ALEX MARQUEZ DEVERIA DEFENDER ESTE ANO A SUA PRIMEIRA COROA NO MUNDIAL DE MOTO2, MAS A SAÍDA DA REPSOL HONDA DE JORGE LORENZO CRIOU A OPORTUNIDADE PERFEITA PARA SE JUNTAR AO IRMÃO MARC NA EQUIPA.
No Campeonato do Mundo de MotoGP de 2020, vamos ver os dois irmãos juntos na equipa Repsol Honda: Alex Marquez e o seis vezes campeão mundial de MotoGP, Marc Marquez.
O piloto de 23 anos finalmente adicionou um título de Moto2 ao seu título de Moto3 de 2014, para lhe proporcionar uma base sólida para o seu ano de estreia na classe rainha do motociclismo. Mas, vejamos o que o nativo de Cervera tem a dizer sobre as icónicas cores laranja, marinho e branco que vai envergar na abertura da temporada 2020, no Catar, a 8 de março.
Q - O que significa para ti usares essas cores?
AM - "É um sonho tornado realidade. É uma honra incrível ter essas cores e vestir esta camisola. Estou muito feliz com esta oportunidade de estar no MotoGP com a Repsol Honda. Estou muito orgulhoso. É uma novidade para mim. Estou acostumado a ver Marc nessas cores, mas não eu! É especial."
Q – Tem um sabor especial estares numa equipa histórica como a Repsol Honda?
AM - "Acho que para todos os rookies é um sonho estar numa equipa de fábrica. Depois de vencer o Campeonato do Mundo de Moto2, o desejo é ser piloto de fábrica, e isso tornou-se realidade. Estar na Repsol Honda, uma equipe com tanta história no paddock de MotoGP é uma honra. Sei que é um desafio, mas é um bom desafio. "
Q - Qual é o teu principal objetivo na próxima época?
AM - " Posso dizer que quero ser o Rookie do Ano - esse é o primeiro objetivo. No momento, estou focado em conhecer a moto e com o objetivo de ter mais conhecimentos sobre ela para construir a minha confiança. Antes da corrida no Qatar, poderei ver um pouco melhor qual é a nossa posição real, e o que podemos fazer desde a primeira corrida. "
Q - Como foi estares na garagem da Repsol Honda pela primeira vez, sabendo que és um piloto de fábrica?
AM - "É realmente especial. No estômago, sentimos borboletas quando vestimos o fato de competição, entramos e vemos a equipa, sabendo que é a tua equipa. Ambas as motos ali, senti uma sensação especial durante o primeiro teste. Na Malásia acho que tudo estará mais sob controlp, menos nervoso e mais relaxado, mas a equipa já me ajudou a relaxar muito em Jerez."
Q - Em 2020 serás um dos pilotos mais altos do MotoGP. Achas que isso te pode ajudar?
AM - "Ser alto pode ter algumas vantagens, no movimento do corpo e como podes usar o teu peso. Talvez no molhado, seja um pouco mais fácil, porém há desvantagens e algumas coisas podem ser um pouco piores."
Q - Já alguma vez tinhas pensado em voltar para a Repsol e o HRC?
AM - "Quando começas, imaginas que coisas assim podem acontecer nos teus melhores sonhos, mas é difícil. Existem muitas horas de treino, muitas corridas, muitas coisas que podem acontecer na carreira de um piloto.
Eu comecei no Campeonato Espanhol da Repsol, onde vencemos em 2012, e foi realmente especial. Em 2014, iniciamos um novo projeto com a Honda na Moto3 e o HRC.A fábrica estava atrás de mim e foi incrível, naquele ano, vencer no primeiro ano do projeto. Depois de todos estes anos, voltar à Honda, é um sonho. Estou ansioso para trabalhar com essas pessoas incríveis, nesta fábrica e, é claro, na Repsol. "
Q - É a primeira vez na história que irmãos partilham uma box no MotoGP…
AM - "É um momento especial, um ano especial, mas precisamos ser naturais e abordá-lo como uma situação normal. Sabemos que somos irmãos, mas dentro da equipa precisamos ser profissionais, pois somos pilotos diferentes. Cada um de nós tem a suas própria equipa.
Por isso, é uma vantagem ter um seis vezes campeão mundial de MotoGP na minha garagem, porque posso ver muitos dados dele e ver como eu preciso pilotar esta máquina da Honda para me ajudar a encontrar os seus ‘segredos’. Tentarei tirar todas as informações dele e de todos os pilotos da Honda para tentar aprender o máximo possível. " <<<
Coroado pela primeira vez campeão do mundo em 2014 com a Honda
Marc Márquez (MotoGP) e Alex Márquez (Moto3) a posar juntos em 2014, temporada em que ambos foram campeões do mundo nas respetivas categorias
Rumo ao título. Phillip Island, 2014
Pódio de Moto3 junto a Romano Fenati. Aragón 2014
A felicitar mais uma vitória do irmão Marc. Motegi, 2014
A perseguir Alex Rins (na altura seu companheiro na Honda Estrella Galicia), uma imagem que se poderá repetir em 2020 mas em formações diferentes. Valencia 2014
Na Moto2 em 2017, ano em que se teve de bater com o luso Miguel Oliveira. Áustria, 2017