O campeão mundial por três vezes, foi convidado VIP para experimentar as novas Honda CBR1000RR Fireblade e Fireblade SP. Um alien continuará a ser sempre um alien, apesar da idade...
Por Mike Rodman
É impossível não o conhecer. Mesmo os mais jovens, aqueles que começaram a apaixonar-se pelo MotoGP na era de Valentino Rossi, não podem não conhecer Freddie Spencer, o ‘alien’ que veio da América e que por ser um dos mais rápidos pilotos da década de oitenta ficou conhecido como "Fast" Freddie.
O piloto de Luisiana, EUA, tem hoje 55 anos e no seu tempo de piloto fez algo de raro que o coloca com distinção no Hall of Fame do motociclismo de velocidade. Spencer venceu três títulos mundiais em apenas dois anos: em 1983, foi campeão mundial de GP 500; em 1985, além do título na classe rainha, também conquistou o ceptro mundial de 250cc. Um herói do passado, que fica para sempre recordado pelo seu estilo de condução "limpa", na fronteira com a perfeição.
Se ter o privilégio de escutar os seus conselhos já é uma honra, conduzir com ele na pista é algo de mágico, acreditem! Todos os grandes campeões que subiram ao trono da categoria rainha (quando o Campeonato do Mundo se disputava com motores a 2 tempos) conseguem ser muito rápidos, mas Spencer vai além deste nível. Observá-lo de perto é incrível. Ok, ele já não é propriamente um jovem, mas ainda consegue "desenhar" trajetórias incríveis, que os pilotos atuais do calibre de John McGuinness lutam por seguir.
É difícil explicar como ele consegue chegar rapidamente à corda de uma curva, mantendo-se em controlo e com a moto perfeitamente inclinada e pegada ao solo, continuar a acelerar forte. É Spencer. Ponto final, parágrafo!. Ele pode fazê-lo. Um mero mortal, para ser rápido como ele, terá que dar muitas voltas ao circuito, ou arriscar muito mais do que é aconselhável.
SPA-FRANCORCHMPS NO CORAÇÃO
Quando lhe perguntei qual é a sua pista favorita, respondeu-me sem hesitar... "Spa-Francorchamps", uma pista onde o seu estilo de condução, mais do que em outros circuitos, pode fazer a diferença.
A Freddie Spencer agradam-lhe as grandes quatro tempos mas é honesto: . "Eu faço parte de uma outra época. Levei ao limite as 500 2T e tenho essas motos no coração. Elas eram diferentes das 4T, com as quais muito me divirto mas, não as conduzo para ganhar um campeonato do mundo.
Em todo o caso, mesmo ouvindo as palavras de pilotos do calibre de Marquez, acredito que as 500 eram puras motos de corrida, porque eram muito ligeiras e incomparáveis a quaisquer outras. Com 4T não é assim e mesmo o Marc Marquez, depois de experimentar a NSR 500 tem a mesma opinião."
“A CBR1000RR SP É ARTE MODERNA”
No ondulante e rápido circuito de Portimão, Spencer foi um dos convidados VIP para experimentar a nova Honda CBR 1000 RR SP. Perguntámos então, ao lendário tricampeão dos anos oitenta:
- E da nova Fireblade, o que pensa?
“Tem um trem dianteiro fantástico e que muito bem se adapta ao meu estilo de condução. A nova Fireblade tem uma estabilidade e uma precisão direcional notável, qualidades que não afetam a sua maneabilidade.
Por este motivo a nova CBR1000RR não é especialmente cansativa, nem física nem psicologicamente. Foram esta as características que mais me agradaram. Além disso, esta Honda é muito bela nas suas linhas e tem uma montagem minimalista na parte ciclística.”
É, verdadeiramente, arte moderna, de acordo com “Fast” Freddie.