top of page
APRESENTAÇÃO HONDA NSX

Um híbrido com alma


O lendário Honda NSX está de volta. Sem perder o estatuto desportivo do seu antecessor, apelativo no exterior, com novidades técnicas consideráveis que facilitam a condução e acentuam a potência, trata-se de um desportivo da nova geração, híbrido e com muita garra desportiva.

A Honda escolheu o Autódromo do Estoril para apresentar a nova geração do Honda NSX, o que não aconteceu por acaso. Foi no circuito português que Ayrton Senna e a Honda escreveram páginas lendárias do automobilismo, juntamente com o McLaren Honda MP4-4 com o qual o piloto brasileiro alcançou em 1988 o seu primeiro título mundial de F1.

Como tinha feito em 1990, a Honda construiu um coupé para estar na vanguarda no campo das soluções técnicas. O nome NSX na parte inferior, significa que é um acrónimo de “nova experiência desportiva (New Sports eXperience) no segmento dos supercarros. O primeiro NSX era um concentrado de novidade na época: um dos primeiros carros de produção com um motor V6 em liga leve, mas especialmente com todo de alumínio presente na carroçaria; a Ferrari desenvolveu uma solução semelhante dez anos mais tarde.


A segunda geração do NSX revela um desportivo muito mais compacto. Talvez esteja um pouco mais anónimo que no anterior projeto, mas muito refinado do ponto de vista tecnológico volta a apostar na vanguarda das escolhas técnicas.

O único elemento em comum com o anterior NSX , além do nome, são as dimensões aproximadas e o perfil do motor, um V6 de 3.5 litros que entrega 507 cavalos contra os 280 do NSX de há 25 anos atrás. Tudo o resto é inédito.

Com dimensões largas e de baixa altura, o desportivo coupé tem acabamentos modernos e sedutores, oticas agressivas, destacando-se o novo motor de duplo turbocompressor e montagem longitudinal, com transmissão DCT de 9 velocidades da Honda e um motor eléctrico que aplicam o binário directamente à cambota facultando maior potência e entrega imediata às rodas traseiras.

O atual NSX está a ser construído exclusivamente no Performance Manufacturing Center (PMC) da empresa, localizado em Marysville, Ohio, sendo nessa unidade fabricado e montado por cerca de 100 trabalhadores altamente especializados, que realizam todos os trabalhos, desde a construção da carroçaria, à pintura, até à montagem final.

Depois de fazer o desenvolvimento dos motores Honda V10 da Indycar até 2007, Yasuhide Sakamoto iniciou em 2012 o projeto do novo motor do Honda NSX

O ‘SEGREDO’ DO NOVO COUPÉ


O NSX é um coupé híbrido com três motores eléctricos, dois nas rodas dianteiras e um terceiro colocado trás, junto ao motor V6 de combustão. Os motores elétricos no eixo dianteiro não servem apenas para garantir a tração das rodas dianteiras, mas têm ainda outros propósitos, servindo para melhorar a condução, o ângulo de direção e a própria motricidade do eixo dianteiro. Sendo este é um dos principais «segredos» do novo Honda NSX, em que medida ele pode melhorar o rendimento do novo coupé?

Os dois motores elétricos dianteiros do NSX (com 37 cavalos cada um) não estão lá apenas para conduzir as rodas e dar uma potência extra ao motor térmico, servindo para gerar um efeito Torque Vectoring "elétrico". Basicamente agem como dois diferenciais muito pequenos, e isto acontece porque estes dois compactos motores são capazes de gerar uma energia que faz girar, com maior ou menor impulso e de uma maneira diferenciada as rodas da frente numa curva. E isto sucede, gerando uma série de forças físicas que ajudam a "fechar" a trajetória e cancelar a subviragem, a característica negativa típica de um quatro rodas motrizes.

Isto parece parece complexo de explicar mas, uma vez em pista, este efeito é esclarecedor. Quando se trava e insere a maior velocidade o NSX em curva, a eletrónica ‘percebe’ a situação, "lê" o ângulo da direção e a força aplicada ao volante, e ajusta de imediato a rotação das rodas. Faz girar mais lentamente a roda interior em relação à exterior, e permite "fechar" melhor a viragem levando mais facilmente o carro à corda da curva. Após a travagem e na aceleração a sair de curva, a roda exterior "puxa" mais e facilita a saída direcional.

Ted Klaus liderou o projeto do novo Honda NSX

Ted Klaus, líder do projeto Honda NSX , resumiu bem em poucas palavras esta ajuda eletrónica à condução: "O sistema eletrónico do nosso coupé responde aos comados do acelerador e de direção em cerca de 100 milésimos de segundo, ou seja, praticamente em tempo real. Nenhum outro carro no mercado com o diferencial de Vetorização de torque, ou diferencial eletro-hidráulico é tão rápido nesta ação".

O motor de 3.5 litros com absoluta prontidão no chassis baixo e rígido que confere ao NSX excelente manuseamento. O V6 biturbo entrega 507 cavalos, mas em termos reais pode chegar aos 580 cavalos com os dois motores elétricos dianteiros. O terceiro motor elétrico que debita 48 cavalos, está acoplado atrás do motor e funciona como se fosse um compressor, para melhorar a saída a baixos regimes do V6, antes da entrada em funcionamento do turbocompressor.

DESPORTIVO VERSÁTIL


Nascido para desafiar modelos como o Ferrari 488, Audi R8 e Porsche 911, sem deixar de reviver o esplendor do NSX original, também o chassis apresenta o perfil de um coué desportivo de alto desempenho. A distribuição de peso é excelente devido ao motor em posição central traseira, que também é um bom contributo precisos para a sua agilidade em curva e prontidão nas mudanças de direção.

O novo NSX tem quatro mapeamentos 'Dynamic' de condução selecionáveis ​​no botão central grande do painel. O primeiro é chamado de "Quiet" e serve para o uso urbano a baixa velocidade. Inserido neste modo, o carro pode ser movimentado em modo eléctrico até aos 80 km/h; pressionando com delicadeza o acelerador, entra em ação o motor térmico. Nos outros dois modos, Sport e Sport Plus, o motor liberta a sua potência já no seu máximo regime e os sistema de assistência à condução permanecem ativos até esse momento. O quarto modo, "Track", permite alcançar a máxima performance. O sistema de controle de estabilidade entra em ação apenas a partir de um dado regime, permitindo (em pista) tirar proveito com maior à vontade.

Fazendo uma comparação com outros modelos desportivos da Ferrari, McLaren e Audi que excedem os 600 Cv, o novo NSX não é o mais poderoso, mas é mais fácil de pilotar, provavelmente até por alguém menos experiente na condução desportiva. As ajudas que têm ao comportamento em curva são uma mais-valia a considerar, a insonorização do habitáculo é superior à oferecida por coupés da Ferrari ou Lamborghini, tendo como ponto menos positivo o cockpit apertado para duas pessoas de grande porte.

A EUROPA COMO PRIORIDADE

A Honda confirmou que a Europa é a principal zona de exportação do NSX, sendo as vendas asseguradas por uma rede limitada de concessionários autorizados, em zonas estratégicas do velho continente. Com um preço inicial de cerca de 130.000€ (Reino Unido) e 180,000€ (Alemanha), os concessionários autorizados começaram a receber as primeiras encomendas de clientes a partir de Abril.

Para os outros mercados europeus, os preços serão confirmados na altura do lançamento e estarão em conformidade com as taxas de imposto de cada local. A entrega dos primeiros NSX aos clientes na Europa está prevista para o Outono deste ano.

0 visualização0 comentário
bottom of page