13 de jan. de 20193 min para ler

PORTUGUESES NO DAKAR | Paulo Gonçalves: "O meu Dakar acabou mais cedo do que esperava"

PAULO GONÇALVES EM HONDA, ABANDONOU O RALI DAKAR APÓS UMA QUEDA QUE LHE CAUSOU UM TRAUMATISMO CRANIANO E FOI EVACUADO DE HELICÓPTERO...

O azar do piloto luso com mais credenciais em participações internacionais de todo terreno, sucedeu na quinta etapa da prova, disputada entre Moquegua e Arequipa, no Peru. De acordo com a organização, o piloto luso "foi forçado a abandonar com um traumatismo craniano leve e uma possível fratura numa mão", tendo sido retirado do percurso de helicóptero.

"Seguia de forma tranquila, sem querer cometer qualquer excesso. Não sei sequer como caí. Julgo ter batido numa pedra escondida e fui projetado numa zona de 'fesh-fesh' (pó). Agradeço ao Sam (Sunderland) pela pronta ajuda no local", comentou o piloto português.

“O que está feito está feito, não podemos voltar atrás, então não temos escolha a não ser seguir em frente.” Disse hoje Paulo Gonçalves

O piloto de Esposende tinha subido na véspera ao oitavo lugar na classificação das motos, após o sexto lugar conquistado na quarta etapa, que ligou Arequipa a Moquegua. “Passei uma noite no hospital como precaução por tonturas, perda de sensibilidade na mão direita e compressão de alguma vértebra. Agora estou bem, disseram-me que não há nenhum problema sério, então agora é hora de recuperar.”

“O meu Dakar 2019 terminou mais cedo do que esperava. Sentia-me bem, estava a andar com um ritmo constante para poder garantir uma boa etapa, mas infelizmente caí. O que está feito está feito, não podemos voltar atrás, então não temos escolha a não ser seguir em frente.”

Paulo Gonçalves tinha gasto 3h54m06 horas para cumprir os 405 quilómetros cronometrados de um total de 511 quilómetros, terminando a 13.36 minutos do vencedor da tirada, o norte-americano Ricky Brabec, seu companheiro de equipa na Honda e líder da classificação da prova de motos.

Sete portugueses permanecem em prova

Joaquim Rodrigues Jr., piloto oficial da indiana Hero foi o melhor português na quinta etapa. Sem papas na língua criticou no dia de descanso a prova da ASO: "Isto desvirtua as origens da prova", disse referindo-se ao traçado do rali Dakar ser disputado integralmente no Peru

Com o 21º lugar da classificação geral, Mário Patrão assume agora a posição de melhor piloto português após a etapa maratona e quando a prova já atingiu a sua metade. Após o dia de descanso (sábado), ficam por disputar 5 etapas que vão conduzir os concorrentes ao ponto de partida do rali em Lima.

David Megre com uma atuação regular está a levar a bom porto o seu objetivo: "Depois de uma primeira experiência que não teve o resultado para o qual trabalhei estou de volta e tenho como objectivo principal terminar a prova", disse o piloto de Coruche

Ao todo 105 motociclistas ainda permanecem em prova, entre os quais seis pilotos lusos. São eles Mário Patrão, 21º (KTM), Joaquim Rodrigues Jr., 28º (Hero), António Maio, 30º (Yamaha), o luso-alemão Sebastian Buhler, 33º (KTM), David Megre, 44º (KTM), Fausto Mota, 49º (Husqvarna) – piloto de Marco de Canavezes que concorre com licença espanhola – e o piloto de Cascais, Miguel Caetano, 88º (KTM).

Portugueses no Dakar (Motos): Mário Patrão, Joaquim Rodrigues Jr., António Maio, Sebastian Buhler, David Megre, Fausto Mota e Miguel Caetano

Jordão, Porém e Mello Breyner nos SxS

Nos ultra-leves SxS, Miguel Jordão (Can-Am) é o primeiro luso no oitavo lugar, a 2h12.32 horas do líder, o chileno Rodrigo Piazzoli (Can-Am). Ricardo Porém (Can-Am) segue no 10.º lugar e Pedro Mello Breyner (Can-Am) no 19.º.