LAMBORGHINI | O Aventador S recebe agora 740 cavalos de potência e um sistema de quatro rodas direcionais. O superdesportivo do V12 'Lambo' está agora mais rápido, mais decidido em pista e mais aproveitável em estrada. Por Mike Rodman
O mais cativante de todos os Lamborghini sempre foi o Aventador. O aparecimento da letra S na sua denominação, tem um duplo significado, técnico e também histórico. Desde sempre, os carros do touro de Sant'Agata com superior evolução são assim nomeados e foi para conhecer a sua nova tecnologia que o conduzimos no circuito e nas redondezas do ‘old’ Nurburgring.
A mais importante é certamente o sistema de quatro rodas direcionais. Trata-se de uma tecnologia situada na zona posterior, um sensor que permite modificar o ângulo das rodas traseiras em função da velocidade e do ângulo de direcção.
QUATRO RODAS DIRECIONAIS
Na sua funcionalidade o trem traseiro "curva" pouco a baixas velocidades (até cerca de 70 km / h) e aumenta progressivamente o ângulo de viragem até à velocidade máxima. Deste modo, a direccionalidade das rodas traseiras fica sempre disponível, o que nem sempre acontece em sistemas semelhantes.
As rodas direcionais na marca do touro não são uma novidade absoluta, uma vez que o sistema já havia sido estreado no Centenário edição especial.
Não é preciso um circuito para se perceberem as diferenças deste S (com uns bons Pirelli P Zero montados) para o Aventador "normal".
A direção é mais precisa, mas sobretudo confere a sensação do ‘S’ ser um carro mais leve, ainda que o peso declarado ronde os 1600 kg. Um dado não muito a favor de um desportivo como este ‘Lambo’, que com o sistema de rodas direcionais aumentou cerca de 6 kg, mas graças ao novo escape o resultado final ao nível do peso acaba por ser igual ao do Aventador original.
A potência aumentou para 740 CV e as passagens de caixa no modo ‘Race’ são violentas e secas
Em termos de desempenhos, o exclusivo superdesportivo italiano mantém o estratosférico V12 de 6.498cc, tendo o seu poder subido aos 740 cavalos (40 a mais que o débito do Aventador sem S), acrécimo na potencia que se deve tomadas de ar para o motor.
O binário que alcança os 690 Nm dá outro contributo significativo para as performances do S que acelera dos zero a cem km/h em menos de 3 segundos e atinge a velocidade máxima de 350 km / h (auto-limitada).
SENSAÇÕES EXTREMAS
Em condução o Aventador S é sedutor, eficiente e veloz com uma sensação de poder que poucos outros carros podem conferir.
A alimentar o fascínio do coupé Aventador S, destaca-se a sua muito especial caixa de sete velocidades, com um sistema único e diferente de qualquer outro coupé desportivo.
Na altura em que o aceleramos com vigor, as suas sensações são em absoluto de um desportivo de pista e, no modo ‘Race’, as passagens de caixa são tão violentas e secas que fazem - literalmente - saltar sobre o assento.
O design do Aventador S é limpo e linear, com ligeiras alterações na secção dianteira e traseira que melhoraram significativamente a eficiência aerodinâmica
Utilizando o modo ‘Strada’ ou ‘Sport’ as sensações desportivas baixam bastante e, essa foi uma das razões para nesta apresentação os responsáveis da marca apenas a nos autorizarem a uma curta saída fora do circuito de Nurburgring.
Podemos ainda selecionar o ‘Ego’ ajustando os parâmetros do motor, suspensão e transmissão, de um modo separado. A transição de um modo para o outro mostra-nos gráficos diferentes no painel de instrumentos. O infoentretenimento é assegurado por um sistema da Apple CarPlay.
Preço: acima dos 400 mil euros em Portugal
