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PEDRO TARINI

MV AGUSTA BRUTALE 800 RR 2018: Rebeldia furiosa


Conduzimos a MV Agusta Brutale 800 RR nas estradas ao redor da sede da Schiranna. A despida italiana foi revista no motor (agora Euro4), na eletrônica e em pequenos pormenores.

Foram várias as notícias que nos deram na apresentação à imprensa da MV Agusta Brutale 800 2018, na sede da empresa em Schiranna, a poucos quilômetros de Varese. Notícias que se concentram principalmente no motor, agora Euro 4, revistos em muitos detalhes, incluindo a roda livre do sistema de arranque, o eixo primário da caixa de velocidades, a cabeça e o diagrama de distribuição, o sistema de escape, a caixa de velocidades e o sistema de fixação dos três cilindros no quadro para aumentar a rigidez.

Todos os componentes eletrónicos também foram redesenhados, com novos mapeamentos da unidade de controle e a introdução do quick-shift, o sistema de transições rápidas na caixa de velocidades. O utilizador pode escolher entre três mapas de motor (Chuva, Normal, Sport) mais um personalizável que permite ajustar a sensibilidade do acelerador, o torque do motor, o travão-motor, a resposta dos três cilindros na abertura do motor.

Na estética muda a aparência, mesmo que ligeiramente, graças aos novos raios divididos de três raios e aos novos gráficos. Potência e torque estão no topo: 140 cv declarados (mais 25 cv que na anterior) às 12.300 rpm, 87 Nm de binário às 10.100 rpm.

O primeiro contacto

A partir dos primeiros quilómetros, confirmei que a Brutale 800 RR confirma as características do modelo anterior. É uma naked extrema, intransigente, tanto na posição de condução como na dinâmica. É-nos oferecido um selim duro e pouco acolchoado, um guiador baixo que carrega os braços e tem dimensões realmente contidas. Nestes aspetos, não muda nada em relação à versão anterior.


Depois, duas curvas são suficientes para perceberes que esta moto é compacta ao extremo, reativa como poucas e muito rápida nas mudanças de direção. Parece mesmo que ficamos com o pivô da roda da frente nas mãos, a moto tem uma entrega fantástica.

Na verdade, esta reatividade é transformada numa sensibilidade marcante e numa facilidade constragedora em qualquer encadeamento de curvas. É a MV Agusta no seu melhor… acredita!

A configuração da suspensão está volltada para satisfazer os motards mais desportivos e menos para aqueles que buscam conforto. O garfo da suspensão dianteira e o monobraço traseiro desempenham bem o seu papel, incutindo uma sensação alta de estabilidade quando se procuram os limites da moto… no entanto, numa condução mais demorada (por ex., em viagem) vais sofrer…

Motor e controlo de tração

Quanto ao motor, especialmente entre as 7.000 e 12.000 rpm é realmente furioso, mesmo com o escalonamento original bastante longo. Já a caminho do limitador eletrónico da velocidade e com o acelerador quase completamente aberto, o alongamento do três cilindros proporciona uma utilização suave, com pleno aproveitamento, muito ao contrário do que sucede a muito baixa velocidade, onde a resposta é um pouco "brusca demais.

Porém, trabalhando num mapeamento eletrónico personalizado, o problema fica resolvido. E também a revisão do controlo de tração foi uma boa notícia. O seu comportamento é tão subtil que por vezes quase naão se dá por ele. Mas isto acontece apenas em piso seco, porque no molhado é 100% eficaz e útil.


Por fim devo sublinhar que é espetacular o som proveniente do escapamento, e mais ainda ‘louca’, a saída que proporciona a sua caixa de velocidades, um autêntico tiro na aceleração em linha e que surpreende verdadeiramente numa subida.


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