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Por Ricardo Ferreira

MOTOGP | A despedida emocionada do tri-campeão Jorge Lorenzo


JORGE LORENZO ANUNCIOU A SUA RETIRADA NO FINAL DO ANO E CUMPRIU A PROMESSA NO GP DE VALÊNCIA. AS REAÇÕES DOS RIVAIS, OS MOTIVOS DO ABANDONO DO TRI-CAMPEÃO MUNDIAL DE MOTOGP.

O piloto espanhol de MotoGP, Jorge Lorenzo, abraça os membros da sua equipa depois de terminar a sua corrida em Valência. Não porque tenha vencido, como tantas vezes o fez, mas porque esta foi a sua última corrida como tinha anunciado previamente.


No circuito "Ricardo Tormo" em Cheste (Valência), última corrida do campeonato do mundo de MotoGP, o piloto balear despediu-se de tudo e todos… dos colegas de profissão, dos amigos, dos empregadores do Team Honda HRC, do Team Ducati e do Team Yamaha.

UM CALVÁRIO SEM FIM DESDE ASSEN…

O ponto de viragem na carreira de Jorge Lorenzo começou em Assen (28 de junho de 2019), um circuito de sucesso para o piloto das Baleares, mas também de traumas. A pista na qual, em 2013 Lorenzo caiu na curva 13 (Hoge Heide), e na qual em 2014 ele ainda viu flashes desse incidente.


Muitos ainda se recordam do seu "ombro", e de correr novamente 48 horas depois de fraturar a clavícula esquerda! Lorenzo vive uma rota contínua de sacrifícios desde esse dia, uma provação interminável que começou em Aragão 2018, quando caiu após a partida depois de Marc Márquez cruzar-se à frente da sua Ducati, fazendo o piloto de Palma de Maiorca perder o controle na travagem.

Esta terrível sequência de quedas e lesões, culminou na decisão de se aposentar em 2019, quando no início do ano chegou a ser apontado como um possível rival de Márquez, numa temporada onde a Honda HRC chegou a ser referida como ‘dream team’.


14º COMO MELHOR RESULTADO

DESDE O GP DA HOLANDA

Lorenzo planeava regressar na prova de Brno (4 de agosto), mas não pôde fazê-lo até a Grã-Bretanha (25 de agosto). E depois os seus resultados quase não melhoraram. Em Silverstone foi 14º , em San Marino repetiu o 14º posto, mas em Aragão, um dos seus traçados de eleição, Jorge Lorenzo caiu para o 20º lugar.

E o calvário do tricampeão mundial de MotoGP (2010, 2012 e 2015) e duas vezes campeão de 250cc (2006 e 2007) prosseguiu na Tailândia (18º) e no Japão (17º) sem melhorias aparentes na pilotagem do maiorquino que parecia estar num poço sem fundo…


Mais tarde na Austrália terminou em 16º novamente, mas 66 segundos atrás de seu companheiro de equipe Marc Márquez, vencedor da corrida.


Começam então os rumores de uma possível retirada e a chegada de Zarco a uma equipa satélite é entendida como um sério aviso para substituí-lo. Na Malásia , Jorge melhorou um pouco, regressando aos pontos como 14º, mas 44 segundos atrás de Viñales, vencedor com a Yamaha. Depois dessa corrida, tomou a decisão mais dolorosa de qualquer piloto: aposentar-se das corridas.



AS REAÇÕES DOS RIVAIS

Valentino Rossi:

"Nunca imaginei que Pedrosa e Lorenzo saissem antes de mim"


O italiano, que completará 41 anos em fevereiro sem sequer vislumbrar uma retirada futura, continua a pensar em continuar no asfalto e fala, surpreso, da retirada de Jorge Lorenzo ."Há dez anos atrás, nunca imaginaria que Pedrosa ou Lorenzo se aposentariam antes de mim, mas é verdade que também acho que todos temos o nosso próprio relógio interno", disse Rossi.



Mick Doohan:

"Lorenzo fez a coisa certa"

O grande Mick Doohan, cinco vezes campeão do mundo de 500cc/MotoGP, acredita que Jorge Lorenzo fez a coisa certa ao anunciar a retirada. "Jorge teve uma ótima carreira, mas acho que ele fez a coisa certa após a quantidade de danos causados ​​este ano. Ele é um ótimo piloto, um bom amigo e acho que ainda é jovem o suficiente para fazer o que quer, mas foi uma boa decisão", disse o australiano, que considera que neste momento, MotoGP e Espanha são quase sinônimos.

"Agora a Espanha domina o MotoGP e também tem uma grande ‘pedreira de talentos’ no CEV. E tem Marc Márquez, que é incrível, que fez uma temporada sensacional, igual a Lorenzo, que teve uma carreira maravilhosa ".



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