O Rally de Monte Carlo marca o início da 49ª temporada do Mundial de Ralis 2021, que este ano decorre à porta fechada. Pilotos e equipas cumprem recolhimento obrigatório e terão de recolher aos hotéis às 18h00. No domingo, o Príncipe Alberto entrega os prémios no exterior do Palácio. Sébastien Ogier parte à procura da 8ª vitória no Mónaco e 8.º título no Mundial.
A temporada terá 12 paragens e Portugal recebe máquinas e pilotos entre os dias 20 e 23 de maio.
Devido à questão pandémica mundial, à imagem do sucedido no final da época anterior, na Turquia e na Sardenha, o arranque de 2021 será à porta fechada. Uma decisão concertada com a FIA, promotor do WRC e autoridades locais. De entre as regras sanitárias, haverá um controlo rigoroso das áreas de partida e chegada, nos parques de assistência (proibido a entrada de público) e nas áreas de reagrupamento. Para quem não cumprir, as multas começam a partir de 135 euros, conforme anunciado pelo presidente da câmara do departamento (região administrativa) Hautes-Alpes, decisão que se estende às regiões limítrofes de Alpes de Haute-Provence, Drôme, Isère e Alpes-Maritimes.
A partir de Gap, quartel-general, as 84 tripulações inscritas (piloto e copiloto), com 10 na categoria WRC, já deram inicio ao rali na passada quinta-feira. Os horários foram também reorganizados. Não se escutam motores à noite e as etapas foram antecipadas em duas horas e meia. Na quinta-feira a última especial começa às 15h06, na sexta-feira os pilotos aceleram no último troço às 13h38, no sábado às 12h08 e no domingo a derradeira largada tem início às 12h18.
Durante quatro dias, as 14 classificativas são arrumadas em 257,64 quilómetros ao cronómetro naquele que será o percurso mais curto dos 110 anos do rali de Monte Carlo, prova interrompida no longo historial, em duas ocasiões, durante os anos das duas Guerras Mundiais. Este ano, mais de 80 por cento do traçado é novo e não haverá, pela primeira vez em muitos anos, a icónica passagem pelo Col de Turini.
Aos 38 anos, para além de ter o recorde da vitória com a mais curta distância (2,2 segundos), em 2019, só um piloto venceu tantas quantas vezes quanto ele - Sébastien Loeb -, outro membro da realeza francesa dos ralis. Se Ogier vencer nas estradas onde cresceu, não só ficará à frente do seu eterno rival, como se coloca com o dobro de vitórias de Tommi Mäkinen e mais uma mão cheia de títulos do que Carlos Sainz e Didier Oriol.
A nível de construtores, a Toyota e a Hyundai apresentam-se como os naturais candidatos na luta pelo título por equipas. A Hyundai, campeã de construtores, deixa de contar com a ajuda do francês Sébastien Loeb, piloto recordista de títulos mundiais (nove) conquistados consecutivamente de 2004 a 2012. A marca coreana aposta no estónio Ott Tanäk, campeão em 2019 e no belga Thierry Neuville (Hyundai i20 WRC), vencedor em Monte Carlo, no ano passado, interrompendo a caminhada triunfal de seis títulos de Sebastien Ogier.
Este ano, marca ainda o regresso dos pneus Pirelli como fornecedor do mundial WRC, algo que não acontecia desde 2010, em substituição da Michelin.
CALENDÁRIO WRC 2021
1. Monte-Carlo (21 a 24 de janeiro)
2. Árctico, Finlândia (26 a 28 de fevereiro)
3. Croácia (22 a 25 de abril)
4. Portugal (20 a 23 de maio)
5. Itália, Sardenha (3 a 6 de junho)
6. Quénia (24 a 27 de junho)
7. Estonia (15 a 18 de julho)
8. Finlândia (29 de julho a 1 de agosto)
9. Bélgica (13 a 15 de agosto)
10. Chile (9 a 12 de setembro)
11. Espanha, Catalunha (14 a 17 de outubro)
12. Japão (10 a 13 de novembro)
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