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CONTACTO | A nova Honda X-ADV, compartilha a base técnica da conhecida Integra, mas o conceito é outro, polivalente e divertido.
Conduz-se como uma moto e tem os condimentos necessários para revelar desempenhos aceitáveis, seja On-road ou Off-road.
Mike Rodman
Depois de escutar Daniele Lucchesi, passei a ter a certeza absoluta de que a Honda X-ADV é uma moto construída com paixão. Ou deverei dizer uma scooter…? Na verdade, não é nem uma nem outra coisa mas, basta olhar para ela e percebe-se: a sua árvore genealógica é a mesma da África Twin e basta levá-la na estrada para o perceber. Sob a estrutura do quadro tubular em aço tipo diamente (cuja qualidade é impecável) ecoa a mecânica da Integra; a geometria do quadro é nova, a relação da caixa semi-automática DCT é mais curta, e todas as massas da parte ciclística estão equilibradas de modo diferente.
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UM NOVO CONCEITO, UMA BASE CONHECIDA
Sendo esta uma proposta totalmente nova da Honda as expectativas eram altas para este primeiro contacto, mas após o realizar, asseguro que a maioria de nós ficámos agradados com a experiência de experimentar este conceito inovador. A nova X-ADV é divertida, mesmo muito!
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Não é muito ligeira a X-ADV, mas entre curvas encadeadas mostra divertimento absoluto,
até porque as 'borrachas' Trial Wing aderem bem e a ciclística reage pronta e precisa
O comportamento em estrada é muito semelhante ao proporcionado numa moto. O guiador é largo e despido, atrás do pára-brisas regulável em cinco posições, existe um painel de instrumentos largo em formato digital e que concentra tanta informação a bordo como no melhor Crossover de ‘quatro patas’. O túnel central é alto (e um pouco volumoso) mas nem o depósito nem depósito alto complicam a condução. Não é muito ligeira a X-ADV, mas entre curvas encadeadas fornece um divertimento absoluto, até porque os pneus Trial Wing aderem bem e a ciclística reage pronta e precisa. Além disso, com o mapa de motor Sport 3 da caixa DCT é possível rodar a ritmos elevados e contar com um mecanismo que parece antecipar os desejos do condutor.
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No meio de tudo isto, é significativo o contributo dado no sistema de amortecimento, entregue à frente a uma forquilha telescópica convencional com barras de 41 mm de diâmetro, e atrás ao braço oscilante Pro-Link com mono-amortecedor, tanto dentro como fora da estrada. Num uso Off-road, a X-ADV torna-se ainda mais saborosa e divertida com os 150 mm de curso das suspensões, a absorverem na perfeição os buracos e ressaltos do pavimento sem se escutar o irritante ruído dos plásticos.
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Fora de estrada não se sentem pequenas ressonâncias, como acontece noutras scooters,
devido à qualidade de construção e boa escolha nos materiais empregues
Supreendentemente, neste caso o silencio parece absoluto, nem se sentem pequenas ressonâncias como acontece noutras scooters, isto devido à boa qualidade da construção e escolha nos materiais empregues. É verdade que o motor utilizado é o mesmo bicilíndrico paralelo de 8 válvulas da Integra, inclusive com os mesmo 55 cv de potência e poderosos 68 Nm de torque da Integra, mas o balanceamento da X-ADV em curva é ligeiramente mais ágil e pronto devido em grande parte à redistribuição dos diversos elementos da parte ciclística no quadro.
O preço da nova Honda X-ADV sobe aos 11.500€, estando disponível em 4 cores: mate, cinzento metalizado, branco ou vermelho nas cores da marca e com um grafismo decalcado da África Twin.
TEST DRIVE REALIZADO POR ANTÓNIO BRAGA (PÚBLICO)
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FICHA TÉCNICA
Motor | Dois cilindros paralelos, SOHC 8 válvulas com arrefecimento líquido
Cilindrada | 745cc
Potência máxima | 40,3 kW (55 CV) /6.250 rpm (95/1/EC)
Caixa | semi-automática DCT
Peso (em ordem de marcha) | 238 kg
Capacidade do depósito | 13,1 l.
Altura do assento | 820 mm
Preço em Portugal: 11.500 €
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