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Na hora de mudar | Motores


A décima geração do Honda Civic é completamente nova e representa um passo significativo em frente no segmento C, um espaço muito concorrido e onde não é fácil obter resultados. Modelo fundamental para a Honda na Europa, o Civic foi alvo do maior programa de desenvolvimento, de um só modelo, em toda a história da empresa. Veremos o resultado.


O Civic é um modelo fundamental para a Honda na Europa e tem estado no centro do fabrico e do sucesso das vendas da marca nipónica.Para esta nova geração, ficou definido como prioridade o seu rejuvenescimento dinâmico, o que pressuponha novas formas de pensar e novas abordagens à construção da carroçaria, à componente aerodinâmica do veículo e ao design do chassis.

Apresenta-se mais largo, mais longo e mais baixo do que qualquer um dos seus antecessores, apresenta distâncias reduzidas entre as extremidades e o centro dos eixos, para além de linhas fortes que servem de referência aos níveis de prestação aerodinâmica. A face afilada e agressiva, as cavas das rodas pronunciadas e as entradas de ar esculpidas à frente e atrás, deixam antever toda a tendência desportiva do novo hatcback.



Pensado de raiz para ser um veículo ágil e de dinâmica recompensadora, a carroçaria tem baixo peso, é muito rígida – fruto das tecnologias inovadoras e novas técnicas de construção – e complementa o baixo centro de gravidade com umas novas suspensões. Os interiores foram melhorados com sistema de infotainment de nova geração.





O MAIS ÁGIL DE SEMPRE

Os pormenores desportivos e sofisticados do design incluem menor distância entre a extremidade do pára-choques dianteiro e o centro do eixo dianteiro e as entradas de ar elegantes, criando uma estrutura desportiva e plena de intenção. O resultado é uma interpretação contemporânea, ágil e agressiva da "face" da família Honda, que incorpora os grupos ópticos dianteiros característicos da marca. Esta plataforma evoluída oferece as melhores fundações para se obter um veículo com dinâmica de chassis melhorada. A equipa de design definiu o objectivo de conseguir obter a melhor maneabilidade e conforto de condução do segmento.



As novas suspensões, o centro de gravidade mais baixo e o aumento na rigidez da carroçaria ajudaram a dar, à mais recente geração do Civic, uma condução muito envolvente. O conforto de condução é exemplar e resulta do desenvolvimento exaustivo e do foco colocado nas técnicas e nas tecnologias de aumento da elasticidade dos diversos componentes.

O depósito de combustível do Civic foi relocalizado e o piso é, agora, mais baixo do que o do modelo cessante. Em combinação com as revisões no chassis e na suspensão, o centro de gravidade do novo modelo é 10 mm mais baixo. Estas alterações também colocam a posição de condução mais em baixo, mais perto da estrada, com um ponto-de-anca 35 mm mais baixo, dando ao veículo uma sensação mais desportiva. À frente, a suspensão MacPherson com braços inferiores oferece toda a rigidez lateral necessária a uma condução linear e baixa rigidez longitudinal para melhor suavidade.



A suspensão traseira, um novo sistema de braços múltiplos e nova subestrutura rígida oferecem grande estabilidade, conforto de condução superior e enorme estabilidade. A posição específica dos pontos de montagem das suspensões foi alvo da maior consideração e atenção, com o objectivo de assegurar o melhor desempenho e rigidez deste sistema de vital importância. À frente e atrás, podemos encontrar casquilhos elásticos preenchidos por líquido, resultando em isolamento superior dos ruídos da estrada e demais vibrações impostas no chassis durante a condução. Por outro lado, as novas subestruturas à frente e atrás foram dispostas especificamente de forma a que as forças quando o veículo descreve uma curva sejam transmitidas mais directamente das suspensões às subestruturas.



PLATAFORMA UNIFICADA E NOVAS MOTORIZAÇÕES A GASOLINA VTEC TURBO

O design da nova plataforma, os materiais seleccionados, o processo de engenharia e as novas técnicas de fabrico foram fundamentais para a criação desta estrutura mais leve, mas significativamente mais rígida. A estrutura resultante é 16 kg mais leve do que a da anterior geração do Civic, mas tem mais 52 por cento de rigidez à torção. Para maior rigidez, a plataforma inclui um piso dianteiro de baixa sensibilidade, com travessas de reforço na parte frontal do compartimento do motor e entre as bases dos pilares A e B.

As inovações no processo de montagem da carroçaria envolvem técnicas de união novas e de elevada eficiência. Toda a estrutura interior é montada primeiro, seguida pela estrutura exterior e, depois, as uniões. Este processo desafia o estabelecido nos métodos convencionais de montagem de carroçarias, onde a parte exterior é montada primeiro, a que se segue a montagem do interior e as uniões. Esta nova tecnologia de produção contribui em grande medida para a rigidez geral da carroçaria.

Nas áreas mais críticas da carroçaria, os pontos de soldadura estão muito perto uns dos outros, 20 mm, em comparação com o espaçamento tradicional de 40 e 45 mm. Este aspecto é mais um factor que aumenta a rigidez e a durabilidade.

Estes processos inovadores de design, engenharia e fabrico resultam num aumento de 65 por cento na rigidez global à flexão, em comparação com a anterior geração do Civic e mais 41 por cento de rigidez à torção. Os interiores totalmente renovados apresentam uma disposição simples e descomplicada, com tecnologias novas, um bom gosto excepcional e materiais da mais elevada qualidade, com uma posição sentada mais rebaixada, para uma maior sensação de ligação com o carro durante a condução. A segunda geração do sistema de infotainment e conectividade da Honda – o sistema Connect – incorpora já a integração Apple CarPlay e Android Auto para smartphones.




O novo Civic estreou as duas mais recentes motorizações VTEC TURBO a gasolina da marca. Trata-se de duas novas unidades de 1.0 e 1.5 litros i-VTEC TURBO a gasolina, as quais oferecem performances dinâmicas e níveis de potência líderes na sua classe. O novo hatchback nipónico, é também o primeiro modelo na Europa a oferecer o motor tricilíndrico Honda de 1.0 litros e a unidade tetracilíndrica de 1.5 litros, ambos a gasolina e ambos com turbocompressor. A herança da engenharia Honda engloba algumas das motorizações mais apetecíveis de altas performances da indústria e estas novas unidades VTEC TURBO foram concebidas, primeiro e acima de tudo, para oferecerem as performances dinâmicas que dão suporte ao carácter desportivo e cheio de alma do Civic. Ambos estarão disponíveis em versão com as novas caixas manual de seis velocidades ou CVT automática.

A unidade 1.0 VTEC TURBO de três cilindros a gasolina oferece uma melhoria significativa na condução do dia-a-dia, graças ao maior binário abaixa e média rotação. Os 200 Nm de binário máximo da versão com caixa manual de seis velocidades aparecem às 2.250 rpm; os 180 Nm da versão com CVT estão disponíveis entre as 1.700 e as 4.500 rpm. A potência máxima é de 129 Cv (95 kW) às 5.500 rpm.

A unidade tetracilíndrica 1.5 VTEC TURBO, também a gasolina, oferece performances substancialmente melhores – tanto na potência, como no binário. A potência máxima é de 182 CV (134 kW) às 5.500 rpm (às 6.000 rpm na versão com CVT). A versão com caixa manual de seis velocidades debita 240 Nm entre as 1.900 e as 5.000 rpm. Na opção com CVT, os 220 Nm surgem entre as 1.700 e as 5.500 rpm.



AMBIENTE DESPORTIVO / HI-TECH

A consola central tem acabamento em preto e foi desenhada para seguir o tema de "centro de tecnologia". Na parte inferior, em frente à alavanca das mudanças, encontramos um compartimento com dois níveis, especificamente pensado para levar todos os dispositivos tecnológicos pessoais. O tabuleiro dianteiro permite alcançar os objectos num relance e algumas versões têm uma base de carga sem-fios para smartphones. O furo na consola central permite passar os cabos do segundo nível para o tabuleiro central e ajuda a manter os cabos de ligação e de carga arrumados e em ordem. Quando escurece, a iluminação por LEDs auxilia a visibilidade nos dois níveis do compartimento.

No topo da consola central encontramos o ecrã táctil a cores de sete polegadas do sistema Honda Connect 2 (ver a secção seguinte). Para além de ser o centro de comando com controlo por toque das funções dos sistemas de infotainment e de controlo da climatização, o ecrã também integra uma câmara de marcha-atrás, nas versões de topo. À frente do condutor, o painel de instrumentos totalmente redesenhado oferece uma visibilidade nítida e altamente intuitiva. O novo mostrador a cores de 7 polegadas LCD TFT de Interface de Informação para o Condutor (Driver Information Interface – DII) ocupa a maior parte da secção central do painel de instrumentos de nova configuração. Aqui, estão incluídos o conta-rotações digital e o velocímetro, ambos de grandes dimensões. O interface DII inclui uma grande área na qual o condutor pode percorrer os diversos ecrãs do sistema de infotainment, incluindo o sistema de navegação, a função de texto para SMS e email (complementada por respostas activadas por voz), as informações sobre as faixas de áudio, os contactos do smartphone, as informações sobre a viagem e as notificações do sistema inteligente de monitorização da manutenção do veículo.


E mais haveria para falar do seu interior, o que faremos numa próxima oportunidade mas, apontando o objetivo inicial do fabricante a reconquista neste modelo da essência do Civic, tudo nos faz crer que essa meta tenha sido alcançada, até porque o que vão lhe falta é o caráter desportivo típico desta linha de grande sucesso da Honda.


MADE IN UK

As instalações de produção da Honda, a Honda of the UK Manufacturing (HUM) será o centro global de produção para o Civic hatchback de décima geração. A Honda já confirmou um investimento de 200 milhões de libras (mais de 200 milhões euros) em novas tecnologias e processos de produção para preparar este novo modelo, que será exportado para todo o mundo, incluindo os EUA. Este investimento faz parte de uma visão a longo prazo para a fábrica da Europa nas operações globais da Honda.

A HUM produziu o seu primeiro motor em 1989 e o seu primeiro carro em 1992. Actualmente, a HUM inclui duas fábricas de automóveis e uma fábrica de motores. Outras áreas das instalações são a pista de testes dedicada e construída para o efeito, as células para testes dinâmicos e estáticos e espaço para as funções de administração e aquisição.













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