Muito à semelhança da poderosa indústria automóvel alemã, que não prescinde da sua ‘costela’ a Leste, com fábricas na Polónia, Republica Checa e Turquia, mais a sul, os fabricantes do Reino Unido estão preocupados com as sequelas do Brexit.
A indústria automóvel britânica não quer sair da Europa, e o Brexit não é visto como um bom presságio para o futuro. Quem o afirma é Mike Hawes, diretor da ' Associação Britânica de fabricantes e revendedores SMMT. "A nossa indústria está profundamente integrada com a Europa. É a relação mais importante que temos.”
Atingindo a indústria automóvel do Reino Unido uma dimensão consoiderável, os fabricantes do outro lado do canal da Mancha, creem decisivo para o seu futuro manter intacto o acesso ao mercado único europeu .
"Um acesso completo e sem restrições ao mercado único, agora e no futuro: é muito importante para todos os grandes grupos que investiram no país." Ainda segundo o diretor daquela associação que representa os fabricantes e revendedores britânicos, este apela aos responsáveis para terem consciência do que estão a fazer, tendo em conta a importante quota que assume atualmente a Grã-Bretanha no mercado global.
MAIS DE 1 MILHÃO E MEIO DE AUTOMÓVEIS PRODUZIDOS NO REINO ÚNIDO
Senão veja-se. O Reino Unido produziu 1.590.000 automóveis em 2015, 80% dos quais foram exportados para a Europa, empregando ainda mais de 800 de mil empregados no setor. Além disso, concentra em si mesmo as grandes marcas. A Toyota, a Nissan, a BMW com a Mini, a Ford e a General Motors com a Vauxhall, investiram pesadamente em fábricas no Reino Unido, enquanto algumas pérolas britânicas, como a Jaguar, a Land Rover, a Bentley e a Aston Martin são atualmente de propriedade estrangeira.
Pensando no Brexit, Hawes lançou um apelo para a remoção de todas as barreiras para a contratação de funcionários qualificados da UE e fora da EU, em caso de falta de mão de obra nacional.