A Royal Enfield Continental GT 535 vai sair de produção para dar lugar a novas bicilíndricas. Esta café racer, passou assim por uma carreira curta e que simbolizou o renascimento da lendária marca.
Discretamente, as vendas da Continental GT 535 diminuíram entre o final de 2017 e o início de 2018, tendo a GT 535 representado cerca de 20% das vendas da Bullet em França, com quase 200 unidades. O público não gostou desta café racer feita na Índia? Na verdade não, a razão está mesmo do lado da produção.
Face a isto, a fábrica da Royal Enfield vai deixar de lado a produção da Continental GT 535, modelo que será substituída nos próximos meses por duas novas Twins, a Continental GT 650 e a Interceptor 650. Duas motos novas, mais potentes, mais modernas, mais versáteis e que devem rapidamente fazer esquecer a GT 535 que teve o mérito de fazer regressar a lendária marca.
Lançada no final de 2012, a Continental GT 535 foi a primeira pedra, o primeiro passo na revitalização da marca britânica, que acabara de investir numa uma nova fábrica (Chennai), num novo centro de pesquisa em Inglaterra, em novos processos de fabricação. Embora, com 29 cavalos de potência, a Continental GT 535 marcou um avanço significativo em termos de despoluição, geometria, etc.
Ainda que as vendas da clássica Bullet sempre se tenham mantido a níveis superiores às da GT, foi de fato esta última que puxou a marca para o seu regresso, especialmente na Europa, o mercado de conquista da Royal Enfield.
A Royal Enfield no regresso a Inglaterra
Em 2014, a Royal Enfield vendeu mais de 300.000 motos em todo o mundo. Esse foi o ano escolhido para a ex-firma inglesa regressar em força ao mercado britânico, potencialmente muito apelativo para uma café racer como a Continental GT.
Adquirida em 1994 pelo grupo indiano Eichert, a marca Royal Enfiel recuperou-se de uma forma quase olímpica! Com efeito, ao longo de doze meses do ano, não menos de 300 000 motociclos deixaram as linhas de produção da marca. Mas como a Royal Enfield não pretendia parar, planeou aumentar a sua produção em 50% em 2015.
Para 2015, a Royal Enfield decidiu, portanto, abrir um site de Pesquisa e Desenvolvimento, considerando a possibilidade de colocar algumas máquinas em produção no condado de Leicestershire. A Royal Enfield pretende tornar-se antes de 2020 uma player-chave no setor das motos de médio porte, procurando os meios para atingir esse seu fim.
A chegada de Pierre Terblanche à marca foi também um importante contributo na criação de novos modelos!