscas e Zeca Estacionâncio.
ALPHAVILLE, DAD, DAVID ANTUNES...
FOI ASSIM QUE TUDO COMEÇOU
Fundado em Fevereiro de 1991 por um grupo de amigos e adeptos do motociclismo, o Góis Moto Clube (GMC) é uma associação sem fins lucrativos que se dedica à realização de actividades desportivas, nomeadamente no âmbito motorizado, culturais e turísticas.
Aos poucos cresceu em passos de gigante, tanto no plano desportivo como no mototurismo.
O moto clube foi formalizado através de escritura pública em Outubro de 1991. O passo seguinte foi a filiação na Federação Nacional de Motociclismo (FNM), em Novembro, o que nos permitiu em 1992 participar no “Troféu Nacional de Todo-o-terreno”, com o famoso “Raide a Góis” – hoje uma das melhores e mais duras provas do Campeonato Nacional.Em 1993, e por carolice pura, foi decidido criar a Concentração de Mototurismo de Góis que contou com a presença de cerca de 150 amigos. Foi assim que tudo começou.
EM BODAS DE PRATA O ESTATUTO INTERNACIONAL
Em edição comemorativa dos 25 anos da Concentração de Góis o presidente do Góis Moto Clube, Rui Paulo Conceição e representantes da autarquia da vila banhada pelo Ceira, procederam à inauguração de um monumento junto à sede do moto clube.
Foi um momento importante que registámos, relativo a um moto clube que em pouco tempo após se impor no panorama desportivo, se tornou determinante para o crescimento do mototurismo nacional. Como é sabido, Faro, na região sul, e Góis englobando a região centro-norte, anualmente organizam e realizam com enorme sucesso as duas principais concentrações internacionais de motos em Portugal, convergindo para as mesmas numerosos ‘motards’ oriundos de Lisboa, Porto e além-fronteiras.
A CHEGADA, CAMPING E PRAIA...
“Para levar isto para a frente temos inicialmente um trabalho de organização que começa quase quando termina o evento anterior”, começa por dizer Rui Paulo Conceição. “Depois, durante o mês que antecede a concentração, trabalham aqui, a tempo inteiro, entre 20 a 30 pessoas, o necessário para montar todas as infra-estruturas. Nos dias do evento contamos com mais de três centenas de colaboradores.”
Reconhecida recentemente pela FMP com o estatuto de ‘concentração internacional’, o evento do Góis Moto Clube tem aumentado em participantes de ano para ano. “Temos aumentado de ano para ano e já nos estamos a bater ‘taco a taco’ com a concentração de Faro. Nos últimos anos tivemos muitos espanhóis presentes, porque lá fizemos alguma divulgação, mas estiveram também alguns ingleses e franceses, enfim, gente um pouco de toda a Europa.”
PORQUE RAZÃO GÓIS É DIFERENTE?
“Este é um local muito apelativo. Temos o rio, praias fluviais… O necessário para uma família passar uns dias tranquilos. As pessoas são atraídas, não só pelas motos ou pelas bandas, mas por toda a envolvência. Daí que esta seja uma concentração de motociclistas onde pretendemos que toda a família possa conviver.
Não precisamos de ter cá streep tease e coisas do género. Não estou a dizer que sejamos melhores ou piores, apenas que somos diferentes. Há dezenas de casais que vêm com os filhos ainda pequenos. Temos a participação de muitas crianças. Se calhar, a outro tipo de concentração não iriam.”
FALANDO DE NOMES...
Depois de suceder a João Paixão, um dos fundadores e ex-presidente do Góis Moto Clube, Rui Paulo Conceição re-eleito na última Assembleia Geral para tomar as rédeas do clube. Questionado sobre se ‘aceita’ ou gosta do termo Motard, foi pronto e decidido na resposta:
“Não gosto dessa definição de motard. Prefiro motociclista. Temos participantes com motos extremamente potentes e outros que têm uma simples motorizada. Enfim, ser motociclista significa confraternização e respeito. É isso que nos define.”
Já quanto ao nome do clube, refere. “Colocamos sempre o nome de Góis à frente. Não é por acaso que se chama Góis Moto Clube e não Moto Clube Góis. Para nós o nome da terra está sempre à frente e queremos levá-lo o mais longe que nos seja possível.”
SIMONE DE OLIVEIRA, QUIM BARREIROS, LOST IN PAIN...
Os números de Góis 2018
Sem incidentes pessoais relevantes dentro do recinto do evento, deram entrada na edição deste ano cerca de 12.000 motos, de 19.500 participantes e 42.000 visitantes com entrada controlada (muitos ficam apenas pela envolvente e pela praia fluvial), que ao longo dos 4 dias do evento consumiram cerca de 60.000 litros de água, e mais 45.000 litros de cerveja. O esforço da organização contou com o apoio de cerca de 350 voluntários e mais 140 seguranças no recinto, em turnos permanentes.
De acordo com o refeitório do Staff, foram servidas mais de 4.500 refeições e, não menos importante, a Noite Solidária em parceria com o Município de Góis, conseguiu angariara e entregar aos Bombeiros Voluntários de Góis uma quantia de 10.000 euros, importante para o investimento numa nova viatura ligeira de combate a incêndios urbanos.“Tá-se bem!” é o lema que o Góis Moto Clube continua a fomentar. “É esse o nosso lema, para que possamos merecer a confiança de todos os que nos visitam.
ELAS, ELES, OS CLUBES E AS MOTOS...
BIKE SHOW...
”Parabéns Góis Moto Clube! Até para o ano.