A marca italiana está a desmantelar a histórica sede de Rimini. Teme-se o fim da "criação" de Massimo Tamburini, da qual foi co-fundador e diretor técnico.
Ricardo Ferreira
Bimota e a cidade de Rimini. Uma união inquebrável, parte integrante da alquimia que gerou uma das mais belas histórias de motociclismo. A história da fábrica - fundada na cidade de Ravenna, em 1973, por Massimo Tamburini, Valerio Bianchi e Giuseppe Morri - que inovou com os seus quadros altamente avançados, e criou alguns das jóias em duas rodas mais valiosas de sempre. E é precisamente este espaço histórico de Rimini, que de acordo com a “Cycle World” está agora a ser desmantelado.
Bimota Tesi 3D, uma das mais revolucionárias motos até hoje produzidas
Dali saíram algumas das motos mais belas motos que eu próprio conheci em muitos salões internacionais dedicados à moto, Milão, Paris, Munique, etc. Em 2014 anunciou a sua saída oficial do Mundial de Superbikes, uma modalidade onde no início do campeonato do mundo (1988) David Tardozzi venceu cinco corridas com uma Bimota YB4.
Agora resta muito pouco, e já quase não se veem quase nenhuns sinais da marca; aparentemente, na via Lea Giaccaglia 38 a sede parece estar completamente vazia, enquanto num armazém a poucas centenas de metros se veem empilhados inventários e peças de reposição, especialmente do último modelo produzido, a infeliz BB3. Ainda de acordo com a “Cycle World” neste momento os funcionários ainda ativos serão apenas 3 ou 4 , envolvidos principalmente na gestão / eliminação dos restos de Bimota.
A lenta agonia
Subjacente ao declínio da marca, o volume de vendas, insuficiente para devolver os investimentos aplicado quando a marca procurou expandir a sua presença no mercado; isto resultou em problemas financeiros constantes até a declaração de falência em 2000.
Em 2003 deu-se o renascimento da Bimota, graças à intervenção de um grupo de investidores, mas, novamente, pouco depois, a marca entrou num lento declínio.
Bimota YB3: o início (1980)
Hoje, apenas um projeto sério e estruturado, apoiado por um investimento financeiro adequado, poderá salvar do esquecimento uma das maiores excelências italianas do mundo do motociclismo. Embora a situação pareça desesperada... Forza Bimota!