O novo Mercedes Classe A apresenta novidades, com diferentes óticas, com uma frente declaradamente mais agressiva e um alongamento significativo do chassis... que poderia ter dado um melhor resultado.
Alvo de críticas devido à sua escassa habitabilidade, o compacto Classe A tem recuado um pouco nas vendas da marca da estrela, o que terá levado os projetistas da marca a rever as suas dimensões, mas a verdade é que o resultado parece ficar aquém do desejável.
O tamanho também conta !
São apenas mais 12 cm. Passando dos 4,30 metros de comprimento da versão anterior para os atuais 4,42 m, o novo Classe A fica praticamente ao nível do Mazda 3, que com os seus 4,47 metros é o líder em tamanho da categoria dos compactos desportivos.
Acompanha este crescimento a sua superior distância entre eixos (2,73 m /+ 3 cm) que, por uma razão lógica deveria ter incrementado o espaço interior, mas a verdade é que o Classe A parece continuar com o síndrome dos carros japoneses, uma vez que apenas alguns milímetros a mais beneficiam os passageiros da rectaguarda, seja ao nível dos cotovelos, ombros, ou da altura do teto.
E as coisas não se ficam por aqui. A bagageira tem 29 litros adicionais, o que equivale agora a um total de 370 litros de espaço para arrumar as nossas coisinhas… Curto, muito curto, tendo em conta que o Classe A fica abaixo dos 380 litros oferecidos no Audi A3 que é mais curto 11 centímetros.
A conclusão só pode ser esta: ‘alguém’ não fez bem as contas! Mas nem tudo é mau. Foi melhorado o acesso a bordo e já não precisamos de nos curvar excessivamente na porta de acesso aos bancos traseiros, melhorando ainda a visibilidade do condutor para a traseira devido ao novo desenho do pilar C. E também se tornou bastante mais ergonómico o acesso ao porta-bagagens.
Novos faróis, grelha inspirada no CLS, interiores sofisticados com 'luz ambiente' no painel...
Mais guerreiro...
A frente do novo Classe A revela muito mais caráter. Conta com novas óticas de linhas triangulares, mas sobretudo com a nova grelha do tipo "Panamericana" que se estreou no recente Mercedes CLS, assim como tomadas de ar bem mais agressivas.
O interior ficou muito mais inovador. Visualizar agora o painel transmite uma sensação de leveza, sobretudo pela sobreposição de elementos horizontais até à consola central, ou pela descomplexada dimensão das saídas do sistema de climatização. Aqui sim, tudo é grande, como o sejam as duas enormes telas digitais, uma de 7 '' e outra de 10,25 '', que com um leve toque se podem complementar… juntando-se!
Dois motores a gasolina e um diesel,
com caixa automática 7G-DCT
No lançamento deste novo Classe A ficamos a saber que terá dois motores a gasolina, um 1.4 litros de 163 cv e outro de 2.0 l com 224 cv, ficando a oferta Diesel confinada a um bloco de 1.5 l com 116 cv.
No entanto, todos estes 4 cilindros são completamente novos e ‘casados’ quase em exclusivo com uma caixa de velocidades automática de dupla embraiagem 7G-DCT. Somente a versão a gasolina de 163 cv terá a transmissão manual de seis velocidades.
Muitas das alterações aplicadas neste novo Mercedes-Benz Classe A, especialmente ao nível da carroçaria, deverão ter eco nas novas gerações do CLA, GLA, e também do novo SUV denominado GLB, concebido para competir com o Audi Q3 e o BMW X1.
A comercialização do novo Classe A deverá ter início na primavera de 2018. Pouco ainda se sabe sobre os preços, mas estes não devem sofrer uma inflação significativa sobre os valores atuais, que começam nos 27.950 euros.