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REDAÇÃO

A 'task force' feminina do Grupo PSA


Antecedendo a celebração do “Dia Internacional da Mulher”, um grupo de 13 mulheres do Groupe PSA em Portugal realizou um encontro onde os pilotos Inês Ponte e José Pedro Fontes partilharam a sua experiência enquanto equipa mista no Campeonato de Portugal de Ralis.

Num setor predominantemente masculino, a rede “Women Engaged for PSA” (WEP) quer promover a igualdade de género e conseguir que, em 2020, 20% dos postos de liderança do Grupo sejam ocupados por mulheres.


Criada em França em 2010 por um grupo de mulheres com o forte apoio da direção do Groupe PSA, a WEP é uma rede mundial composta, atualmente, por mais de 300 mulheres. Os seus objetivos passam por promover a diversidade de género no Grupo, ajudar as mulheres a tornarem-se partes interessadas da PSA em posições de gestão e competência e promover a reflexão dentro do Groupe PSA para as questões da diversidade de género. Pretende-se que 20% dos quadros superiores e diretivos sejam, em 2020, ocupados por mulheres. Esse valor vem evoluindo anualmente e, no final de 2017, era de 15%.


Para isso, a rede desenvolve atividades diversificadas como conferências, workshops, pequenos-almoços de trabalho, coaching feminino, nas quais se promove a troca de experiências e em que participam mulheres que sejam referências por trabalharem em áreas em que a presença feminina é, ainda, uma minoria.

Inês Ponte, a co-driver dos Ralis

Num desporto ainda dominado por homens, Inês Ponte contraria as tendências. A copiloto de José Pedro Fontes no âmbito do Campeonato de Portugal de Ralis defende que não é fácil uma mulher vencer num mundo de homens, porque é um mundo muito fechado, mas que é uma luta que se ganha à medida que os resultados vão aparecendo.

Num encontro promovido pela rede “Women Engaged for PSA” (WEP), Inês Ponte recordou que um dos momentos em que sentiu mais pressão foi quando engravidou: “Quando fiquei grávida muitas pessoas perguntavam-me se ia voltar. Eram perguntas que, ao contrário do que esperava, não partiam de homens mas de mulheres. Este é um desporto que nos obriga a parar quando estamos grávidas o que, embora seja por um ótimo motivo, é uma grande desvantagem para as mulheres, mas nunca pus em causa não voltar”.


José Pedro Fontes, por sua vez, realçou que ser pai ou mãe é a mesma responsabilidade, mas aos pais ninguém coloca este tipo de questões. “Ser pai ou mãe é um processo natural que não impede o sucesso. Tem tudo a ver com a paixão. Ou pomos paixão para nos superarmos ou então desistimos”,salientando depois o facto de que, embora seja um meio tipicamente masculino, há cada vez mais mulheres a dar cartas no mundo das corridas: “Creio que a Inês foi uma fonte inspiradora para muitas mulheres que sempre tiveram este sonho mas achavam que não iam conseguir por ser um meio fechado. Quando viram a Inês sagrar-se Campeã Nacional e o sucesso que alcançou sentiram-se inspiradas”.

Quanto ao êxito que alcançaram juntos, Fontes referiu “ao sermos uma equipa mista, conseguimos chegar a um público mais vasto do que as outras equipas.

Quanto à parte desportiva, as mulheres desempenham tão bem quanto os homens. A sensibilidade delas é diferente. Sempre gostei de trabalhar com mulheres porque acho que são mais dedicadas e organizadas”.


A dupla José Pedro Fontes e Inês Ponte, do Citroën Vodafone Team, partilhou a sua experiência no âmbito do encontro promovido pela rede “Women Engaged for PSA” (WEP), em Portugal, onde esteve também presente Maria Estefanía Narrillos, Diretora da Plataforma Ibérica da WEP, e Diretora Financeira da Zona Ibérica e Magrebe do Grupo.

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