Foi nas estradas de Portugal que fiquei a conhecer a versão "maxi" da moto mais vendida da Casa di Borgo Panigale: a Ducati Scrambler.
Muito se falou da Ducati Scrambler 1100 durante o EICMA de Milão, quando foi oficialmente apresentada. Agora não é mais uma novidade, nem mesmo do ponto de vista dinâmico. Tive a oportunidade de experimentar a nova Ducati em Portugal, nas estradas em torno de Lisboa, descobrindo uma moto extremamente fácil, agradável e intuitiva.
Motor suave e progressivo
Há muitas novidades a assinalar neste motor Desmo2 derivado daquele da Monster, um duplo cilindro extremamente suave na distribuição, de corpo médio e doce a velocidades mais baixas. Digo-lhe que em sexta pode levar tranquilamente este motor nas 2.000 rotações e continuar sem problemas. Excelente sensação com o punho do acelerador, graças a uma eletrónica refinada que lhe permite selecionar três modos de condução, o City, incrivelmente suave em resposta, e os mais ativos, Journey e Active. Calibração perfeita do controle de tração, nunca invasivo, mesmo na calibração mais dinâmica.
Descompretimento total
A parte ciclística está no topo. Graças ao guiador largo e ao braço de alavanca favorável, a Scrambler é ágil e intuitiva, mesmo no piso misto e estreito urbano, firme e estável num trajeto mais veloz. A regulação das suspensões é de compromisso, suave mas nunca flácidas, ajudam muito a adquirir uma boa sensação sobre a moto. Somente o mono-amortecedor parece um tanto rígido, mas é regulável e pode ser adaptado às necessidades (assim como o garfo, caso seja necessário).
Tudo isto resulta num aspeto positivo, também em termos de conforto, a moto é confiável e cómoda, muito graças ao selim largo, à confortável posição de condução e às vibrações limitadas. Boa capacidade de travagem: um único apontamento negativo para o travão dianteiro muito fraquinho. De resto, em termos de potência e modularidade, também a travagem está no topo.