CONTACTO | Oferecem mais binário, estão mais divertidas e também mais seguras. As Shiver e Dorsoduro entraram na idade adulta, oferecendo um motor de maior capacidade para fornecer performances superiores do ponto de vista dinâmico. Foi assim que encontrei estas duas propostas da Aprilia para o segmento "médio".
Mike Rodman
A maior novidade que salta à vista é o logo “900” visível sobre o depósito. O motor e a cilindrada são idênticos entre as duas motos, com excepção de pequenos detalhes. Objetivo? Mais torque, entrega de potência mais suave, mais divertida, apesar das limitações impostas pela legislação Euro 4. Excluindo o aumento em cilindrada, as duas novas proposta da Aprilia não fogem das linhas mestras das suas antecessoras.
A Dorsoduro era e continua a ser uma maximotard não extrema, mais que gratificante em estradas cheias de curvas, graças a um equilíbrio quase perfeito entre o motor e ciclística. O motor de dois cilindros de 95 cavalos de potência (limite imposto pelo desejo de oferecer a possibilidade de enfraquecer o movimento, para os titulares de licença A2) proporciona muito torque em baixa, uma capacidade de aceleração rica e alonga-se de forma consideravel.
A parte ciclística, que se orgulha de ter componentes inéditos (como o garfo Kayaba de 41 mm regulável), foi desenhado para tornar a moto divertida em diversos tipos de estradas. Vários componentes são bastantes rígidos, como é o caso do assento, mas as suspensões ‘jogam’ positivamente com os ressaltos no asfalto, mesmo viajando a um bom ritmo.
Para além do muito prestável sistema de travagem (com ABS desligado), o controlo de tracção ajustável em 3 níveis e os pneus Dunlop SportMax ajustam a um conforto interessante no conjunto. Depois, há uma instrumentação completa, com display TFT de 4,3 polegadas projetado para a conexão com o seu smartphone (opcional) e também controlos precisos.
O que falta então na nova Dorsoduro 900? Talvez um pouco 'da modernidade! Os escapes e grafismo são novos e o garfo inédito, mas a linha geral da moto manteve-se fiel ao modelo original, datado de 2008. A este respeito, certamente, poderiam ter feito algo mais em Noale.
MAIS PRAZER NA CONDUÇÃO
Tudo o que acabei de dizer para a maxi-motard Dorsoduro, vale quase por inteiro para a nova naked Shiver que, em boa verdade, mudou muito pouco. Pelo menos na aparência.
As inovações introduzidas na Dorsoduro (instrumentação, eletrónica, ciclística e motor) também estão presentes neste modelo, mas distingui-la da primeira versão, de 2007, não é tão imediata.
Além disso, parece-me que na Shiver 900 existe algo que transcende a estética… refiro-me ao prazer de condução.
Este aspeto é extraordinariamente alto. Oferece uma excelente posição no assento, pouco extrema e, também, uma sensação muito boa na ligação do condutor com a mecânica e quadro.
As geometrias são obviamente diferentes da Dorsoduro, e aqui encontramos um interface mais leve, ágil, muito estável e um monoshock menos contido.
Assim a condução torna-se menos exigente e cansativa, e, acima de tudo, ainda mais gratificante. A Shiver é muito intuitiva e fácil na condução, com reações sempre muito previsíveis. |