15 de dez. de 20193 min para ler

VW GOLF 2.0 TDI | A coroa ao Rei

A 8ª GERAÇÃO DO GOLF ESTÁ A FAZER A SUA REVOLUÇÃO DIGITAL E APRIMORANDO A SUA MECÂNICA PARA PERMANECER CONECTADO E CONSUMIR MENOS. A VERSÃO 2.0 TDI DE 150 CV OFERECE PERFORMANCES NOTÁVEIS.

O ‘Rei’ diesel está bom e recomenda-se… apesar da tanta tinta que fez correr o Dieselgate. Fomos conhecê-lo ao Porto, mantém o tamanho, recebeu um ligeiro lifting estético mas está são como nunca, até no infindável motor 2.0 TDI... que qual Vinho do Porto, quanto mais velho melhor!

O 'REI' DOS DIESEL

Desde 1974, o VW Golf é um dos pontos de referência no mercado europeu. A oitava geração não oferece mais a originalidade do modelo original projetado por Giugiaro e mantém um perfil semelhante às gerações 6 e 7, projetado sob a direção do designer alemão Marc Lichte. Mas o teto rebaixado em 2 cm e o capô com ótica LED de alta qualidade, conferem-lhe uma personalidade real.

DIGITAL NÃO SIGNIFICA PRÁTICO

Assente na mesma plataforma da sétima geração, o VW Golf 8 mantém as mesmas dimensões interiores e o mesmo espaço de bagageira. A principal evolução está no interior, onde agora existe um painel elegante com uma grande tela de toque de 10 polegadas e instrumentação digital. Fluido e intuitivo, o sistema multimídia incorpora um excelente GPS, conectado com um lembrete de instruções no visor frontal ou nos contadores sempre muito legíveis.

No entanto, é lamentável que o ajuste do ar condicionado exija pelo menos três pressionamentos quando uma volta do mostrador foi suficiente no passado. Os botões + e - no pé da tela digital, que seriam perfeitos para ajustar a respiração da ventilação, são de fato usados para ajustar o volume do autorádio. Não é muito lógico! Um atalho para desconectar os auxiliares de direção também seria benéfico para o antigo refratário.

Já no que respeita aos bancos, graças aos seus amplos ajustes oferecem uma excelente posição de direção para todos os tamanhos. Para isso é adicionado numeroso e bem organizado armazenamento. A apresentação permanece séria, com montagens rigorosas, mas os plásticos duros nos joelhos decepcionam.

UM TDI EFICIENTE E MAIS SÓBRIO QUE NUNCA

No arranque a frio, o 2.0 turbo diesel de 150 cv ouve-se bem e gera pequenas vibrações no piso. Mas, uma vez em temperatura e regime estabilizado, esse efeito desaparece por completo. Associado automaticamente à caixa de veloici DSG de 7 marchas e embraiagem dupla, este TDI (360 Nm) com uma boa dose de torque proporciona eficiência de combustível incomparável.

Pouco mais pesado (1465 kg contra 1445 kg), o novo VW Golf 2.0 TDI 150 revisou o layout da sua eletrónica e o seu sistema de injeção para ganhar sobriedade. O TDI permanece disponível nas rotações mais baixas e a caixa DSG brilha com a sua velocidade e suavidade de operação. As funções Sport e Drive ajustam as marchas criteriosamente, o modo Manual é muito responsivo.

A direção é precisa, assim como o pedal de travão com dosagem natural. Com um eixo traseiro multi-link em motores de 150 cv e mais, o Golf 8 gira alegremente em curvas apertadas, mantendo a estabilidade imperial. O amortecimento pilotado opcional, comunica-se agora com o sistema antiderrapante eletrónico para ajustar a roda de calibração por roda. Se os movimentos da carroçaria estiverem bem contidos, a filtragem não terá suavidade nas conexões do pavimento.

Durante o nosso teste no Porto, registamos 6,2 l / 100 km de consumo médio sem ter um pé leve. Um excelente resultado que prova que o TDI continua a ser uma aposta segura para os pés mais pesados.

BALANÇO FINAL

Veredicto: O novo Golf 2.0 TDI 150 melhora o excelente desempenho do seu diesel e mantém uma boa relação tamanho / habitabilidade. Mas no lado digital, o alemão está apenas seguindo a tendência e merece um acabamento mais polido para justificar o seu ligeiro aumento de preço.