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Por Ricardo Ferreira

TÉCNICA | Que caixa escolher? Automática, manual, robotizada…


QUE CAIXA DE VELOCIDADES DEVE ESCOLHER? MANUAL OU AUTOMÁTICA? NESTE ARTIGO AJUDAMO-LO A TOMAR A DECISÃO MAIS ACERTADA PARA CADA CASO.


Se, na maioria dos países latinos, é uma tradição quase ancestral o uso de uma caixa de velocidades mecânica, nas últimas décadas essa tendência foi revertida a favor das transmissões automáticas. Mas é preciso reconhecer que, diante do imenso progresso feito nos últimos anos nesse tipo de transmissão, há pouco a argumentar a favor das caixas de velocidades manuais - exceto os muitos condutores que continuam viciados, por hábito.

Os motores diesel de grande cilindrada são, na sua maioria, fornecidos exclusivamente com caixas de velocidades automáticas, o que também é cada vez mais frequente em supercarros desportivos, como Porsche e Ferrari. E essa tendência está a alastrar gradualmente por todos os segmentos de mercado. Assim, a maioria dos modelos, seja qual for o segmento, está maioritariamente disponível com transmissão automática. Resta fazer a distinção entre os diferentes tipos de transmissão oferecidos.


CAIXA DE VELOCIDADES AUTOMÁTICA

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As transmissões automáticas tradicionais (com conversor de binário) permanecem amplamente disponíveis. Agora gerenciadas eletronicamente, estas oferecem até 10 relações (ex. Ford Mustang), possibilitando otimizar a velocidade do motor e, portanto, o consumo e as emissões poluentes. Alguns tornaram-se mais eficientes e mais rápidos, e alguns têm shifters de pás junto ao volante e equipam uma série de modelos desportivos. Um pouco mais lenta que a caixa robótica, distinguem-se pelo seu bom funcionamento.


CAIXA DE ENGRENAGENS ROBÓTICAS

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Outro tipo de transmissão automática que é muito popular hoje em dia, são as ditas caixas de velocidades robóticas. Diferentemente das transmissões automáticas tradicionais, são caixas mecânicas dotadas com uma embraiagem pilotada eletronicamente, que executa a operação de desembraiar-embraiar automaticamente.


Este tipo de controlo da embraiagem oferece múltiplas vantagens: é de baixo custo, pode ser adaptada a qualquer caixa de velocidades mecânica, e é mais rápida e eficiente do que uma caixa de velocidades automática convencional. A maioria possui uma embraiagem dupla, uma para os rapports pares e outra para os rapports ímpares. Portanto, a caixa de velocidades está sempre pronta para subir ou descer uma marcha pré-engatada. A maioria tem shifters de pás.


Introduzida em 2005 pelo Audi TT 3.2 V6 e empregue por supercarros desportivos, devido à sua eficiência e velocidade, a caixa robótica agora é adoptada por muitos modelos produzidos em grande série. O grupo Volkswagen foi o primeiro construtor a democratizar esta tecnologia com a sua famosa caixa DSG (batizada S-tronic na Audi). Observe-se no entanto que, algumas dessas caixas agora estão calibradas para consumir menos e perder um pouco de prazer.

CAIXAS DE VARIAÇÃO CONTINUA

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A última categoria que aqui abordamos, e que se tornou a mais rara, é a de caixas de variação continua, das quais o exemplo mais famoso continua a ser, historicamente, o famoso sistema Variomatic da Daf.


Simplificando, é um variador que oferece uma infinidade de relações fazendo – sensação muitas vezes desagradável - patinar a embraiagem e abrandar o motor, tal como acontece numa scooter de duas rodas. Atualmente, este tipo de transmissão não equipa mais do que do que os Toyota, Lexus ou Nissan. Menos eficientes e mais exigentes que as caixas de velocidades automáticas e robóticas, essas transmissões continuamente variáveis ​​são de interesse apenas no uso urbano, graças à sua grande progressividade.

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