Pesou a tecnologia na edição deste ano do Salão de Motos de Colónia – Intermot 2016 - na Alemanha.
Houve lançamentos de todos os géneros, mas fica claro que a eletrónica é parceira cada vez mais constante na vida do motociclista, para levá-lo mais longe, mais rapidamente e com mais segurança.
Por Mike Rodman
Scooters, modelos de estilo clássico, nakeds, grandes trails e superdesportivas dividiram espaço no Köelnmesse, para oferecer ao motociclista o que ele precisa. Destaque para a urbana Ducati SuperSport e para Superdesportivas como as versões SP e SP2 da renovada Honda CBR 1000RR Fireblade, ou a Suzuki GSX-R 1000.
Os principais destaque da Intermot 2016
BMW
A novidade apresentada foi a renovada família S, composta pela naked S 1000 R, a superdesportiva S 1000 RR e a crossover S 1000 XR. A superbike tem controle de tração de série e agora oferece uma versão monoposto (sem segundo assento) – o que não implica alterações no preço. Na naked S 1000 R e na crossover S 1000 XR, maior potência (165 cv a 11.000 rpm), menor peso (205 kg), com redução nas carenagens, alterações no quadro e mudanças no guiador para diminuir vibrações.
BMW S1000 R: potência máxima de 165 cv (+5 cv) e 205 kg de peso a seco (-2 kg)
DUCATI
A Ducati SuperSport é uma desportiva orientada para o uso urbano. Linhas angulosas e o tradicional monobraço com ponteira curta do escape duplo deixam a roda traseira em evidência. O desempenho favorece a pilotagem nas ruas, com motor de dois cilindros em L, 937 cm³, gerando 113 cv a 9.000 rpm. O binário de 9,8 kgfm está disponível às 6.500 rotações. Travões com ABS, controle de tração e três modos de pilotagem compõem a lista de itens de série. Na versão "S", oferece quickshift e suspensões Öhlins totalmente ajustáveis (opcionais da versão inicial).
Ducati SuperSport: motor testastretta de 937 cc com quick shift, DTC e ABS Bosch
HONDA
A nova CBR 1000RR Fireblade SP traz mudanças visuais no escape, oticas frontais, luz traseira e muita tecnologia eletrónica auxiliar: controles de direção e de tração, unidade de medição inercial (IMU), modos de pilotagem, acelerador eletrónico e sistema quick shift para troca de marchas sem recurso à embraiagem, além do ABS.
Tudo isto para, segundo a Honda, oferecer controle total ao piloto dos 191 cv gerados pelo motor de 999 cc a 13.000 rotações (10 cv mais poderoso), além do torque máximo de 11,8 kgfm a 11.000 rpm. A marca ainda revelou a versão SP2, com produção limitada a 500 unidades, trazendo rodas Marchesini e diversos kits da HRC, a divisão de competição da Honda. A CB 1100 tem duas versões revistas, EX e RS: iluminação de LED, suspensão Showa, rodas em aço inoxidável e a nova embraiagem deslizante dão o remate atual aos modelos retro - a RS tem ainda suspensões de ajuste a gás, rodas de alumínio e pinças de montagem radial.
SUZUKI
A nova geração da superdesportiva GSX-R 1000 muda tudo. O novo motor tetracilíndrico de 999,8 cm³, com comando de válvulas variável, produz 202 cv a 13.200 rpm e torque de 12 kgfm a 10.800 rpm; travões com ABS, acelerador eletrónico, IMU, controle de tração e três modos de pilotagem. Há ainda a versão "R", com sistema quickshift e controle de largada. Outra novidade é a reestilização da linha V-Strom, com versões de 650 cc (standard e XT) herdando o "bico de pato" da irmã maior, além de aprimoramentos no motor V-twin de 645 cm³ e controle de tração. A V-Strom 1000 XT tem rodas raiadas indicadas para o fora-de-estrada, IMU, aprimoramentos no ABS para curvas e para-brisa mais alto e ajustável.
KAWASAKI
Versão atualizada da Z1000 SX, tem subtis alterações no visual, com elementos já utilizados na família Ninja, como os piscas dianteiros integrados à carenagem, assentos do condutor e passageiro mais confortáveis, e para-brisa com defletores laterais. O sistema de montagem das malas tem instalação simplificada. A Ninja H2 Carbon tem cobertura com o polímero na carenagem, além de novo conjunto de suspensões Öhlins TTX e IMU. Remodelada, a Ninja 650 recebeu linhas semelhantes às do modelo de 300 cc; o escape também mudou, mas segue curto, com balança em evidência.
TRIUMPH
A nova Street Cup mistura elementos da Bonneville (como os escapes) e da Thruxton (estilo "café racer") com uma proposta urbana e amigável. Com potência moderada e muito torque, promete ir bem no trânsito mais complicado. O motor de dois cilindros paralelos de 900 cc é capaz de gerar até 54 cv a 5.900 rpm e impressionantes 8,15 kgfm de torque a 3.230 rpm. O motor bicilíndrico da Street Twin também será usado na Bonneville T100 e na T 100 Black.
YAMAHA
Destaque para o primeiro facelift da MT-09, que teve farol reformulado para pequeno conjunto óptico duplo de LED, enquanto o suporte de matricula está interligado ao braço oscilante, deixando livre a curta rabeta. Na mecânica, melhorias como a embreagem deslizante (segundo a marca, 20% mais macia); sistema quickshift para subir marchas sem apertar o manete; nova suspensão dianteira com garfo invertido, semelhante aos modelos de motocross - regulagem de amortecedor no tubo esquerdo, pré-carga da mola no lado direito; assento mais plano e 5 mm mais alto; e ponteira reestilizada.
Viu-se ainda uma versão especial da big naked MT-10, batizada de SP: tem tecnologia da R1M, suspensões Öhlins com ajustes eletrónicos, e embraiagem assistida com quick shift. E a SCR 950, baseada na Bolt, traz o motor V2 de 942 cm³ da XVS 950 Midnight Star, visual inspirado nos modelos scrambler das décadas de 1960 e 1970, confirmando a tendência retro na Europa.