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CONTACTO KAWASAKI Z1000 SX

Turismo com alma Ninja | Motores


Desportiva, por um lado, cómoda e protetora por outro, a ‘touring’ Z 1000 SX conseguirá agradar a gregos e troianos. Levando-a por trajetos variados e com temperaturas a rondar os zero graus (brrrrr) revelou-se uma digna companheira de viagem. Arigato.

Por Mike Rodman


É inegável que esta Kawasaki revela uma dupla personalidade. A Z1000SX é uma moto confortável e, simultaneamente, expõe a sua alma de Ninja cada vez que requisitamos as suas performances. Devo pois, expressar a minha gratidão: arigato. (n.d.r. Ao contrário da crença popular que se instituiu, a palavra "arigato" (有難う) não tem origem na expressão portuguesa obrigado. A expressão tem origem da forma como os budistas louvavam duas divindades, e agradeciam pelos ensinamentos budistas. Literalmente, a expressão quer dizer algo como: "Tenho dificuldade em expressar minha gratidão frente ao seu ato".)



Depois do sucesso obtido com a primeira versão, a Kawasaki pensou e bem em redobrar a aposta: mais eletrônica, mais conteúdo (melhor protecção contra o vento, assento mais confortável, melhor manuseamento a altas velocidades, malas laterais integradas) e, claramente, um estilo ainda mais agressivo e pessoal.


A plataforma inercial controla todos os momentos de condução através de numerosos controles (de tração, de anti-ressalto, do comportamento do ABS em curvas) e a calibração do mono-amortecedor posterior, passou a poder ser definida através do inédito botão de controle remoto para o ajuste de pré-carga.

E isto não é tudo. O farol dianteiro é mais brilhante (LED), as vibrações foram eficazmente isoladas, a instrumentação foi melhorada (agora também nos informa sobre a temperatura exterior) e a carenagem mais ampla fornece uma boa proteção para as pernas do condutor. Este último pormenor, explica um pouco como conseguir resistir às temperatura próximas dos zero graus que encontrei na gelada montanha que atravessei com a Z1000 SX.



Mas, contas feitas, os benefícios em estrada... sentem-se? A resposta é sim. O teste que realizámos teve lugar em condições bastante difíceis (com temperaturas por vezes abaixo de zero), mas a nova Z1000SX comportou-se sempre de forma notável. O renovado quatro cilindros Euro 4 tem uma entrega muito dócil a baixos regimes, mas musculada sempre que subimos aos altos regimes, lembrando-nos que esta é uma Kawasaki… Ninja. A caixa de velocidades, mesmo não dotada com Quick-Shift, é rápida e a embraiagem, anti-deslizamento e servo-assistida, é macio e sempre precisa.


O pára-brisas regulável proporciona uma boa blindagem , mesmo se os vórtices ainda são sentidos, especialmente nos ombros e na parte superior da cabeça; mas não deixa de ser uma boa carenagem, ampla e verdadeiramente aconchegante.



Turística e desportiva a SX consegue convencer em estrada até os condutores mais exigentes: a posição de condução é integrada no conjunto, as peseiras são altas e recuadas e o conforto está a um nível elevado. O assento é amplo (muito mais que no anteriores modelo) e o guiador pode ser utilizado sem obrigar a inclinar demasiado o tronco. A ZX apenas peca nas vibrações, ainda presentes nos apoios de pés e guiador.


Se conduzi-la dá um enorme prazer, observá-la não dá menos prazer. O frontal é agressivo, a traseira também parece agora mais ágil, muito graças às malas integradas no conjunto e com muito bons acabamentos. A Kawasaki S1000SX tem uma aparência sólida e duradoura, e, definitivamente, parece ter um bom lugar à espera no mercado.

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