VALÊNCIA | Com a nova KTM de Moto2 do Team Ajo, o piloto português só foi batido pelo italiano Francesco Bagnaia, da Sky Racing Team VR46, a equipa apoiada por Valentino Rossi. Jornada negra para Nakagami, Navarro e Binder que foram ao tapete na pista de Cheste, em Valência.
Miguel Oliveira só foi batido pelo italiano Francesco Bagnaia na pista de Cheste. Depois do quarto lugar da véspera, o português Miguel Oliveira foi o segundo mais veloz no terceiro e derradeiro dia de testes de Moto2 no circuito espanhol de Cheste, em Valência.
O piloto nacional, de 22 anos, fez a sua melhor volta em 1.48,437 minutos, a 264 milésimos de Bagnaia, isto num dia marcado pela chuva, algo que justifica a diferença em relação ao tempo da véspera, onde rodara em 1.36,084 minutos. Oliveira fez 28 voltas a Cheste, ficando à frente de Fabio Quartararo (1.49,115 min).
Este último dia ficou marcado também pelas quedas de Takaaki Nakagami e de Jorge Navarro. Relativamente a questões físicas, Brad Binder, colega de Miguel Oliveira na KTM, foi operado nessa manhã ao braço esquerdo, devido a uma queda sofrida na véspera.
No dia de encerramento dos testes em 2016, Miguel Oliveira cumpriu igualmente 28 voltas com o piso molhado por força da chuva que se fez sentir. Juntamente com a sua equipa, o piloto de Almada testou várias soluções em agenda, conseguindo no primeiro dia o quarto melhor tempo (1m36.084s), para ser o segundo mais rápido no final da jornada com piso molhado.
Miguel Oliveira (Ajo KTM)
“Não conseguimos testar tudo o que estava previsto para este segundo dia devido à chuva, mas aproveitámos para fazer as primeiras voltas com piso molhado. Termino estes primeiros quatro dias de testes face a 2017, bastante satisfeito e desejoso para regressar em 2017", começou por referir Miguel Oliveira.
“ Em Jerez tivemos dois dias com excelentes condições climatéricas e aqui em Valência tivemos um com boas condições e outro com chuva, mas isso também foi bom para nós. Temos que testar em todo o tipo de condições. O projecto ainda está no seu início mas estamos convencidos e muito satisfeitos com aquilo que evoluímos nestes dias", concluiu o piloto luso.
Miguel Oliveira e a KTM irão regressar ás pistas novamente em Fevereiro, quando termina o período de proibição que impede que pilotos e equipas testem entre Dezembro e finais de Janeiro.
Francesco Baganaia (Team VR46)
QUEDAS COM CONSEQUÊNCIAS DE NAVARRO E BINDER
Não foi um "batismo" de sorte na Moto2 o do campeão de Moto3 Brad Binder, e de Jorge Navarro. Os dois pilotos que estão entre os melhores talentos que se estreiam na categoria intermédia no próximo ano, após excelente desempenho em 2016, viram-se envolvidos em dois acidentes durante o teste de Valência.
No caso do jovem de 20 anos Navarro, que no segundo dia se começava a sentir adaptado à Kalex do Team Gresini, parou a meio do dia na gravilha fruto de uma qued. Navarro conseguiu ficar de pé, mas piorou uma antiga luxação no ombro que já havia sido submetida a cirurgia no início de dezembro.
Pior sorte teve o Campeão do Mundo de Moto3, Brad Binder, devido a um ‘high-side’ com a KTM do Team Ajo. O piloto sul-africano caiu na Curva 10, foi projetado em altura e teve uma infeliz ‘aterragem’ sobre o seu braço esquerdo. Levado para o hospital em Barcelona, foi de imediato operado à fratura no braço, mas tem pela frente uma longa recuperação de cerca de um mês e meio.