QUATRO PILOTOS LUSOS VÃO ESTAR EM LUTA PELA VITÓRIA EM DIFERENTES CATEGORIAS DO RALI DAKAR, QUE ARRANCA ESTE DOMINGO DE JEDDAH, NA ARÁBIA SAUDITA, E TERMINA NO DIA 17 DE JANEIRO, EM RIADE.
Nos automóveis, o navegador Paulo Fiúza foi o escolhido para, à última hora, substituir a alemã Andrea Mayer, que deveria acompanhar o marido, o francês Stéphane Peterhansel. "Para mim, é uma honra", disse à Lusa o navegador, o natural de Mafra.
Paulo Fiuza substituiu à última hora Andrea Peterhansel e será o navegador do "Mr Dakar"
Nas motos, se Paulo Gonçalves (Hero) regressa a uma prova em que já foi segundo classificado (2015), após um ano de ausência devido a lesão, o antigo "motard" Ruben Faria assumiu o comando desportivo da equipa oficial da Honda nas duas rodas. Nos automóveis, o navegador Paulo Fiúza acompanha o francês Stéphane Peterhansel (Mini), que soma já 13 triunfos na prova.
Nos SSV, Pedro Bianchi Prata navega o piloto de ralis Conrad Rautenbach também com os olhos postos no triunfo.
PAULO GONÇALVES: "A MOTO É BOA E FIÁVEL"
Paulo Gonçalves faz a estreia com a indiana Hero, moto que considerou fiável
À partida, o "motard" Paulo Gonçalves é o mais comedido no discurso. "O principal objetivo é terminar. Assegurada essa parte, espero fazê-lo, se possível, com um bom resultado", declarou à Agência Lusa o piloto, de 39 anos.
Depois de cinco anos na equipa oficial da Honda, o antigo campeão nacional de motocrosse, supercrosse e enduro, ingressou na indiana Hero.
"A mota é boa, equilibrada e fiável. A prova vai ter muita areia mas também pistas em rios secos, com muita navegação. São cerca de cinco mil quilómetros de especiais, o dobro do ano passado. A regularidade vai ser um fator determinante", disse o piloto de Esposende a caminho do seu 13.º Dakar.
Este ano, dá-se o facto de ser companheiro de equipa do cunhado e antigo rival das pistas de motocrosse,
Joaquim Rodrigues Jr. "Cada um vai tentar fazer o seu melhor. Não valorizo em demasia o facto de sermos cunhados", sublinhou Paulo Gonçalves.
O algarvio Ruben Faria gere a equipa Honda Monster Energy, habitual candidata ao triunfo
Já Ruben Faria, que em 2019 também integrou a estrutura da Honda, é o novo diretor desportivo da equipa que vai tentar interromper o domínio da KTM, que vence há 18 anos consecutivos.
"Trabalhámos imenso para esta prova, fizemos vários testes e, no Japão, estão a dar o máximo. Este é o ano em que os pilotos estão em melhor forma física", destacou o algarvio, responsável por gerir uma equipa com 30 pessoas: "Não é uma tarefa nada fácil. Temos elementos de várias nacionalidades, diferentes culturas e é preciso satisfazer todos."
Pedro Bianchi Prata quer lutar pelo triunfo nos SSV