O aumento da tributação sobre certos produtos fabricados nos Estados Unidos, entrou em vigor na passada sexta-feira. Apesar das motos com mais de 500cc da Harley-Davidson e Indian estarem incluídas, devem manter as suas tarifas atuais até nova ordem.
A União Europeia havia avisado. Como resultado das tarifas dos EUA sobre as importações de aço e alumínio da Europa, a UE listou produtos dos EUA que estarão sujeitos a um imposto adicional como uma contra medida económica.
A União Europeia exportou cerca de 6,5 bilhões de euros de aço e alumínio para os Estados Unidos em 2017. Com as novas tarifas aplicadas pelas autoridades americanas sobre esses produtos, muitas empresas da UE estão diretamente ameaçadas, razão pela qual a EU respondeu e apresentou uma queixa à Organização Mundial do Comércio (OMC).
Jean Claude Juncker, o presidente da Comissão Europeia, multiplicou-se em declarações no centro deste clima de guerra económica. Uma quantidade significativa de bens manufaturados do lado de lá do Atlântico serão afetados, como a Harley-Davidson ou a Levi's, por vezes citados como exemplo pelo presidente da Comissão Europeia.
No entanto, as modalidades de aplicação dos impostos sobre os produtos americanos são estritas. O objetivo é atingir bens fabricados no território americano (ou, segundo alguns artigos na imprensa de negócios, tributar os produtos feitos em estados que votaram no presidente Trump) e não uma marca americana em particular.
Os motociclos acima de 500 cm3 fabricados nos Estados Unidos, Harley-Davidson e Indian estão incluídas. As motos elétricas Zero Motorcycles ficariam isentas dessa taxas por causa do seu posicionamento “mais verde”, disse Umberto Uccelli, CEO da divisão europeia da marca 100% elétrica.
Citando o que está acontecer em França, nesse mercado os preços dos dois fabricantes americanos ainda não se alteraram. De momento, a Harley-Davidson e a Indian poderão manter os preços em tabela graças aos stocks disponíveis na Europa.
Mas essa estabilidade pode ser apenas temporária. O que acontecerá após se esgotarem os stocks na Europa? Esta é uma questão a seguir de perto nos próximos tempos...