A Nissan Motor Corporation adquiriu 34% das ações da Mitsubishi Motors, tornando-se o acionista maioritário e assumindo o controle da empresa. Uma operação de cerca de 2,1 bilhões de dólares que insere a Mitsubishi dentro da aliança Renault-Nissan, criando um grupo de 10 milhões de peças por ano.
O novo número um na casa dos três diamantes (em funcionamento desde 14 de dezembro) é Carlos Ghosn, que esclareceu a propósito: "Este acordo cria uma nova força no mercado global de automóveis" - comentou Ghosn.
"Torna-nos num dos três maiores grupos automóveis no mundo. O objetivo é fazer economias de escala, para além de ter a tecnologia decisiva e capacidade de produção que possam cobrir os pedidos do cliente em cada segmento de mercado e em todos os mercados do globo".
Este novo acordo surge na sequência da cooperação, iniciada há cinco anos nos carros kei – pequenos automóveis ligeiros, que no Japão desfrutam de vários benefícios fiscais. E chega também no momento certo, numa altura em que a Mitsubishi estava a ficar em apuros em termos financeiros.
O acordo prevê a presença na Nissan de quatro executivos, incluindo Ghosn, o conselho de administração vai passar por uma série de mudanças na gestão da marca nipónica. De acordo com o atual número um da Mitsubishi, Masuko Osama, as primeiras sinergias vão permitir chegar aos 220 milhões de euros em poupanças nos primeiros seis meses, valor que no ano seguinte pode chegar aos 500 milhões de euros.