A segunda geração do sedan britânico levou algum tempo até propor uma versão de carroçaria break. Mas… valeu a pena esperar.
Fotos: Jaguar / Divulgação
Lançada no desenvolvimento de uma nova gama de SUV (F-Pace , E-Pace , I-Pace ...), a Jaguar não apresentava uma novidades no segmento das breaks desde há mais de dois anos. Essa longa ausência termina com o lançamento desta variante Sportbrake do XF. Regressa assim o prazer de condução para os adeptos de aspectos práticos, para quem o prazer não é obrigatoriamente proporcional a uma "atitude" de pilotagem a conduzir.
O que há de bom é que a sua linha não perde quase nada no aspeto sport, por comparação com o sedan… bem pelo contrário! Esta familiaridade do Sportbrake com a versão ‘normal’, é parcialmente explicada por medidas externas que foram mantidas de um extremo a outro, incluindo a distância entre eixos e o espaço entre as óticas traseiras.
Para além da porta traseira que se pode abrir sem mãos - com a ajuda de um sensor (que é opcional) - os lugares da frente mantêm-se fiéis às medidas da conhecida berlina, sendo a altura dos lugares traseiros e mala ligeiramente mais altos, como é vulgar numa carrinha.
O volume máximo de carga é de 1700 litros que é conseguido com a inclinação dos assentos posteriores, tudo na prática semelhante ao que nos oferece a break BMW Serie 5 Touring.
COM A PLATAFORMA DO NOVO F-PACE
Beneficiando da nova estrutura, mais rígida, lançada no sedan XF, este novo XF Sportbrak tem no entanto benefícios visíveis para a acomodação de carga, uma vez que os engenheiros removeram nesta versão os reforços de chassis mais proeminentes, a favor de um piso de malha perfeitamente plano e paredes retas, o que facilita muito o seu carregamento.
Esta nova plataforma modular, que propaga o uso do alumínio e que é compartilhada com o novo Jaguar F-Pace, permitiu ainda obter um equilíbrio das massas próximo da perfeição, o que concede ao novo Jaguar um prazer de condução digno do seu brasão.
Outra vantagem advém da direção. Este elemento oferece uma sensação muito precisa no rolamento das rodas, não só devido ao emprego de duplos triângulos à frente, como a uma suspensão pneumática (presente em todas as versões do Sportbrake) que corrige eletronicamente a altura traseira.
MAIS ESPAÇOSO E CARÁTER DESPORTIVO
É com este caráter afiado que o novo XF Sportbrake nos encoraja a procurar os limites de aderência ao solo e a ir aos poucos decobrindo um temperamento na aceleração “cheio” de torque e pouco alterado pela presença da transmissão integral, imposta a este motor 25d. Mantém ainda um amortecimento firme - mesmo quando optamos por uma condução desportiva – mas está longe de ser desconfortável, privilegiando as sensações mecânicas, muito mais do que os seus rivais germânicos.
No entanto, nem tudo são rosas, existe alguma falta de alma na aceleração do diesel de 4 cilindros, talvez motivado por alguma falta de atualização no motor 2.0 Ingenium, que associado a uma excelente caixa de 8 velocidades automática consegue chegar aos 240 cv de potência máxima.
A sua sonoridade é pouco mais que lisonjeira, e claro… teríamos preferido experimentar o motor a gasolina de 250 cv, muito mais ganancioso em performances que nesta versão diesel.