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Por Ricardo Ferreira

CLÁSSICAS | A imortal Cagiva V589 de Randy Mamola


ESTA CAGIVA V589 FOI A MOTO QUE RANDY MAMOLA CONDUZIU NOS GRANDES PRÉMIOS DE MOTOCICLISMO DE 1989, SEM O ÊXITO QUE FAZIAM CRER AS SUAS BELAS LINHAS E AVANÇADA TECNOLOGIA.

A moto que a ‘Duncan Hamilton ROFGO’ tem à venda no Reino Unido (com preço negociável e não declarado) é uma das motos de Mamola da temporada de 1989 e veio diretamente da coleção da família Castiglioni. Uma moto que teve até hoje apenas dois proprietários, que não só é apenas uma das mais belas máquinas de Grande Prémio de sempre como está pronta para correr totalmente original.

Presença habitual nos eventos de Goodwood e World Grand Prix Bike Legends, esta moto ex-Mamola V589 será uma adição fantástica para um colecionador ou mesmo um piloto de fábrica.


HISTÓRIA DE UM SONHO ITALIANO...

Bater as motos japonesas era a "Missão Impossível" do piloto norte-americano e de toda uma equipa que teve a colaboração preciosa de Kenny Roberts e do designer Massimo Tamburini

No final da década de ‘setenta’, a Cagiva começou a apostar nas corridas de Grandes Prémios e, em 1980, o fabricante italiano subiu para a classe de 500cc com Virginio Ferrari - o ás italiano que foi derrotado por pouco por 'King Kenny Roberts.


Embora as motos da Cagiva fossem impressionantes e mostrassem promessas de sucesso, a verdade é que os resultados não estavam a chegar inicialmente, apesar do grande esforço da equipa corajosa e carismática, dirigida por Giovanni Castiglioni.

Em 1984, a equipa mudou para o campeão mundial das 500cc em 1980, Marco Lucchinelli, mas foi seu exímio companheiro de equipa Joan Garriga, de 1986, que começou a gerar resultados, principalmente quando armado com o feedback das sessões de testes com o grande Kenny Roberts e o novo e poderoso motor V4.

Didier de Radiguès e Raymond Roche continuaram este sucesso moderado até 1987, mesmo reivindicando uma volta mais rápida contra as poderosas equipas de fábrica japonesas. Em 1988, Randy Mamola junta-se à equipa como piloto principal, trazendo à equipa italiana o seu primeiro pódio de todos os tempos no Grande Prémio da Bélgica.


A MOTO DO 'MESTRE' TAMBURINI

A moto de Mamola foi projetada por Massimo Tamburini (que se tornaria o lendário designer da Ducati 916), e as Cagivas tornavam-se não apenas cada vez mais bonitas, mas também altamente sofisticadas, com fibra de carbono e uma primeira suspensão ativa a ser testada.

Em 1988, as motos de 500cc de GP 500 tinham-se tornado viciosamente poderosas e eram violentas e imprevisíveis a andar no limite, fazendo patinar regularmente as rodas e deslizando cada vez mais em curvas rápidas, chegando muitas vezes a arremessar pilotos ao ar - uma característica definidora dessa lendária era dos dois tempos.


Os abandonos e lesões eram muito comuns, embora Mamola se tivesse tornado conhecido pela sua capacidade de produzir linhas de passagem algo estranhas em algumas curvas assustadoras de alta velocidade.


FONTE DE INSPIRAÇÃO DA DUCATI 916

Com a assistência técnica da Yamaha, auxiliada por Kenny Roberts, que secretamente trouxe uma moto Yamaha de Grande Prémio para os engenheiros da Cagiva analisarem na fábrica, a Cagiva estava a mostrar um ritmo real, principalmente em testes com Roberts na sela. Mas apesar de todos estes esforços, e da condução impressionante de Randy Mamola, a temporada de 1989 não traria os resultados que a equipa esperava alcançar.


Apesar disso, e como a moto que inspirou o estilo da Ducati 916, esta Cagiva V589 não deixa de ser um exemplar fantástico dos Grandes Prémio de Motociclismo da era dourada dos 2 tempos.


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