A primeira renovação integral da CRF450R em oito anos engloba um motor de inspiração HRC, com mais 11% de aumento no pico de potência e um binário mais ajustado em toda a gama de rotações. O quadro de 7ª geração em alumínio serve a irmã de enduro RX.
Desde 2002, a Honda CRF450R tem sido uma referência nas motos de motocros s. Este modelo definiu a "arte do equilíbrio", com um motor pleno de potência, fácil de domar e de utilizar, e um quadro que permite aos pilotos retirar partido da potência. Na visão dos pilotos – amadores ou profissionais – sempre foi um modelo que oferecia controlo total, em conjunto com uma durabilidade e longevidade que é apanágio neste tipo de motos da Honda. E nos últimos anos a CRF450R foi continuamente melhorada, tornando-se numa das motos mais completas e "prontas a correr". Mas em 2017, a evolução dá lugar à revolução.
O modelo de motocross de "open class" preferido dos pilotos europeus é, efectivamente um modelo novo, com um importante aumento na potência do seu novo motor, juntamente com melhor tracção e transmissão de potência. A parte ciclística apresenta nova geometria, centro de gravidade mais baixo e forquilha dianteira Showa de fábrica, com 49 mm, especificação de competição e molas de aço. O novo conjunto fica completo com o novo depósito de combustível em titânio, plásticos leves e aerodinâmicos e arranque eléctrico de série.
MAIS POTENTE E INCISIVA
A CRF450R de 2017 foi desenvolvida – com a participação directa das equipas Honda AMA e MX GP – para ser a primeira logo no arranque, a primeira a chegar à curva 1 e a pulverizar todos os tempos por volta. Apresenta mais 11% de pico de potência no motor e um quadro que permite retirar todo o partido dessa potência.
Como os modelos da classe MX1 são motos totalmente focadas na competição, tanto o modelo de 2016, como o de 2017, foram colocados lado a lado pelo HRC numa série de simulações de arranque em prova. A potência e a tracção do novo modelo permitiram-lhe obter uma vantagem significativa. Dos 0 aos 10 metros, demorou apenas 1,53 seg., menos 6,4% do que o modelo agora cessante.
O novo motor recorre a processos de engenharia inovadores na admissão e no escape. No lado da admissão, as passagens a direito reduzem significativamente a resistência ao ar e melhoram a eficiência da combustão. No lado do escape, os dois colectores dividem-se junto ao motor, facilitando o aumento da relação de compressão (de 12,5 para 13,5), um elemento primordial no aumento da potência que se verifica.
A nova forquilha Showa USD de 49 mm, com molas de aço e desenvolvida de fábrica para a competição, é usada pelas equipas que correm no campeonato japonês de MX e vem substituir a anterior unidade KYB a ar. As traves principais do quadro em alumínio são agora cónicas, oferecendo maior estabilidade e tracção à frente, numa revisão completa da geometria da CRF450R para 2017; a distância entre eixos está mais curta, com um braço oscilante mais compacto e consequente ajuste no ângulo da coluna da direcção e no eixo de arraste (trail).
Este modelo também exibe um centro de gravidade mais baixo graças ao depósito de combustível de peso reduzido, realizado em titânio e aos novos apoios (superior e inferior) do amortecedor traseiro. Os novos plásticos são componentes de elevado desempenho aerodinâmico, com formatos esguios e "orgânicos", para a derradeira liberdade de movimentos do piloto. Os gráficos destes plásticos são de inserções de película, para uma aparência mais focada e maior durabilidade. Pela primeira vez, estará equipada com sistema de arranque eléctrico.
UMA PROPOSTA PARA O ENDURO...
O novo modelo Honda de enduro "pronto a competir", a CRF450RX, assenta na base da nova CRF450R de 2017 e está equipada com suspensão de especificação enduro, sistema PGM-FI e mapeamento EMSB, juntamente com depósito de combustível de maior capacidade, roda traseira de 18 polegadas, descanso lateral e arranque eléctrico de série.
A CRF 450R de motocross revelou-se a plataforma perfeita para o desenvolvimento de um modelo de enduro, dando à CRF450RX um ADN puro de motocross, ideal para enfrentar qualquer pista de enduro e a confiança e a competência para lidar com os trilhos que se fazem de "punho enrolado", bem como as subidas difíceis e as secções mais técnicas, com igual facilidade.
“A CRF450RX é um modelo verdadeiramente especial, não só para a Honda, mas para o mundo do enduro. É um modelo diferente que se sente diferente de tudo o resto. E, tal como a nova CRF450R, é um modelo muito rápido.” Começa por referir Mikio Uchiyama, líder de projecto da CRF450RX, para concluir:
“É um modelo de enduro puro e pronto para a competição, como a Honda nunca tinha feito. Esta moto recorre às fantásticas melhorias que a nova CRF450R exibe e não foram aceites compromissos na produção desta versão RX de enduro, que oferece algo de completamente novo aos pilotos de enduro de todo o mundo. Este modelo foi fabricado para vencer logo desde o início, ao maior elevado nível da competição.”
“DONA” DOS TRILHOS
A CRF450R de 2017 foi desenvolvida de raiz com a participação directa das equipas Honda AMA e MX GP e possui uma relação peso/potência 11% superior ao modelo cessante. A CRF450RX é idêntica em quase todos os aspectos, mas revela alterações fundamentais que a tornam um modelo de enduro sem compromissos. As suspensões são menos duras, com amortecimento em compressão mais ligeiro e molas de taragem inferior no amortecedor. O novo modelo recorre a uma jante traseira de 18 polegadas e está equipado com descanso lateral e depósito para 8,5 litros de combustível, aumentando a funcionalidade e contribuindo para uma maior autonomia.
A programação do sistema PGM-FI da CRF450RX oferece uma entrega mais suave da potência e do binário em relação à CRF450R; isto ajuda a melhorar a tracção em condições mais exigentes. Tal como na CRF450R, o botão EMSB (Engine Mode Select Button = Botão de Selecção do Modo do Motor) oferece ao piloto três opções distintas: O Modo 1 oferece performances suaves, o Modo 2 apresenta as acelerações mais fáceis de dosear e o Modo 3 liberta toda a potência, de forma agressiva e com melhores respostas. A moto vem equipada de série com arranque eléctrico.
TÉCNICA
O NOVO MOTOR 4 TEMPOS
A cabeça do motor é uma unidade Unicam de quatro válvulas, com balanceiros de roletes nas válvulas da admissão e 10 mm de elevação; no escape, a elevação é de 8,8 mm. As válvulas da admissão têm diâmetro de 38 mm e o processo de dupla maquinagem das sedes das válvulas permite obter um fluxo de gases mais suave. A aspiração descendente na admissão é, agora, directa às aberturas da admissão.
As molas das válvulas são de secção cruzada oval, reduzindo a altura e oferecendo dimensões mais compactas. Os ângulos das válvulas são mais estreitos: 9° na admissão e 10, 5° no escape (anteriormente, 10°/11,5°), juntamente com um novo pistão, o que permite aumentar a capacidade de combustão do motor. O injector de óleo de 4 furos permite reduzir a temperatura do pistão e dissipa de forma eficaz o maior calor gerado pela relação de compressão mais elevada A cavilha do pistão e os balanceiros de rolete recebem um revestimento DLC (Diamond-like Carbon = Carbono tipo Diamante), que oferece uma excelente resistência à temperatura e fantástica durabilidade, reduzindo ainda as perdas por atrito.
TRÊS MODOS DE RESPOSTA
Os comandos e instrumentos para o piloto estão agora dispostos de forma mais racional, situados no punho esquerdo: avisador EFI, botão de modo EMSB, indicador de LED e botão de paragem do motor para este modelo com arranque eléctrico de série, que facilita muito o arranque do motor que se foi abaixo, especialmente nas secções com muitas pedras e superfícies irregulares. O botão EMSB (Engine Mode Select Button = Botão de Selecção do Modo do Motor) permite ao piloto alterar instantaneamente o carácter de funcionamento do motor. Com a moto imobilizada e o motor ao ralenti, basta carregar e manter carregado o botão durante cerca de um segundo para seleccionar a próxima definição de mapeamento do motor, em sequência.
O LED incorporado no botão indica o programa em utilização mediante um toque rápido no botão, piscando o número de vezes correspondente ao programa (1 vez para o Modo 1, etc.). Quando é seleccionado um novo mapa, essa opção é também confirmada ao piloto.
O Modo 1 é o programa base e oferece as respostas mais lineares em termos de aceleração, tornando a potência do motor muito mais utilizável numa vasta gama de condições. O Modo 2 oferece as prestações mais comedidas (um modo especialmente útil quando o piloto já está cansado) e o Modo 3 liberta a potência da forma mais responsiva – com uma entrega semelhante ao mapa standard (Modo 1) da CRF450R.