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Por Ricardo Ferreira

ENTREVISTA | Rossi: "Com a Honda, talvez eu tivesse batido os recordes de Agostini"


NA SUA CORRIDA Nº 400, VALENTINO ROSSI FALOU SOBRE A SUA CARREIRA NA CLASSE RAINHA DO MOTOCICLISMO, O QUE FEZ E O QUE PODERIA TER FEITO O ‘9 VEZES CAMPEÃO MUNDIAL” PARA BATER OS 15 TÍTULOS DE AGOSTINI.

No Grande Prémio da Malásia, Valentino Rossi cumpriu o seu Grande Prémio nº 400 no Campeonato do Mundo. 24 anos na elite do motociclismo, toda uma vida. 'Il Dottore' pode celebrar essa sua longevidade liderando a corrida nas primeiras voltas, embora viesse a terminar no oitavo lugar.


A CARREIRA DE VALENTINO ROSSI:

O QUE FOI E O QUE PODERIA TER SIDO

Concluída a prova, o italiano convocou uma conferência de imprensa para os mídia do seu país para rever os melhores momentos do seu périplo na competição. Rossi analisou o que foi e o que poderia ter sido a sua carreira.


Nesse sentido, o piloto da Yamaha foi honesto sobre o seu início com a equipa de Iwata, no qual se destaca a corrida da África do Sul em 2004, a sua primeira vitória na Yamaha. "Sem dúvida foi um dos momentos mais empolgantes da minha carreira. Deixei a Honda, que era muito superior às restantes equipas, e fui para a Yamaha, que estava a passar por um mau bocado", lembrou o italiano.


No entanto, 'Il Dottore' não se arrepende de nada do que fez. "Eu não mudaria nada do que fiz durante a minha carreira, foi o passo mais decisivo. É verdade que às vezes, penso que poderia ganhar muito mais se tivesse ficado mais cinco anos na Honda. Talvez tivesse batido os recordes de Giacomo." (15 Campeonatos do Mundo e 122 vitórias), disse o piloto de Tavullia.


"GANHEI MENOS AQUI (NA YAMAHA), MAS FORAM OS MELHORES ANOS DA MINHA VIDA”

Aprofundando o aspecto da contratação da Yamaha e em todos os anos em que esteve na equipa, Valentino Rossi disse: "Ganhei menos aqui, mas foram os melhores anos da minha vida. Exceto em 2006 e 2007, quando perdi esses dois campeonatos para as mãos de Hayden. e Stoner", confessou."

No entanto Rossi recompôs-se e venceu o mundial nos dois anos seguintes, de forma consecutiva. Primeiro, o próprio Stoner em Laguna Seca com a famosa ultrapassagem numa das escapatórias mais difíceis do circuito, e depois em 2009, batendo Lorenzo, o seu companheiro de equipa na época.

Em 2010 Rossi assinou com a Ducati e despencou. Muitos acreditavam que a sua reforma estava a chegar, mas ele tirou um ás da manga.

É verdade que não voltou ao nível que tinha anos atrás, mas continuou a competir. Em 2013, no ano do seu regresso à Yamaha, o italiano ganhou a confiança de Lin Jarvis nesse regresso e, graças a isso, acabou vencendo uma corrida em Assen. "Foi um dos momentos mais importantes da minha carreira".


Agora, já vão dez anos sem Rossi vencer um campeonato do mundo, e parece difícil fazê-lo novamente, vendo o domínio de Marc Márquez. No entanto, a sua paixão pelas motos e o seu desejo de competir situam-no perto da renovação para 2021. Por enquanto, o que sabemos é que no próximo ano teremos Rossi de novo em pista…

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