EICMA | A desportiva supersport YZF-R6 muda de face e foi alvo de um rejuvenescimento tecnológico, mas a Yamaha persiste em manter em segredo os valores de potencia e binário, essenciais para a concorrência saber onde se situa. A quinta geração da TMAX, a nova X-MAX 300 e uma café racer ‘made in’ Abarth são a outras novidades.
YZF-R6
A YZF-R6 ganha estética e substância da sua irmã mais velha YZF-R1. Suspensões, eletrónica e todo o sistema de travagem, surgindo com o motor já adaptado à normativa Euro4. A inspiração provem claramente da YZF-R1, expondo linhas bastante mais atuais que no modelo anterior. Os faróis (um belo LED duplo embutido na carenagem duas luzes de piscas no interior, como a irmã mais velha) surgem ‘escondidos’ para se parecer o mais possível com as motos de corrida. Também mudou a tomada de ar na parte fronta, inferior e ampla como a que vemos na YZR-M1 de MotoGP.
O que se mantém praticamente inalterado é a solução inteligente para o suporte da placa de matrícula, facilmente removível para a utilização em circuito. Todos os adereços, incluindo o novo conjunto de carenagem/plexiglass, resultar numa melhor penetração aerodinâmica, cerca de 8% superior, valor sempre importante numa supersport 600 onde é necessário ‘expremer’ mais a potência do que numa 1000.
MOTOR E ELETRÓNICA
A Yamaha não declarada oficialmente (ainda) valores de potência e torque, e de acordo com o press-release de apresentação, o motor não parece ter evoluído significativamente. O tricilíndrico tem 599 cc de cilindrada, contando dupla árvore de cames, 4 válvulas por cilindro e pistões de alumínio forjado, alimentado por um moderno sistema de injeção. As válvulas de admissão e escape são feitas em titânio, sendo o potencial gerido pelo ride-by-wire com o sistema Yamaha Chip Controlled, controle do acelerador (YCC-T) e de diferentes mapas. O famoso EXUP atinge nesta nova geração da R6 o seu vigésimo sétimo aniversário!
A caixa é de seis velocidades e, como novidade, encontramos no suporte de gerenciamento eletrónico o controle de tração (comutável) TCS, ajustável para seis níveis de intervenção e controlado directamente a partir do guiador, assim como o shifter QSS (Quick Shifter System).
Onde em vez muda tudo - ou quase - é no chassi. O quadro permanece semelhante à anterior geração, o delta-box de alumínio familiarizado com dupla viga, mas as suspensões são tiradas diretamente da YZF-R1. O garfo é um KYB invertido, totalmente ajustável com barras de 43 milímetros (41 mm na anterior versão) a distancia entre eixos aumentou 25 mm e até mesmo o amortecedor traseiro é inédito. A nova R6 estreia ainda um novo sistema de travagem com pastilhas da R1, que passam a assistir um disco maior de 320.
O banco traseiro assenta sobre um suporte de magnésio, enquanto o do condutor é 20 milímetros mais estreito na parte frontal para fácil conexão com o tanque de alumínio, conferindo assim uma maior amplitude de movimentos ao condutor. Outra novidade é a instrumentação, no entanto, mantém a configuração analógica acoplada ao tacómetro / digital com visor multifunções.
O KIT DE COMPETIÇÃO
Outras das caraterísticas especiais da YZF-R6 divulgadas no EICMA, incluem a carenagem completa de competição (composta por uma dianteira de duas peças e um banco de peça única), um escape em titânio completo Akrapovič Evo, travões dianteiros duplos Brembo T-drive (disco Ø 320 mm), um travão traseiro único Brembo (disco Ø 220 mm), suspensão dianteira de forquilhas telescópicas (Ø 43 mm) com kit de cartuchos Ohlins e pneus com padrão de piso Pirelli Diablo (dianteiros: 120/70 ZR17M/C, traseiros: 180/55 ZR17M/C), em conformidade com os regulamentos do campeonato.
TMAX, TMAX SX, TMAX DX
A TMAX não é, simplesmente, uma das maxi-scooters mais vendidas na Europa, mas também um dos principais modelos de todos os tempos da Yamaha. Em 2017 surgem três novas versões: TMAX, a vão básica’, TMAX SX, a mais desportiva e TMAX DX que nos traz o nível máximo de conforto.
Há quinze anos atrás, a Yamaha lançou um modelo que, literalmente, iria mudar o mundo das scooters e criar toda uma nova categoria. A TMAX não inventou apenas uma nova categoria, mas mudou para sempre a perceção da scooter. Cinco gerações de modelos mais tarde, a TMAX continua a dominar totalmente o setor de scooters premium de grande capacidade. Com mais de 233 000 scooters vendidas em 15 anos e ao longo de cinco gerações, a icónica TMAX ressurge a oferecer os mais elevados níveis de performance, tecnologia e estilo.
A última versão tem uma frente mais compacta, na qual foram adicionados cromados e tem bordas em relevo. A frente é mais intimista, concentrando os quatro faróis e faróis de LED. O braço oscilante é mais longo e compacto, e projeta-se mais do que a penúltima versão da TMAX. O olhar hi-tech é realçado pela nova linha do pivô do braço oscilante e da exposição à vista do cárter.
O motor continua o bicilíndrico de 530cc com refrigeração líquida e transmissão automática CVT. O silenciador novo, mais compacto e inclinado para cima, reforça o design dinâmico do modelo de 2017. A nova disposição do catalisador e a caixa de filtro de ar redesenhada foram alguns dos fatores que permitiram à TMAX adaptar-se à norma Euro4.
Além disto, ao vir equipada com o inovador acelerador Yamaha Chip Controlled (sistema YCC-T), a TMAX de 2017 torna-se a primeiro maxi-scooters Yamaha com transmissão automática a adotar esta tecnologia. Ainda, a adoção do novo sistema YCC-T, permitiu aos engenheiros da Yamaha aplicar na TMAX o novo Sistema de Controle de Tração (TCS). O TCS pode ser ligado ou desligado, de acordo com as preferências do condutor.
NOVO QUADRO DE ALÚMINIO
Para 2017, os designers da Yamaha desenvolveram um novo quadro em alumínio fundido (muito compacto) e um novo braço oscilante, ambos construídos no mesmo material. Graças à geometria optimizada, revisão e centralização das massas, a nova e avançada estrutura permitiu reduzir em não menos que 9 kg este componente estrutural.
Ainda, a utilização de pneus com uma nova estrutura interna permite uma redução de peso de 1 kg. A TMAX 2017 monta pneus do mesmo tamanho que o modelo atual (120 / 70-15 dianteiro e 160 / 60-15 traseiro). O modelo estará disponível no mercado em março de 2017.
X-MAX 300
A Yamaha apresentou ainda em Milão a nova scooter da família Max. A nova X-MAX 300 tem uma estética mais inspiradora que a anterior 250 e recebe um novo motor de um único cilindro (292cc) da nova geração Core Bluel, em linha com as normas Euro 4 .
O design combina espírito desportivo e elegância, transmitindo a impressão de uma enorme qualidade. Surgem dois novos faróis de LED com um novo projetor central. A instrumentação é claramente inspirada na TMAX e mostra dois elementos analógicos combinados com um elemento digital. Sob o assento, o compartimento modular tem espaço para dois capacetes, não faltando ainda a chave key-less, a tomada de 12V, além dos compartimentos de armazenamento no escudo. O motor de refrigeração líquida tem uma injecção de comando de válvulas único, cabeça do cilindro de quatro válvulas e entrega o poder de 28 cv a 7.250 rpm. Como novidade surge ainda o controlo de tracção (TCS) como padrão, cores Matt cinza, branco leitoso e Quasar Bronze.
A nova X-Max 300 estará disponível em março de 2017
XSR 900 ABARTH
A gama Sport Heritage da marca de Iwata, famosa com o nome Faster Sons, apresenta agora uma nova café racer, desenvolvida em conjunto com a Abarth. Nos últimos meses a Yamaha colaborou com a Abarth, uma das marcas italianas de maior prestígio na indústria de carro desportivos, no sentido de realizar uma moto café racer de edição limitada. O coração do novo modelo de edição limitada é o motor tricilindrico Yamaha CP3 850, que já equipa XSR900 e MT-09. Com 3 níveis diferentes para o controle de tração (TCS) e embraiagem assisitida (A & D), o motor é incorporado num quadro de alumínio, sendo as rodas de 17 ".
O design retro da sua carenagem contrasta com a sua estrutura de carbono, enquanto o assento é coberto em camurça. Para limitar o peso, o guarda-lamas dianteiro e bacquet integram fibra de carbono. Foram utilizadas as luzes traseiras integradas e um suporte especial para o assento. Vão ser produzidas apenas 695 unidades da XSR 900 Abarth.
