25 de nov. de 20163 min para ler

Nascido para a Europa | Motores

TOYOTA CH-R | Um robusto chassis ao gosto europeu, motores poupados nos consumos e um interior com especial atenção dada aos materiais, foram os argumentos que a Toyota colocou neste crossover que chega ao mercado com um visual moderno e urbano, à procura do melhor movimento dentro e fora da cidade.

A Toyota faz questão de assegurar que fez as escolhas certas no CH-R para o cliente Europeu, tendo assim disponibilizado um lote de modelos para os primeiros ensaios. Começando pelo design e, tendo em conta que a elegância de linhas faz parte de alguns dos novos SUV recentes, a marca japonesa entra com o pé direito servir-se da plataforma inaugurada pelo Prius 4 para o novo modelo.

MINIMALISTA

No interior está à vista a vontade de agradar aos clientes mais exigentes. A mensagem é dada pelo painel esculpido em linhas curvas harmonizadas com o perfil exterior, não faltando no interior do habitáculo uma quantidade de plásticos macios bastante superior ao se pode encontrar em outros modelos da marca.

Apesar de seus 4,35 m de comprimento, o novo C-HR não é um campeão da habitilidade, especialmente nos bancos traseiros, onde o Nissan Juke, o Peugeot 2008 e o Renault Captur disponibilizam um pouco mais de espaço para as pernas… alguém com estatura acima de 1.80m terá alguma dificuldade em se encaixar. Está um puco melhor à frente e bastante melhor na mala traseira, onde se nota que a extensão do chassis beneficiou o espaço para bagagem.

Com um perfil compacto ao estilo coupé, o CH-R (Coupé-High Rider) deveria mostrar dinâmica em estrada, e demonstra-a, sobretudo nas versões animadas com o motor 1.2 turbo a gasolina. Já a variante híbrida, deixou-nos um pouco menos convencidos.

Ao conduzir-se, parece ficar ligeiramente atrás do Prius, porque apesar de utilizar a mesma motorização híbrida de 122 cv (o motor 1.8 de combustão mais a unidade elétrica) o 4 cilindros do CH-R pareceu-nos ser mais preguiçoso na aceleração - mas esperamos em breve esclarecer essa duvida que por agora fica.

Além disso, com sessenta quilos extra em comparação com o CH-R 1.2 Turbo e regulações de suspensões um pouco mais flexíveis, o 1.8 híbrido adorna a frente um pouco mais em curva, o que é menos recomendável em alguns pisos.

ESTILO E PRAZER

A forma dócil de andar em cidade e consumos (anunciados) muito baixos do CH-R, são um expressivo argumento a ter em conta por todos aqueles que mais empregam as vias urbanas. Escolhendo trajectos variados nota-se que o 1.2 turbo a gasolina tem mais para dar, em particular para aqueles que queiram aproveitar a plataforma (derivada do Prius) e a afinação das suspensões.

Apontando os objetivos do fabricante desenvolvido a pensar em todos aqueles que procuram o prazer da condução. E basta passar para o modo Sport, para começar a sentir essa dinâmica na condução.

A caixa é manual de 6 velocidades no CH-R 1.2 de 116 cv, tendo a versão híbrida – também de gasolina - uma transmissão variável (CVT) de controlo eletrónico.

Parece bem escalonada numa e outra versão, enquanto os 6 cv diferença entre as duas opções acabam por não mostrar qualquer significado face ao peso maior do CH-R com motor elétrico.

No entanto, o híbrido anuncia uma média de consumo de apenas 4 litros aos cem quilómetros, contando ainda com a vantagem de não pagar IUC e de oferecer uma manutenção reduzida. A aceleração de zero a cem anunciada para o CHR é de 10,9s (11s no 1.8 HSD) e uma velocidade máxima de 190 km/h.

Em Portugal, a gama C-HR desdobra-se por três níveis de equipamento: Active (apenas na motorização 1.2T), Comfort e Exclusive. Existem ainda dois packs de equipamento: Style para o nível Comfort e Luxury para o Exclusive.

Não faltam ainda outras opções como os bancos aquecidos, acesso e arranque sem chave (smart entry and start), vidros escurecidos, estofos em pele,sistema de estacionamento melhorado S-IPA (Simple Intelligent Parque Assist), ou umas jantes de liga leve de 18 polegadas com design exclusivo. O C-HR tem preços a partir dos 23.650 na versão de 1.2 litros.