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REDAÇÃO

DAKAR | Toby Price perde o road-book mas vence a etapa


AO CABO DE 15 QUILÓMETROS PERCORRIDOS, TOBY PRICE (KTM) PERDEU O ROAD-BOOK (FICOU A NAVEGAR ÀS CEGAS) MAS NÃO A ESPERANÇA NUM TRIUNFO QUE NO FINAL FOI SEU.


Esta foi apenas a primeira etapa (Jeddah - Al Wajh), apenas os primeiros 300 km de especial nos 5000 desta longa e dura prova, mas é claro que esta nova rota exigiu navegação aprimorada, colocando os pilotos à prova.


O australiano Toby Price viu que tinha perdido o road-book ao quilómetro 15, rodava então no 23º lugar e, a solução foi perseguir a poeira dos adversários e ultrapassá-los, Ainda assim, venceu a etapa com 2m05s de vantagem sobre o norte-americano Rick Brabec (Honda)… mas teme uma penalização por parte da organização.


"Foi um dia agitado, mas correu bem", disse Price. “Depois de apenas 15 quilômetros, perdi o meu road-book, o que foi estranho. De certa forma, tive muita sorte porque consegui seguir as nuvens de poeira de outros pilotos.


Quando ficamos sem road-book acabamos a conduzir quase às cegas. No momento, parece bom para nós no resultado, mas receio ser penalizado. Portanto, não é o melhor começo, mas o rali ainda está a onze dias de distância. Estamos em boa forma, sinto-me bem na moto e estamos satisfeitos.”


BRABEC FOI O PRIMEIRO LÍDER

Na frente, foi Ricky Brabec da Honda oficial que assumiu o comando durante a primeira parte da especial. O americano que desistiu no ano passado por avaria mecânica quando a vitória parecia que lhe iria cair nos braços, viu o vencedor duplo do Dakar Toby Price liderar a classificação até ao final da especial.


Este não é necessariamente um bom sinal para o australiano se acreditarmos nas estatísticas. De facto, já se passam 11 anos desde que o primeiro vencedor do Dakar não chega ao topo do pódio no final da prova.

Na Arábia Saudita, 319 km de especial cronometrada esperavam os pilotos. Toby Price mostra que está pronto para lutar pela vitória, assim como os seus companheiros de equipa, Walkner (3º), Sunderland (5º) e Benavides L. (8º). A Honda também colocou os seus pilotos no top 10 com Brabec (2º), Benavides K. (4º) e Barreda (7º). E a mesma história para a Husqvarna, já que Quintanilla ocupa o 6º lugar.


PAULO GONÇALVES 12º NA ETAPA

Paulo Gonçalves (Hero) foi o melhor português, na 12.ª posição final, apesar de inicialmente ter sido creditado com o 13.º melhor tempo, a 10m17s do vencedor. “Foi um arranque muito interessante do Dakar 2020. Uma etapa longa de 320 km com uma mistura de estradas de perda, trial, areia e algumas dunas que tornaram a navegação muito complicada”, explicou o piloto da Hero MotoSports. "O arranque da prova não foi fácil para ninguém, pois com uma mistura de vários tipos de terreno a atenção teve de ser redobrada. No início pilotei com muito cuidado porque havia muito trial e a navegação era muito complicada. Tentei não cometer nenhum erro nem sofrer nenhuma queda”.


António Maio (Yamaha) foi 23.º, a 24m48s de Price. Sebastian Bühler (Hero) foi 32.º, a 35m13s. Mário Patrão (KTM) teve um início cauteloso, concluindo os 319 quilómetros da especial em 41.º, a 47m47, à frente de Fausto Mota (Husqvarna), 53.º Joaquim Rodrigues Jr. (Hero) teve problemas e não chegou ao ponto de passagem instalado ao quilómetro 105. <<<




A Etapa 2 de amanhã, 6 de janeiro

No primeiro dia do Dakar 2020, os participantes chegaram a Al Wajh após 752 km na sela.

A segunda etapa leva apenas 401 km até Neom. No entanto, a etapa especial tem 367 km a mais do que no dia anterior, mas há apenas 34 km para cobrir a rota de conexão, tornando o segundo dia do rali a menor distância total, com um total de 401 km.

Classificação da Etapa (5 janeiro)

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