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CASEY STONER, BICAMPEÃO DO MUNDO DE MOTOGP

Casey Stoner diz que a eletrónica tirou “finesse” ao MotoGP, e critica a pilotagem padronizada: “Nin


Quando já parecia que estava em ‘estado de paz’ com o MotoGP, Casey Stoner volta a criticar a classe rainha do Mundial de Velocidade. “A eletrónica como está atualmente no MotoGP, impede os pilotos de fazer a diferença." Começou por afirmar o australiano bi-campeão mundial na classe rainha (2007/2011) numa entrevista à publicação ‘Motor Cycle News’.


Foi a partir deste ano, que o MotoGP passou a contar com um ‘pack’ eletrônico padronizado, criado pela Magneti Marelli. A medida, teve como objetivo reduzir os custos e nivelar o ‘grid’ entre os participantes.

Contúdo, na visão de Stoner, mesmo com o atual pacote eletrônico, os pilotos ainda recebem ajuda demais para controlar a tração na saída das curvas.

“A eletrônica é a razão de vermos os tempos de volta da MotoGP tão apertados na qualificação. Então pensas: Uau, tanta gente rápida’”, disse Stoner à publicação australiana. “Mas na qualificação, tudo que é preciso fazer é travar tarde, fazer a moto virar, para depois estabilizar e deixar a eletrônica fazer o resto. Não existe mais ‘finesse’ na pilotagem”, prosseguiu.

“Durante a corrida, quando não podes travar tarde em todas as voltas e acertar perfeitamente a tua pilotagem com a eletrónica, é nessa altura que se veem os intervalos entre pilotos a crescerem ao longo do pelotão”, refere.

“A eletrónica ajuda demais esses pilotos que não conseguem controlar a traseira, como os outros podem. Em 2006 ou 2007, se tinhas mais qualidades na tua pilotagem, pegavas na moto na saída da curva e quase passava o outro piloto no meio da reta”, recordou. “Ou talvez o outro piloto escorregasse e estragasse a saíd e conseguias consumar a ultrapassagem antes da próxima curva. Hoje isso é praticamente impossível com as ajudas eletrónicas.”

Além disto, Casey Stoner acredita que os recursos eletrónicos acabaram por padronizar o estilo de pilotagem dos pilotos. E diz: “Pilotos diferentes acertam as suas motos de formas muito diferentes. Alguém como Dani [Pedrosa] gostava de ter a moto acertada do meio para a saída de curva, e não muito boa na entrada, mas ele conseguia passar pela curva tão bem e tinha tanta tração que ele aparecia ao teu lado na reta”, exemplifica. “O estilo de todos brilhava na época, agora está indo mais para um estilo particular”.

“Ninguém pode fazer diferença na saída de curva — podes observar todos a acelerar na mesma parte da curva e à saida —, então, o segredo é dar apertada forte nos travões. É tudo uma questão de ver quem trava mais tarde, e de ver quem está disposto a correr maiores riscos. Nada mais.”

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