A mais recente edição do Grande Prémio de Históricos do Mónaco, que marcou o início das atividades no circuito monegasco na semana do Mundial de Fórmula 1, ficou marcada por um incidente caricato e com custos avultados. Stuart Hall, piloto que compete ao volante de um McLaren M23, o mesmo que deu à equipa de Woking o título de Construtores em 1974, viu-se obrigado a abandonar a prova devido a uma avaria mecânica, acabando o posicionamento perigoso do monolugar na curva de Mirabeau por obrigar à intervenção do safety car para neutralizar a prova enquanto os comissários retiravam o M23 de pista.
Usualmente eficazes na remoção dos veículos acidentados do meio da pista, algo falhou, desta vez, aos comissários de pista, já que se verificou a quebra do cabo da grua enquanto se procedia à retirada do McLaren da pista. O resultado foi a queda desamparada do M23 em pleno asfalto, danificando severamente alguns dos elementos aerodinâmicos, como os dois ailerons - o da frente e o traseiro -, mas previsivelmente também a suspensão, dada a altura de que o monolugar caiu.
As competições de monolugares históricos costumam ser uma montra de 'peças' que fizeram parte da Fórmula 1 de outros tempos, dividindo-se por categorias e eras distintas, como é o caso do McLaren M23 que na sua época contava com motor Ford-Cosworth V8 de 3.0 litros com cerca de 500 cv de potência.
Este foi um dos motores de maior sucesso na modalidade, tendo alcançado diversos triunfos, tanto em corridas, como nos mundiais de Pilotos (12 títulos) e de Construtores (10).
A sua última prestação competitiva na Fórmula 1 teve lugar em 1985, quando o motor Cosworth era já amplamente subjugado pelos motores turbo trazidos para a modalidade pela Renault e que em poucos anos se tornaram norma até serem banidos em 1989.