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RICARDO FERREIRA

TODO-TERRENO | “Dream Team” da Peugeot pronto para 'atacar' o Dakar


Depois de conseguir o pleno no último Dakar, o Team Peugeot Total e o novo 3008 DKR Maxi concluíram com sucesso os últimos testes em Marrocos. Vamos conhecê-los e saber um pouco da história de sucesso da Peugeot no mais duro rali do mundo.

A equipa está pronta e ansiosa por enfrentar a clássica prova sul-americana do próximo ano, de 6 a 20 de janeiro. Stéphane Peterhansel / Jean Paul Cottret, Sébastien Loeb / Daniel Elena, Carlos Sainz / Lucas Cruz e Cyril Despres / David Castera vão estar aos comandos do novo leão de corrida: o Peugeot 3008DKR Maxi.

Pela frente o ‘Dream Team’ da Peugeot 'Dream Team' vai ter o desafio de 10 mil quilómetros de competição na prova de resistência mais difícil do mundo, através do Peru, Bolívia e Argentina. Este trajeto leva os concorrentes através de dunas de areia, passagens de montanha e desertos, através de 15 etapas plenas de paisagens deslumbrantes e de extremos no clima. A rota oficial será confirmada pelo organizador do evento, a A.S.O, no dia 22 de novembro.


Mas se por um lado as equipas do Team Peugeot Total permanecem inalteradas em 2018, os seus carros sofrem algumas modificações importantes para maximizar o desempenho, e também possuem um novo nome: Peugeot 3008DKR Maxi.

A arquitetura padrão, baseada no Peugeot 3008 SUV que ganhou o prémio "Carro Europeu 2017” permanece a mesma: duas rodas motrizes alimentadas por um motor turbo duplo de 3.0 litros. No entanto, é visível facilmente, a maior largura do chassis, ampliada em 10 centímetros de cada lado para melhorar a estabilidade, a par de outras melhorias de pormenor como na suspensão, melhorando a capacidade de condução.

Para além disso, os engenheiros e os mecânicos da Peugeot Sport têm trabalhado arduamente para oferecer aos pilotos o carro mais fiável possível para a tarefa sempre árdua do rali.


Todas as quatro equipas testaram o novo Peugeot 3008DKR Maxi, que completou mais de 18 mil quilómetros durante as sessões que ocorreram em Marrocos, Portugal e França. No entanto, o Team Peugeot Total está consciente de que os últimos regulamentos não favorecem a equipa, com mais peso adicionado ao Peugeot, enquanto os rivais tiveram peso extra retirado e receberam mais margem de manobra em outras áreas também. Mas, como sempre, no Dakar, o maior desafio é o próprio evento.

Em termos de histórico, as equipas da Peugeot acumulam um total sem precedentes de 19 vitórias no Dakar em motos e carros, além de umas surpreendentes 148 vitórias em etapas, o que torna a marca do leão na formação de Dakar mais bem sucedida de todos os tempos.

No entanto, apesar deste impressionante histórico, a Peugeot permanece humilde nas suas perspetivas antes do Dakar 2018, que marca o 40º aniversário do evento (que a Peugeot ganhou seis vezes no total, a primeira há 30 anos atrás, em 1987 com o Peugeot 205T16 Grand Raid, num evento que este ano também comemora o 10º aniversário do Dakar na América do Sul.

Bruno Famin, Director da Peugeot Sport:

"As modificações que fizemos e resultaram no 3008DKR Maxi provaram ser efetivas até agora, mas o Dakar continua a ser um ponto de interrogação, graças à grande variedade de terreno e aos desafios a serem superados. Por outro lado, o recente Rali de Marrocos lembrou-nos uma vez mais que também os nossos rivais são extremamente fortes.


Estamos muito satisfeitos em manter a nossa "equipa de sonho" nas equipas do próximo Dakar que nos oferece uma combinação perfeita de desempenho e experiência. Mas como este será o último Dakar para a Peugeot, gostaríamos de terminar a nossa incrível campanha numa nota alta.

Mas, como sempre digo, esta é uma prova imprevisível. A coisa mais difícil, depois de vencer, é fazê-lo de novo".



História: O domínio Peugeot-Citroën no Dakar

O rali de 1987 marcou o início de uma era de aumento da participação oficial das fábricas na categoria de carros, já que o fabricante francês Peugeot chegou e ganhou o evento com o ex-campeão mundial de ralis Ari Vatanen.


O evento de 1988 atingiu o seu zénite em termos de participantes, com 603 inscritos. A defesa do título de Vatanen ficou comprometida quando o seu Peugeot foi roubado na área de serviço em Bamako. Embora tenha sido encontrado mais tarde, Vatanen foi posteriormente desqualificado do evento, ficando a vitória nas mãos do seu companheiro de equipa Juha Kankkunen.

A Peugeot e Vatanen voltaram a triunfar em 1989 e 1990, no último ano na competição da Peugeot, antes se mudar de armas e bagagens para o Campeonato de Endurance. A outra marca do grupo, a Citroën, ocupou então o lugar da Peugeot, e Vatanen assinou a sua terceira vitória consecutiva em 1991 – ano em que Stéphane Peterhansel conseguiu o seu primeiro título na categoria de motos com a Yamaha.

Na edição de 1992, a linha de chegada mudou-se para a Cidade do Cabo, na África do Sul, numa tentativa de combater a queda de concorrentes, prova onde a tecnologia GPS foi usada pela primeira vez. Hubert Auriol tornou-se no primeiro piloto a vencer em várias categorias (depois das motos) levando a Mitsubishi à sua segunda vitória no rali.


A lista de inscritos no Dakar de 1993 decresceu para 153 concorrentes, cerca de metade dos participantes no ano anterior, e cerca de um quarto dos inscritos em 1988. O evento foi o último a ser organizado por Gilbert Sabine, assumindo a Amaury Sport Organisation a organização do evento no ano seguinte. Com a linha de chegada na sua localização tradicional, em Dakar, Bruno Saby garantiu um terceiro título para a Mitsubishi nos automóveis.

O traçado do evento de 1994 obrigava os concorrentes a regressar a Paris depois de chegar a Dakar, resultando numa prova particularmente extenuante. Pierre Lartigue levou a Citroën à sua segunda vitória em circunstâncias acrimoniosas, já que os principais pilotos da Mitsubishi foram obrigados a retirar-se por exaustão, depois de atravessar algumas dunas de areia particularmente exigentes no deserto mauritano que as tripulações da Citroen optaram por ignorar. Stephane Peterhansel, por exemplo, não competiu, devido a uma desacordo entre a Yamaha e os organizadores da corrida sobre os regulamentos.


Os eventos de 1995 e 1996 começam na cidade espanhola de Granada, com Lartigue acumulando vitórias para o Citroen em ambos os anos.





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