Mesmo com dores de um dedo soturado devido ao embate de outro piloto na sua moto, Pedro Nuno (Team Target) conseguiu terminar no top tem a prova de Navarra que encerrou o CEV 2016, assegurando o sétimo posto no campeonato espanhol.
Não foi um fim-de-semana para recordar aquele que o Team Target e Pedro Nuno viveram no circuito de Navarra, no fecho do campeonato espanhol de velocidade. Após um dia de qualificação marcado por condições de pista difíceis e uma jornada de treinos livres na sexta-feira onde um outro piloto embateu fortemente contra a moto de Pedro Nuno, deixando marcas na Yamaha R6 e no piloto, no 'warm-up' uma queda obrigou a uma inesperada passagem pelo centro médico.
O piloto do Porto Alto foi mesmo suturado com três pontos no dedo mínimo da mão esquerda, o que aumentou ainda mais as dificuldades para o único luso que esteve presente no competitivo campeonato do país vizinho. Perante uma corrida com 15 voltas de duração aos 3.933 metros de perímetro do circuito e partindo na 14ª posição, Pedro Nuno sabia que a corrida seria muito complicada e limitada pela menor mobilidade e dores na mão esquerda, aquela que acciona a embraiagem da moto.
Ainda assim, na corrida o piloto luso subiu rapidamente na classificação e na segunda volta tinha já conquistado três posições, subindo ao décimo posto na décima volta para entrar num duelo com outros pilotos pelo fecho do 'top-ten' que acabou por conseguir na bandeira de xadrêz.
"Não foi claramente o resultado que queria e em condições normais sei que terminaria melhor esta corrida.” Começou por referir Pedro Nuno. “Mas depois dos problemas de sexta-feira e da queda desta manhã era muito complicado conseguir fazer melhor partindo de 14º. Nas primeiras voltas consegui suportar bem as dores no dedo e na mão mas a segunda metade da corrida foi muito complicada.” Em jeito de conclusão disse não ser “este o resultado que queria e sabia poder conseguir, mas era complicado fazer melhor."
A verdade é que ao cruzar a linha de meta na décima posição, o piloto luso somou mais sete pontos para o campeonato e despediu-se deste seu ano de estreia com uma brilhante sétima posição final entre os 28 pilotos que pontuaram nas sete corridas do calendário.
"Queria mais que o sétimo posto, mas num campeonato tão competitivo como este o resultado final é muito bom. Encontrei no CEV um nível de competição muito elevado e consegui junto com a minha equipa estar entre os melhores.
O facto de não ter pontuado em Valência e na primeira corrida do ano em Albacete devido a uma desqualificação injusta acabou por me retirar importantes pontos. Mas foi um bom ano de aprendizagem e na próxima época estaremos seguramente mais fortes."
Palavras do piloto da Unixira na despedida de Navarra e com o pensamento já em 2017.