É a moto dos três R’s: robusta, radical, retro. Fomos conhecê-la na apresentação de imprensa em Espanha, sensações quentes na mais renovada naked da casa japonesa.
Esta foi a estrada seguida pela Honda no refazer dos contornos do projeto CB1000R, que retorna ao mercado com esta picante "Neo Sports Café". Claro que, por isso, voámos para Espanha cheios de curiosidade para a conhecer esta interessante novidade nas belas estradas entre Marbella e Ronda. A seguir, as primeiras impressões ‘quentes’.
A Bela e a Besta encontram-se nesta moto. A princípio, olhas para ela e pensas: a moto é linda, uma espécie de deusa e diaba reunidas numa CB das grandes e poderosas. E, ao mesmo tempo, desconfias que talvez a tenham domesticado em demasia. Mas em vez disso, o sonho renova-se. Primeiro um aceno rápido para os acabamentos: zero de plástico, muita solidez (a sensação ao toque) e um cuidado construtivo de "premium superior". É praticamente impossível encontrar lacunas.
A linha é curta, agressivo e elegante ao mesmo tempo. Quanto ao guarda-lamas traseiro montado na roda, ele geralmente divide gostos, ou amas ou odeias… simplesmente.
Bestial, picante e sedutora
Na verdade a fera está nela, mas só sai se quiseres que ela saia. Esta nova CB1000R é muito Honda. Basicamente não é uma moto para novatos, mas pode ser levada sem muitos problemas, mesmo por aqueles sem muita experiência. Mas, por outro lado, se fores um motociclista experimentado vais tirar dela todos os seus cavalos e divertir-te até te desmanchares a rir!
O motor Fireblade é púra alegria
Em termos de potência, para ser exato, ela fornece-te 145 CV, combinados com um pico de torque de 107 Nm a pouco mais de 8.000 rpm. Mas dito isto, são apenas números. Para realmente teres uma ideia do que te espera na hora de rodar com firmeza o punho do acelerador, aproveitando a aceleração progressiva e vigorosa a todos os regimes.
Tem muita ‘alma’ entre as 6.000 e 8.000 rpm, o que lhe confere caráter e aumenta a nossa taxa de diversão. Grande parte do crédito disto está na eletrónica. Em particular, do Throttle By Wire, realmente eficaz, capaz de modular o controle do acelerador, tornando a resposta do motor "macia" ou super-agressiva com base no que mais desejas. Mas também dos 3 modos de pilotagem (mais um personalizável): todos muito bem, modulam a entrega (a potência permanece cheia), controle de tração e travagem do motor, para melhor adaptar a moto a diferentes condições de direção.
Um convite para a dança
As curvas são definitivamente o ponto forte desta Honda. Sejam elas estreitas, rápidas, lentas, complicadas, fornece um apoio excelente, digerindo tudo com grande eficácia, sempre sólida, rápida e nunca nervosa. A posição de condução é peculiar. Conduzimos praticamente sobre o eixo dianteiro; um pouco menos que na antiga CB, mas sempre com a sensação de estar sobre o guiador, em posição dominante, com total controle do que acontece logo em frente à roda da frente. Ao mesmo tempo o conforto não falta, e podes fazer quilómetros, muitos mesmo, sem te cansares especialmente.
Conclusão
Em poucas palavras posso defini-la como robusta, radical e retro. Proposta em três cores, tem até um preço atrativo, 13.250 euros, mesmo com os punhos aquecidos e uma caixa de engrenagens eletrónica QuickShifter como padrão.