Segundo os dados da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferos (APETRO), as vendas de gasolina diminuíram 5,8% de janeiro a março, enquanto as do gasóleo subiram 2,9%.
A redução de 5,8% do consumo de gasolinas rodoviárias corresponde a um decréscimo de 14 milhares de toneladas - na comparação com o primeiro trimestre 2015 - enquanto o aumento de 2,9% do gasóleo rodoviário traduz-se em mais 29 milhares de toneladas. Em termos globais, o consumo de combustíveis aumentou 1,1% nos primeiros três meses do ano, e, dado o peso do gasóleo nas vendas face à gasolina, o resultado foi um aumento do consumo dos combustíveis líquidos em termos homólogos. A tendência já não se verifica em relação aos consumos do trimestre anterior, registando-se uma queda de 8,6% - o recuo nas vendas foi de 13,4% na gasolina e 7,5% no gasóleo.
Somando gasóleo e gasolina, os dados da Apetro mostram que foram vendidos 1256 milhares de toneladas, o que compara com 1374 milhares no trimestre anterior e 1242 milhares no período homólogo. Em relação ao GPL total e lubrificantes, a tendência foi contrária registando-se uma diminuição das vendas em termos homólogos, mas uma recuperação face aos últimos três meses do ano passado.
AUMENTO DAS RECEITAS
Apesar da quebra nas vendas da gasolina, o consumo global associado ao aumento da tributação fez aumentar as receitas do Estado: nos três primeiros meses do ano, entraram para os cofres públicos 81,3 milhões de euros vindos do ISP, mais 15,4% do que no mesmo período do ano passado. Se tivermos em conta apenas o mês de março - o primeiro mês completo em que vigorou o aumento do imposto -, as receitas dispararam 50%.
Até abril, o Estado já arrecadou mil milhões de euros em ISP, um aumento de 43% em relação aos quatro primeiros meses de 2015 - descontando a reformulação contabilística, que a Direcção-Geral do Orçamento diz ser de 106,2 milhões de euros, a receita continua a crescer 28%.