AUTO | A Citroën apresentou o C3 Aircross, o seu novo SUV compacto com que pretende, a partir de Novembro, estar no mercado nacional a combater referências como o Renault Captur, Nissan Juke, Peugeot 2008 ou o novo Opel Crossland X.
A marca francesa volta a destacar-se pela diferença estética, seguindo a linguagem de "design" estreada em 2014 no C4 Cactus e que tão bons resultados tem alcançado na mais recente geração do C3.
“Este é um novo modelo, fresco e que vai apoiar a nossa nova ofensiva de produtos", anunciou a presidente da Citroën, Linda Jackson, antes de um rápido balanço da fase positiva que a marca atravessa. "Em 2016 vendemos 1,2 milhões de automóveis em todo o Mundo e conseguimos os melhores resultados na Europa dos últimos anos, levados pelo novo C3 que tem sido um grande sucesso. Com a maior parte das encomendas a serem na pintura bi-tom e nos níveis de equipamento mais elevados".
A apresentação do C3 Aircross começou, sintomaticamente, com a recordação de vários modelos da Citroën que iam a todo o lado desde os Citroën-Kégresse de lagartas ao incontornável 2CV e até a recordações das participações no Dakar, como veículos multifunções que iam a qualquer lado. Foi essa a mensagem que a marca quis passar antes de mostrar um C3 Aircross que, felizmente, não perdeu muito em relação o protótipo que esteve em Genebra. Na frente, aliás, não perdeu quase nada! Só na lateral faltam os elementos próprios de um "showcar", em favor das superfícies lisas e da linha de cintura muito elevada.
De acordo com Alexander Malval, o designer do C3 Aircross, o seu perfil confere “uma sensação de protecção e solidez. Os vão curtos dão-lhe um ar de agilidade, as cavas das rodas salientes um aspecto musculado e o ‘capot’ curto, típico dos SUV, torna-o visualmente poderoso".
Em termos de dimensões, o C3 Aircross tem 4,15 m de comprimento, 1,76 m de largura e 1,64 m de altura, para uma distância entre eixos de 2,60 m. Ou seja, milimetricamente é mais comprido que um Captur ou um Juke e também 8 cm mais alto que qualquer um deles. E talvez por isso, a Citroën reclama uma habitabilidade recorde, bem como a melhor modularidade, oferecida nomeadamente pelo banco traseiro que pode deslizar longitudinalmente, na proporção 60:40. O que faz variar a capacidade da mala entre o mínimo de 410 litros (máximo espaço para pernas) e o máximo de 520 litros. Com as costas dos bancos rebatidas, a bagageira atinge os 1289 litros!
NOVA RECEITA DE PERSONALIZAÇÃO
Perante o sucesso que tem conhecido no C3, a Citroën repete a receita da personalização no C3 Aircross, propondo 90 combinações diferentes pra o exterior, com quatro tons distintos para o tejadilho, nas variantes de pintura bi-tom. Mas também cinco ambientes interiores muito diferentes, o de série e os Metropolitan Grey, Urban Red, Hype Mistral e Hype Colorado, cada um destinado a um tipo de clientela específico.
Toda a consola central parece bastante acolhedora e de simples utilização, com as saídas da ventilação numa posição elevada, mesmo sobre o ecrã central onde se comanda o rádio, telefone, ventilação e outras funções do automóvel. O painel de instrumentos tem um "layout" bastante parecido com o do C3. A meio da consola está, nas versões mais equipadas, o comando rotativo do Grip Control, o sistema que permite adaptar o comportamento do carro ao tipo de piso (areia, lama ou neve, por exemplo), optimizando a tracção. Sistema que está conjugado com o Hill Assist Descent que mantém constante a velocidade nas descidas mais pronunciadas, para passeios fora do asfalto permitidos pela maior altura ao solo (17,5 cm) deste pequeno SUV com indesmentível ar aventureiro.
MOTORES E ‘AJUDAS’ À CONDUÇÃO
O Citroën C3 Aircross há-de chegar com dois motores Diesel BlueHDi de 100 e 120 cv (caixa manual de 6 velocidades neste último) e com três a gasolina: a entrada de gama com o PureTech de 82 cv e caixa manual de 5 velocidades, seguindo-se o de 110 cv com a possibilidade de caixa manual de 5 velocidades ou automática de 6 relações; no topo da gama estará o motor de 130 cv, com caixa manual de 6 velocidades.
Disponíveis estarão inúmeras ajudas à condução – travagem automática de emergência, alerta de saída de faixa, vigilância do ângulo morto, alerta de fadiga do condutor, leitor se sinais de trânsito, Park Assist, câmara traseira, etc. –, mas também todas as mais modernas e já indispensáveis tecnologias de conectividade para emparelhar os diversos "smartphones" com a consola central do C3 Aircross. Este SUV da Citroen tem ainda um generoso tecto panorâmico com cerca de 1 m de comprimento.
Sabe-se que o novo SUV compacto da Citroën chegará ao mercado português em Novembro, mas os preços estão ainda longe de estar definidos.